SUMMARY - BOOK - THE AGE OF THE UNTHINKABLE - Em Português
251 – O autor avalia que
o revide dos americanos ao ataque de Onze de Setembro de 2001 não foi nada
positivo. “Os ataques diretos
fracassaram repetidamente”
252 – África do Sul. Cidade de Tugela Ferry de 250.000 habitantes. Cidade pobre. Terra dos zulus. Um dos mais altos índice de HIV do
mundo. Mais de 40% da população tem o vírus.
254 – Na África do Sul em
2008 morria uma pessoa de HIV por minuto.
Em outra região da África o ebola atacando. O ebola mata 80% das pessoas infectadas.
256 – Médico que cuidava
do HIV constatou em Tugela Ferry que muita gente passou a morrer por outra
causa. Pesquisou e percebeu que era por
um bacilo forte da tuberculose. Matava
98% dos infectados.
258 – A tuberculose
convencional, por assim dizer, foi descrita em 1882 por Robert Kock. Uma das doenças mais comuns do planeta. Afeta 1/3 do mundo.
262 – Remédio da
tuberculose eram ministrados em Tugela num tratamento previsto para seis
meses. Nos primeiros dois meses o uso do
remédio era monitorado por agentes de saúde.
Era bem eficiente o remédio mas o paciente com a melhora, acabava depois
dos dois meses que tinha que seguir por si o uso do remédio abandonava o
tratamento e a doença não se curava e o agente causal acabava ficando mais
resistente aos remédios.
Com o HIV foi
diferente. O pessoal da saúde pública
explicava muito bem a doença, os remédios, a forma de tomar, os riscos de não
tomar direitinho e tudo o mais. Isto
passava uma responsabilidade para o paciente e este também tinha que apresentar
um responsável para acompanhar o rigor do uso dos remédios. Fez toda a diferença. O pessoal por mais humilde que fosse, tendo
para si a responsabilidade efetiva do tratamento, fazia tudo direitinho, ao
contrário do que os pacientes da tuberculose.
Isto para deixar claro o
seguinte: Trabalhar com as pessoas,
deixar tudo explicado, buscar a cooperação entre elas e fazendo as mesmas
assumirem Responsabilidade. Eis a diferença.
263 – Aprendizado para
esta e muitas outras situações. (No
Brasil a Pastoral da Criança de certa forma usou o sistema de treinar agentes
voluntários da comunidade para acompanhar tratamento de crianças junto às
famílias e deu muito certo)
“No momento que se delega poder a outras pessoas, é deflagrada uma
explosão de curiosidade, inovação e esforço.”
Isto vale para uma
infinidade de situações e não só para a saúde humana.
No passado quando as
batalhas eram no corpo a corpo, se tinha que espalhar poder para pequenos
grupos e estes se articulavam e o resultado era melhor do que agir em tudo
dependente do poder central.
Os cavaleiros mongóis eram
imbatíveis dentro desse modelo. O herói mexicano
Emiliano Zapata também usava esse sistema.
264 – Sucessos colaborativos. Destacou a Wikipédia, a Linux, etc. Partem de baixo para cima. Partem da base. As pessoas saem da posição de consumidores
para a posição de participantes. Faz
toda a diferença.
267 – Peers - colaboradores voluntários.
268 – Em 2006 o autor
esteve conversando com o médico britânico Moll que atuou no combate ao HIV na
África do Sul e que vivenciou as ações colaborativas de sucesso.
269 – O autor propõe um
Sistema Imunológico de segurança Profunda com distribuição voluntária de poder.
271 – Buscar dar direitos básicos de sobrevivência a todas as pessoas do
mundo. (tange o que Masllow define
em sua pirâmide da hierarquia das necessidades humanas. Preservar a vida, se defender, se
alimentar/agasalhar, etc.)
271 – O que podemos fazer
para transformar as pessoas em voluntários?
Ver que podemos fazer muito, independentemente de governo.
272 – Cita o intelectual e político brasileiro Roberto Mangabeira
Unger. “O que devemos criar é uma
economia do cuidado”.
273 – Cita seu Norte no
caso, o sociólogo Immanuel Wallerstein.
“O que fazemos aos
outros, fazemos a nós próprios”.
273 – Cita o caso do
empresário brasileiro Ricardo Semler da empresa Semco. Peças para a indústria naval. Ele assumiu o negócio da família nos anos
80. Anos de inflação de três dígitos ao
ano no brasil. Semler disse que dirigir
uma empresa no Brasil de então era como montar num touro bravio em cima de um
terremoto.
274 – Diz que no Brasil
de 1990 a 1994 uma em cada quatro empresas fechou. A produção industrial caiu ao nível de
1977. Daí para o Brasil ficou a década
chamada de década perdida.
274 - Para não falir, Semler dividiu seus
empregados em grupos de 100 e lhes deu as opções iniciais que eram: Redução de salário ou demissões. Os grupos debateram muito e disso surgiu um
conjunto heterodoxo de medidas sugeridas pela base. Reduzir salário + participar do lucro +
reduzir o salário da diretoria + controle do fluxo de caixa da empresa com
participação dos empregados, via pessoa do Sindicato por eles indicados. (o representante dos empregados assinava os
cheques junto com diretor). Aceita a
forma e assim se fez. Deu certo. Em dois meses a empresa voltou ao ponto de
equilíbrio.
Tinha havido na empresa
uma explosão de emergia, entusiasmo e flexibilidade. Os empregados da empresa quadruplicaram a
produtividade.
Muitos foram depois, nas
expansões, por iniciativa comum, estimulados a montar empresas para fornecer
peças e serviços para a Semler com sucesso.
280 – Duro mudar algo,
principalmente no Estado, mas temos que iniciar um processo de experimentação
institucional.
Sugere além do CSN
Conselho de Segurança Nacional, ter um grupo para elaborar a crítica do que se vê e discute no CSN. Seria essa crítica o CSP Conselho de
Segurança Profunda. Buscar prevenir mais
e errar menos.
281 – O que há de velho é
o instituto de acumular poder e controlar rigidamente as políticas. E na hierarquia rígida, o subalterno acaba
cumprindo até ordem que acha absurda...
Temos que incentivar
dentro e fora do governo, centenas de empreendedores de política externa. Pessoas que abordem problemas complexos a
partir de enfoques NOVOS, radicais e inventivos.
Faz 40 anos que o setor de
segurança dos USA passou por uma reengenharia séria. Está obsoleto.
282 – Erro da Sony nos
tempos do videocassete. Entrou com fitas
betamax que era diferente do padrão VHS das demais. A betamax tinha som e imagem melhor, só que
cada cartucho cabia só uma hora de gravação e geralmente filmes tem mais de uma
hora. Resultado. Os concorrentes que foram para o VHS
ganharam essa parada bilionária.
283 – O autor encerra o
penúltimo capítulo com citação do brasileiro
Mangabeira Unger. “A tarefa da
imaginação consiste em realizar o trabalho da crise sem a crise”. (se antecipar a ela) (isto em 2010...)
Hoje o mundo está
correndo atrás do prejuízo com o covid 19
O autor diz que estamos
diante dessa opção atualmente: imaginação ou crise? Você escolha.
286 – Ver a tela “Herois
Espirituais da Alemanha” do artista plástico Anselm Kiefer (quadro enorme) Ele
pintou aos 28 anos em 18 meses, de 1972 a 1973. Representa o interior sombrio de uma Igreja
Luterana de madeira e chamas com simbologia dos heróis do nazismo... A reflexão seria que o quadro chama para o
“estamos dentro da história e não podemos ficar passivos”. (vi o quadro na web)
290 – Como fazer
história. Viver de uma maneira resiliente
Poupando
mais, comendo melhor, dirigindo com cuidado, prestando serviços voluntários
aproximando-nos mais dos vizinhos, educando nossos filhos para serem globais e
competitivos e fazendo novos amigos.
...
Alguns desafios -
investir anos para compreender culturas diferentes da nossa (ele fez trabalhos
voluntários por um ano na África).
Frase do físico Niels
Bohr já perto do fim da vida. “todo
ser humano valoroso deve ser um radical e um rebelde, pois o que deve visar é
tornar as coisas melhores do que são”.
Frase do autor: O que
mudará o planeta é a rebelião.
Desfecho. Pergunta ao leitor: O que esta era exige de mim?
The End. 28-03-2020
Zap 41
999172552 - orlando_lisboa@terra.com.br
(todo feedback será bem vindo!!!)