CAP. 16/20
Página
261 - (do total de 322) – “... a
Argentina, embora tenha efetivamente oferecido asilo a muitos conhecidos
criminosos nazistas, havia assinado a Convenção Internacional, declarando que
os perpetradores de crimes contra a humanidade não serão considerados criminosos
políticos”.
261
- Eichmann estava na condição de
apátrida (sem nacionalidade), o que o levou a ser sequestrado e levado a
julgamento. Ironicamente ele era
especializado em cassar a cidadania dos judeus na Europa para depois deportar
os mesmos.
262 – O
momento do sequestro dele em Buenos Aires.
Três pessoas, serviço rápido, eficaz e sem violência desnecessária. Logo ele percebeu que se tratavam de
profissionais.
263 –
Por iniciativa dos agentes, ele assinou um documento aceitando enfrentar um julgamento
em Israel.
Foi
capturado em maio de 1960. (quinze anos
depois do fim da guerra)
263 – A
esposa dele deu parte na polícia sobre o sumiço dele, mas não revelou a
verdadeira identidade de Eichmann. Isto
facilitou o trabalho dos agentes que o levaram ao aeroporto e embarcaram ele
num voo para Israel. Se a polícia
argentina soubesse a verdadeira identidade dele, seriam barrados no aeroporto,
muito provavelmente.
264 – O
que pesou para ele desistir de novas fugas.
Gente conhecida dele que foi em 1959 para a Alemanha e tinha depoimentos
da juventude do país que tinha arrependimento por tudo que aconteceu. Foi para o reu um marco e ele sentiu que
tinha que pagar a sua cota pelos erros”.
“Queria
fazer a minha parte para aliviar a carga de culpa da juventude alemã... inocentes dos acontecimentos e dos atos dos
seus pais durante a guerra”.
“Evidentemente
tudo isso era conversa oca”. No exame
policial antes do julgamento ele disse
“sei o que o que me aguarda é a sentença de morte”
“Havia
alguma verdade por trás da conversa oca...”
266 – Em
14-08-1960 já havia encerrado tanto a parte de acusação como a de defesa e a
corte foi suspensa por quatro meses para depois ter a fase da sentença. A sentença viria em 11-12-1961.
Todos os
crimes enumerados nos Itens 1 a 12 do processo levavam à pena de morte.
270 – Na
sexta feira, dia 15/12/1961 as 9 horas da manhã foi pronunciada a sentença de
morte pela forca.
271
- A acusação fez prevalecer a versão de
que o reu “não recebera nenhuma ordem superior. Ele era o próprio superior...” Dava a entender que se não houvesse a
figura de Eichmann não haveria o genocídio na proporção que houve. (o que seria um exagero do julgamento)
271 – O
reu enviou carta ao presidente de Israel pedindo clemência. Recebeu de várias entidades, carta apoiando
o pedido de clemência. Buscava-se
evitar a pena de morte para o caso.
Sem negar culpa do reu.
(no
próximo capítulo haverá o nome das entidades inclusive judaicas que pediram
clemencia)