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domingo, 1 de novembro de 2020

CAP. 16/20 - Fichamento - Livro - EICHMANN EM JERUSALÉM (julgamento do nazista) - Autora: Hannah Arendt - Filósofa alemã judia

 

CAP. 16/20

         Página 261 -  (do total de 322) – “... a Argentina, embora tenha efetivamente oferecido asilo a muitos conhecidos criminosos nazistas, havia assinado a Convenção Internacional, declarando que os perpetradores de crimes contra a humanidade não serão considerados criminosos políticos”.    

         261 -  Eichmann estava na condição de apátrida (sem nacionalidade), o que o levou a ser sequestrado e levado a julgamento.   Ironicamente ele era especializado em cassar a cidadania dos judeus na Europa para depois deportar os mesmos.

         262 – O momento do sequestro dele em Buenos Aires.  Três pessoas, serviço rápido, eficaz e sem violência desnecessária.  Logo ele percebeu que se tratavam de profissionais.

         263 – Por iniciativa dos agentes, ele assinou um documento aceitando enfrentar um julgamento em Israel.

         Foi capturado em maio de 1960.   (quinze anos depois do fim da guerra)

         263 – A esposa dele deu parte na polícia sobre o sumiço dele, mas não revelou a verdadeira identidade de Eichmann.   Isto facilitou o trabalho dos agentes que o levaram ao aeroporto e embarcaram ele num voo para Israel.     Se a polícia argentina soubesse a verdadeira identidade dele, seriam barrados no aeroporto, muito provavelmente.

         264 – O que pesou para ele desistir de novas fugas.   Gente conhecida dele que foi em 1959 para a Alemanha e tinha depoimentos da juventude do país que tinha arrependimento por tudo que aconteceu.    Foi para o reu um marco e ele sentiu que tinha que pagar a sua cota pelos erros”.

         “Queria fazer a minha parte para aliviar a carga de culpa da juventude alemã...   inocentes dos acontecimentos e dos atos dos seus pais durante a guerra”.

         “Evidentemente tudo isso era conversa oca”.   No exame policial antes do julgamento ele disse   “sei o que o que me aguarda é a sentença de morte”

         “Havia alguma verdade por trás da conversa oca...”

         266 – Em 14-08-1960 já havia encerrado tanto a parte de acusação como a de defesa e a corte foi suspensa por quatro meses para depois ter a fase da sentença.    A sentença viria em 11-12-1961.

         Todos os crimes enumerados nos Itens 1 a 12 do processo levavam à pena de morte.

         270 – Na sexta feira, dia 15/12/1961 as 9 horas da manhã foi pronunciada a sentença de morte pela forca.

         271 -  A acusação fez prevalecer a versão de que o reu “não recebera nenhuma ordem superior.    Ele era o próprio superior...”    Dava a entender que se não houvesse a figura de Eichmann não haveria o genocídio na proporção que houve.   (o que seria um exagero do julgamento)

         271 – O reu enviou carta ao presidente de Israel pedindo clemência.   Recebeu de várias entidades, carta apoiando o pedido de clemência.   Buscava-se evitar a pena de morte para o caso.    Sem negar culpa do reu.

         (no próximo capítulo haverá o nome das entidades inclusive judaicas que pediram clemencia)

CAP. 15/20 - Fichamento - Livro - EICHMANN EM JERUSALÉM (julgamento do nazista) - Autora: Hannah Arendt - Filósofa alemã judia

CAP 15/20

         241 – Eichmann disse que nos quinze anos que ficou foragido, viu e ouviu muita mentira sobre ele.   No julgamento, teria colocado os fatos.

         244 – Das 121 sessões do julgamento, 62 foram para ouvir mais de cem testemunhas de acusação.   Noventa delas estiveram em mãos dos nazistas e conseguiram sobreviver.

         246 – O grosso das testemunhas, 53, vieram da Polônia e da Lituania, onde Eichmann não teve autoridade.

         247 – Finda a guerra, havia sobreviventes em Auschwitz e foram entregues aos cuidados da Cruz Vermelha Internacional.

         250 – Familia convocada à delegacia, não levar nada e já ser detida.   Levar no momento da extradição no máximo, por lei, 10 marcos alemães.  Se tivesse com mais, era confiscado.    Alegação:   “Voces chegaram à Alemanha sem nada...”

         Na leva do que deu o testemunho, em outubro de 1938, prenderam eles e família na Alemanha e os levaram para a Polônia logo após a fronteira, de forma ilegal.    Nessa leva foram 12.000 judeus deportados.

         252 – Muitos poloneses, cristãos, adotaram com todos os riscos, milhares de crianças judias para evitar que fossem executadas junto com os pais.    Tempos da Polônia ocupada pela Alemanha.

         254 – Tentavam sumir com todas as vítimas incinerando, triturando ossos...    Mas “os buracos de esquecimento não existem”.

         255 – Capítulo XV – Julgamento, Apelação e Execução

         257 – O Chefe de Eichmann, chamado Kaltenbrunner, foi contatado pelo reu mas seu antigo chefe não tinha nada a tratar com ele.   Depois o chefe também foi julgado em Nuremberg e executado.

         257 – Eichmann deixou a mulher e os três filhos sem nada.   A família dele sustentou ela e os filhos.

         257 – O reu foi preso pelos soldados norte americanos na fase final da guerra.     Depois fugiu e ficou trabalhando de lenhador numa chácara no interior da Alemanha por uns tempos.    Usando nome falso.

         258 – ODESSA Organização clandestina dos Veteranos da SS.   Em 1950, o reu entrou em contato com a ODESSA.   Via Austria, chegou à Itália.   Lá um padre franciscano, sabendo quem ele era, arranjou um passaporte de refugiado com nome falso – Richard Klement – e com este, foi para Buenos Aires.   Lá, trabalhou em várias atividades  modestas, até numa granja de coelhos.   Em 1952 levou a família para Buenos Aires.

         260 – O reu convivia com simpatizantes nazistas em Buenos Aires.  Quando percebeu que estava sendo seguido, tinha chance de fugir mas teria preferido não fugir.

         261 -  O rapto foi alegado como ato ilegal de Israel, pelo advogado do reu.   Nem a justiça de Israel nem os juízes confirmaram nem negaram a ilegalidade do rapto.   Alegaram que esse sequestro do reu foi um Ato de Estado.

         Eichmann não era um cidadão argentino.   Se fosse, ficaria mais difícil para Israel sequestra-lo e leva-lo para julgamento.

                      Continua na parte 16/20 

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

CAP. 14/20 - Fichamento - Livro - EICHMANN EM JERUSALÉM (julgamento do nazista) - Autora: Hannah Arendt - Filósofa alemã judia

 CAP 14/20                        outubro 2020

         Página 235 (de 322 totais) -  Janeiro de 1944.    Mês em que foi liquidado o último gueto de judeus, o de Lódz, que era o maior do Leste.

         No julgamento tentaram imputar ao reu todas as remessas de judeus para Auschwitz e não se conseguiu provas disso.   No geral há o princípio de  “na dúvida – pró reu”, mas nesse caso, na dúvida foi contra o reu.

         Terceiro ponto – queria a acusação imputar responsabilidade a Eichmann sobre os maus tratos nos campos de concentração.   Isto não estava na atribuição dele.

         Quarto ponto – queria a acusação imputar a ele responsabilidade sobre as condições de vida nos guetos de judeus...

         237 – “já em setembro de 1939, Hitler havia decidido matar os judeus poloneses”.

         239 – A ideia que envolvia eliminar os judeus por Hitler já tinha desde 1937.   Expresso no protocolo secreto:   Protocolo Hössback

         “Hitler havia dito que rejeitava todas as ideias de conquistar nações estrageiras, que o que ele queria era um “espaço vazio” no Leste para o assentamento de alemães”.

         O espaço vazio....   “devem ter entendido que uma vitória alemã no Leste resultaria automaticamente na evacuação de toda a população nativa”.

         As medidas contra os judeus orientais não foram apenas resultado de anti semitismo, mas parte de uma política mais abrangente, no curso da qual, se a Alemanha tivesse vencido a guerra, os poloneses teriam sofrido a mesma sorte que os judeus – genocídio”.

         240 – “Parece que os comandantes do Exército protestaram contra os massacres de civis, e que Heydrich chegou a um acordo com o Alto Comando alemão, estabelecendo o princípio de uma limpeza completa e definitiva de judeus...    do clero católico....   e da nobreza”...

         241 – Capítulo XIV – Provas e Testemunhas

         “Durante as últimas semanas da guerra a burocracia da SS ficou ocupada principalmente com a  falsificação de documentos e com a destruição de papeis que atestavam seus anos de assassinatos sistemáticos”.

         241 – Se testemunhas de defesa, nazistas se apresentassem em Israel, corriam sério risco de serem presas e irem também a julgamento.

         A maior parte dos documentos ao longo do tempo foram selecionados por várias entidades para agir contra os nazistas e não à defesa destes.    (A guerra terminou em 1945 e este julgamento foi em 1960/61)

         Tudo isso deixou o julgamento bem desequilibrado contra o reu e sua defesa.

         243 – O Dr Servatius, advogado de defesa, agiu como voluntário neste caso, depois de atuar em vários processos do gênero para nazistas.

         Continua no capítulo 15/20

CAP. 13/20 - Fichamento - Livro - EICHMANN EM JERUSALÉM (julgamento do nazista) - Autora: Hannah Arendt - Filósofa alemã judia

 CAP.  13/20        - outubro 2020

          227 – Capítulo XIII -  Os Centros de Extermínio no Leste

                  Leste – vários territórios, dentre estes o do Governo Geral da Polonia ocupada pelos alemães, a Lituânia, Letônia, Estônia e parte da Russia Branca e a Ucrânia.    Esses territórios de Leste sofreram muito com o extermínio de judeus.   Antes  da II Guerra, mais de 3 milhões de judeus viviam na Polônia.  Mais da metade dos estimados 3 milhões de judeus russos vivia na Rússia Branca, Ucrânia e na Criméia.

         228 – Para o processo contra Eichmann, poucos documentos nazistas...  “e a culpa estaria no fato de que os arquivos da Gestapo  .... haviam sido destruídos pelos nazistas” pertinho do fim da guerra.  

         Para suprir a falta de documentos, o tribunal se escudou em mais testemunhas.

         228 – Na década de 60, no período do julgamento em Israel, havia grande pressão popular inclusive pelo fato de que 20% da população do país era composta de sobreviventes do extermínio perpetrado pelos nazistas.

         No leste, onde houve grande concentração de extermínio, estava fora da jurisdição do acusado.     “... em toda parte, menos no Leste”.

         229 – O advogado do reu tentou impugnar os juízes judeus alegando que eles não teriam imparcialidade para julgar no caso.     Este reu já veio “condenado”  até pelo fato de ter sido sequestrado na Argentina e trazido até o tribunal como foi o caso.

         231 – Ele estando fugitivo na Argentina, os cabeças do extermínio, jogaram culpa nele, assim como fizeram com outros lideres que estavam sumidos ou mortos.

         Assim pesava mais acusação sobre ele do que realmente era de fato culpado.

         232 – Os juízes...   “o que significa que eles pretenderam se concentrar no que foi feito e não no que os judeus sofreram”.    (em resumo a justiça objetivamente se atém aos fatos e às provas).

         232 – Os juízes alegam que os sofrimentos estavam “acima  da compreensão humana”, matéria para os “grandes escritores e poetas”, que não cabem numa sala de tribunal, enquanto os atos e motivos que os causaram não estavam nem além da compreensão, nem além de julgamento.

         233 – Os juízes estudaram e entenderam os mecanismos da burocracia nazista e no despacho, deixaram um valioso documento histórico.     ...”a sentença, tão agradavelmente despida de oratória barata... encontraram razões para incluir entre os crimes de Eichmann algo do ocorrido no Leste, em acréscimo ao crime principal”.

         233 - ...”como comandantes dos Militares do nazismo eram membros da elite intelectual da SS  Serviço de Segurança, enquanto suas tropas eram ou de criminosos ou de soldados comuns convocados em dever punitivo – ninguém seria voluntário”...

                       Continua no capítulo 14/20

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

CAP. 12/20 - Fichamento - Livro - EICHMANN EM JERUSALÉM - (julgamento do nazista) - Autora: Hannah Arendt - Filósofa alemã judia

 CAP 12/20                     outubro de 2020 

         A Hungria, fazendo parte do Eixo, foi o único país a mandar para o front oriental, alinhados com os alemães, tropas compostas por judeus do seu Exército.   Foram 130.000 soldados em força auxiliar com fardas húngaras.

         Por outro lado os alemães em 1943 ocupam a Hungria e decidem azeitar a liquidação do povo judeu local.   A busca era evacuar 800.000 judeus da Hungria.    Nessa ocasião já tinham sido evacuados outros países ocupados.   Nesse ponto o povo já sabia o destino dos judeus que fossem deportados.

         219 – Eichmann com sua experiência em organizar Conselhos Judeus em Viena, Praga e Berlim, conseguiu formar o de Budapeste em duas semanas.

         220 – Eichmann atuando na Hungria, alojado em Budapeste.

         Em Viena foi feita uma Conferência para ampliar o sistema de extermínio.

         Höss, em Auschwitz ... foi informado...   ordenou a construção de ramal ferroviário para descarregar os judeus praticamente na porta dos crematórios ou câmaras de gás.   Os encarregados foram ampliados de 224 para 860 pessoas.  Preparados para matar entre 6.000 e 12.000 pessoas por dia.   Isto em maio de 1944.   (a guerra durou até 1945)

         221 – Sionistas protestaram e países neutros e o Vaticano reprovaram essa matança.

         221 – A Suécia mais uma vez tomou a dianteira e abriu suas portas para receber judeus deportados.

         Essa ação foi depois seguida pela Suiça, Espanha e Portugal.

         221 – O epicentro das deportações era no momento a Hungria e os aliados publicaram uma lista de 70 lideranças que promoviam as deportações.      Fizeram ameaças a estes e à Hungria.   Os USA, sob a presidência de Roosevelt, fez ameaça e no dia 02-07-1944 fez um bombaradeio aéreo em Budapeste para mostrar que a ameaça era para valer.         Aí pararam as deportações na Hungria.

         Em 13-02-1945 o Exército húngaro se rendeu ao Exército Vermelho que liberou o povo local da ocupação alemã.

         223 – Eslováquia.   País pequeno, pouca população, pobre e atrasado.

         “O maior pecado dos judeus não era pertencer a uma `raça´ estranha, mas ter riqueza”.

         225 – Em junho de 1942, 52.000 judeus eslovacos foram deportados para campos de extermínio na Polônia ocupada pelos nazistas.

                       Continua no capítulo   13/20

CAP 11/20 - Fichamento - Livro - EICHMANN EM JERUSALÉM (julgamento do nazista) - Autora: Hannah Arendt - Filósofa alemã judia

         

CAP. 11/20                  - outubro 2020

         Página 200 – Capítulo XI do livro – Deportação dos Balcãs – Iugoslávia, Bulgária, Grécia e Romênia

         Após a I Guerra Mundial (1918), os vencedores formataram a criação de vários Estados independentes que não tinham muita correlação com etnias etc.    (juntaram croatas e sérvios num mesmo país e assim por diante)

         Antes da I Guerra Mundial, havia por séculos povos na Europa sob três Impérios:  Império Russo no Norte; Império Austro-Hungaro no Sul e o Império Turco-Otomano no Sudeste europeu.

         O fim da Primeira Guerra Mundial ensejou os tratados de Trianon e Saint Germain.    Foi assinado o tratado de paz na Conferência de Versalhes colocando fim na guerra.

         201 – Não se respeitaram fronteiras naturais e havia muitos descontentes.    Hungria, Romênia e Bulgaria se tornaram parceiras no Eixo contra os Aliados buscando aumentar territórios.

         204 – A Bulgária, aderindo à Alemanha, conseguiu expansão territorial significativa.   Isto às expensas da Romênia, Iugoslávia e Grécia.

         A Bulgária era um reinado.   Não ajudou na Guerra contra a Rússia.

         206 – A Bulgária estava dificultando a extradição dos judeus.   O rei Boris ficou sob suspeição dos nazistas e ele foi morto e é “quase certo” que tenha sido pelos alemães.   O Parlamento e o povo búlgaro eram contra extraditar judeus do seu país.

         208 – Grécia -   A Grécia estava ocupada ao Norte pelos Alemães e ao sul pela Itália.   Ela, por ordem dos nazistas, concentrou 2/3 dos judeus do país e esses 2/3 totalizaram 55.000 judeus.    Deportaram muitos judeus da Grécia, por trem cargueiro com destino a Auschwitz para o extermínio.

         210 – “Não chega a ser exagero afirmar que a Romênia foi o país mais anti-semita da Europa pré guerra”. 

         212 – A Romênia por sua iniciativa e seus métodos chegou a exterminar 300.000 judeus.    Nessa época o país era o mais corrupto dos Balcãs e espoliava os judeus antes de extermina-los.     Os romenos acharam um meio de ganhar muito dinheiro executando a emigração forçada de judeus e cobrando em valores da década de 1940, 1.300 dolares por judeu que emigrava.    Muitos destes foram para a Palestina durante a guerra.

         213 – Em agosto de 1944 a Romênia se rendeu ao Exército Vermelho, o que poupou a vida inclusive de muitos judeus .   “Cerca de metade dos 850.000 judeus da Romênia sobreviveu”.     Muitos e muitos deles migraram depois para Israel.

         214 – Capítulo XII – Deportações – da Europa Central – Hungria e Eslováquia

         Kaiser – imperador.   A Hungria, que antes fez parte do Império Austro-Húngaro, após 1918 (fim da Primeira Guerra Mundial), passou a ser um dos chamados Estados Sucessores por designação dos Aliados.    Era a Hungria na época um dos países mais pobres da Europa.

         Continua no capítulo 12/20

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

CAP 10/20 - fichamento - Livro - EICHMANN EM ISRAEL (Julgamento do nazista) - Autora: Hannah Arendt - Filósofa alemã judia

CAP 10/20             - outubro de 2020

         Decretos – A Alemanha expediu decretos que cassavam a cidadania de judeus.   Houve etapa em que estes perdiam a cidadania e seus bens eram confiscados pelo Estado alemão.

         Página 177 – Todos os judeus europeus eram estimados em 11 milhões.

         180 – Capítulo X – Deportações da Europa Ocidental – França, Holanda, Bélgica, Dinamarca e Itália.

         183 – A França já tinha deportado milhares de judeus para os “assentamentos” da Alemanha ou de seus territórios ocupados.   O nome assentamento era para disfarçar os campos de concentração.    A França vinha enviando judeus sem pátria e judeus que imigraram para lá e evitavam de mandar judeus que eram franceses.   Quando a Alemanha determinou que enviassem também os judeus franceses, as coisas se complicaram e emperraram.

         184 – Judeus da Bélgica -    Lá por uma série de fatores não foram tantos os judeus enviados para os campos de concentração e posterior extermínio.

         Holanda -   Na guerra, fugindo dos alemães, o país foi deixado sem governo, cujos integrantes se refugiaram para Londres junto com a família real holandesa.

         187 – A Holanda foi o único país da Europa em que os estudantes entraram em greve quando professores judeus foram deportados.   Houve também uma série de greves de trabalhadores quando os judeus deportados foram executados em campos de concentração.    Mas houve reviravolta porque os judeus holandeses se sentiam em posição superior aos que vieram como imigrantes para a Holanda.       Assim os judeus holandeses ajudaram na captura de judeus imigrantes.    Em julho de 1944, da Holanda embarcaram 113.000 judeus para o campo de Sobibor na Polonia ocupada e ¾ destes foram executados.

         Dinamarca -   Não tinha nenhum movimento fascista ou nazista.    Já a Noruega tinha simpatizantes pro nazista e havia o anti-semitismo.

         191 – Em agosto de 1943, depois do fracasso da guerra contra a Rússia e revés nos combates na Tunísia, o governo sueco cancelou acordo que autorizava tropas alemãs a atravessar seu território.

 

         194 – Itália -  “A Itália  era o único aliado real da Alemanha na Europa, tratada como igual e respeitada como Estado soberano independente”.   Italia então governada pelo fascista Mussolini.   Regime semelhante ao nazismo.

         Mussolini era muito admirado pelos alemães nazistas.

         Já ambas as nações juntas na guerra, Alemanha e Itália.      ....”e Mussolini, por sua vez, não tinha muita confiança na Alemanha nem muita admiração por Hitler”.

         195 – “No verão de 1943, e da ocupação alemã de Roma e Norte da Itália, Eichmann e seus homens não tinham permissão para agir no país.

         A Itália tinha ocupado parte do território de países como na França, na Grécia e na Iugoslávia.

         Pela influência de Mussolini, a ação alemã contra os judeus não foi efetiva na Itália e também em países igualmente fascistas da Europa como França, Hungria, Romênia e Espanha do General Franco.

         196 – “No outono de 1943, quando a Itália declarou guerra à Alemanha, o exército alemão conseguiu finalmente ocupar Nice (na França).

         196 – Desde os anos de 1930 a Itália sempre usando elementos de farsa com a Alemanha no tema judeu.   Criou lei na Itália para proteger judeus e descendentes que foram do Partido Fascista.      Havia duas décadas que os judeus se filiavam, ao menos um em cada família, ao Partido Fascista até para conseguir emprego público, restrito a filiados ao partido.

         197 -  Itália...    “Mesmo os anti-semitas italianos convictos pareciam incapazes de levar a coisa a sério, e Roberto Farinacci, chefe do movimento anti-semita italiano, tinha um secretário judeu a seu serviço.

         Itália...    um dos poucos países da Europa em que perseguir os judeus era impopular.     “... nas palavras de Ciano:  levantaram um problema que felizmente não existia”.

         A Itália convive com judeus desde o Império Romano.

         198 – Como a Itália estava fazendo corpo mole com os judeus, veio ordem para os próprios soldados alemães prendessem os 8.000 judeus de Roma.  Agentes italianos avisaram os judeus e muitos destes tiveram tempo de escapar – uns 7.000 escaparam.

         Numa etapa mais tardia, os alemães ainda conseguiram mandar milhares de judeus do Norte da Itália para os campos de concentração e ao redor de 7.000 foram executados.

         Continua no capítulo   11/20