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sábado, 29 de maio de 2021

CAP. 04/08 - fichamento - livro - A GEOGRAFIA DA PELE - Autor: Engenheiro Agrônomo Evaristo Miranda - vivência como pesquisador no Niger (África - anos 70)

 CAP. 04/08

          A mística dos metais.    Extrair o estanho da cassiterita.   Há mais de 3.000 anos no Niger já se explorava metal, o cobre, no caso.   Retirar metais da terra para eles gera ira da Natureza.  Ira e vingança.   Desrespeitar a natureza para servir os humanos... riscos.

         O ferreiro fundia ferro, cobre, chumbo.  Numa vez, sacrificou um galo para colocar o sangue para dar certo a liga do mineral.    E disse ao pesquisador que no passado distante houve sacrifícios humanos para colocar sangue na liga dos metais na região.

         Excursão ao local da cidade abandonada na selva.   Local das pedras.  Uma peste teria dizimado o povo local no passado remoto.   Segundo o ferreiro, o povo daquele local morreu de varíola e diarréia.

           Viajar bem cedinho, antes da poeira e do calor excessivos.

         Encontraram as ruinas de muros de pedras, casas etc.

         Fileiras de árvores plantadas na divisa da Nigéria com o Níger que até hoje são vistas até pelos satélites.   Nas fronteiras, controle de contrabando de produtos oriundos da China.   Antigos caçadores viraram contrabandistas.     O Níger no tempo da colonização francesa, foi desestimulada a caça e o uso de armas.    Apoio à agricultura, incluindo algodão e amendoim para a metrópole.

         Campanhas de vacinação e mais cuidados médicos.

         A mulher tirar as colheres de madeira do cabelo para oferecer aos hóspedes para eles comerem a refeição.

         Um meteorito guardado a sete chaves por um ferreiro do interior.  Para ele, coisa mística.   (e que traz prestígio ao dono)

         Na prática, meteorito com um composto de níquel...

         Pessoas “diferentes” cuidam de rebanhos... (as especiais no caso)

         Tradição – ter caminho para chegar e diferente caminho para partir ao mesmo destino.

         Floresta de Bakabê – uma reserva florestal deles.      As áreas cultivadas não tinham cerca na região.

         Os mosquitos em grande quantidade no final da tarde...

         A maioria dos pastores era jovem e exerciam tarefa temporária e remunerada.     Dentre eles, a jovem Yakei, sem braços, pastora aos 13 anos de idade.   Todos a conheciam.

         O mundo islâmico não é fascinado por cachorros.   Por lá, chamar uma pessoa de cão é uma ofensa enorme.    Cachorro comer sabonete por fome.

         Regiões sem cercas de divisas, pastores  partem com rebanhos em busca de pastagem na época das chuvas (época das águas) e retornam no final da estação.   Voltam com o rebanho multiplicado.

         Mulheres da etnia dos Peuls comercializavam leite, manteiga e coalhada.   Também vendiam um tipo de pão seco e fino.

         Os Peuls recebem cereais, animais e dinheiro como pagamento.

         Muita mística dos pastores.  O mais sagrado, jurar “pelo leite e pela manteiga”.   (matam a fome)

         Chefe dos pastores Diô.

         Os quatro bastões:  do pastor; de comando; da sabedoria; da velhice.

         O herbário da coleção do pesquisador e as explicações que ele dá aos pastores locais.   Amostras de vegetais da região para estudos.

         Árvore da palavra.    Sentar em grupo na sombra dela para discutir problemas e tomar decisões coletivas, além de contar histórias...

         As kuryas.

         Os vilarejos tem dois polos.   O poço e a árvore da palavra.

                   Continua no capítulo  05/08

CAP. 03/08 - fichamento - livro - A GEOGRAFIA DA PELE - Autor: Engenheiro Agrônomo Evaristo Miranda - vivência como pesquisador no Niger (África - anos 70)

 CAP. 03/08

         O pesquisador foi morar de inquilino, no quintal da casa de Guwani, o ferreiro.  Pagar aluguel e duas “bilhas” de água por dia.  Uma bilha equivale a uma lata de uns 20 litros.   O povo local acha um exagero do moço.    (para quem toma banho de cuia...)

         Árvore chamada caritê com altura de uns quinze metros no quintal.

         Essa planta dá um tipo de noz.  Fala-se que produz frutos a partir dos cem anos.   A manteiga de caritê é feito dessas nozes.

         O ferreiro segurar brasas com os dedos.   Lá ser ferreiro é raro e tem um lado místico na profissão.     O ferreiro toma como ofensa o rapaz acender fósforo para usar o fogareirinho a gas.

         Ele acha engraçado o costume de muitas mulheres de lá, de guardar coisas debaixo dos seios caídos e mesmo no cabelo.    Seios à mostra.

         (pelo suposto, a cabeça raspada seria hábito exclusivamente masculino)

         O ferreiro consertava ferramentas quebradas e nada cobrava e nem se via para quem fazia o serviço.   Na colheita, cada um trazia algo para o ferreiro  (algo como nossos antigos benzedores).

         Usam transportar alimentos em sacos feitos de fibra da palmeira dum.

         Os jovens agricultores deixavam para o ferreiro, porções de alimentos mais generosas.  

         O pesquisador morando no quintal do ferreiro, passou a ter mais acesso ao povo local.   Em consideração ao prestígio do ferreiro.    Um dia alguém da aldeia lhe pediu dinheiro emprestado e o pesquisador entendeu isso como  uma prova de proximidade de uma certa forma.   Modo de mostrar e testar a confiança.    Se você não pede dinheiro emprestado de ninguém é porque você não confia em ninguém na lógica local.

         Há uma rede de credores e devedores e isso é cultural entre eles.

         Nota nova de dinheiro para eles vale mais...

         O pesquisador alegou problema religioso para não emprestar dinheiro como credor nem devedor.

         Corria o risco do povo da aldeia não colaborar com suas pesquisas.

         O costume local do povo ajudar nas roças dos noivos para ter boa produção.  A sobra era toda gasta na festa de casamento.

         (me lembrei de uns versinhos de uma música de Luiz Gonzaga:   “Mas se a safra não atrapalhar meus planos  // que que há, ô Seu Vigário, vou casar no fim do ano”).

         Segredos entre os locais.  Pediam segredos de 20 anos, de 30 anos.

         Com o tempo e tendo ganho a confiança da comunidade, foi levado a conhecer um dos segredos dos homens locais.   O fazer cerveja escondidos e beberem escondidos.    Mesmo com risco de passar fome, usavam parte do milheto rico em amido que seria para alimentação, no fabrico de cerveja.

         O islamismo proíbe o consumo de bebidas alcoólicas.   No caso, eles dão um jeitinho.

         Anualmente na região há um longo período seco.   Primeiras chuvas, comumente com raios.    Se alguém era atingido por um raio de forma fatal, o povo levava a pessoa para o ferreiro “ressuscitá-lo”.   

         Tomar a cerveja escondido, mais no tempo das águas, quando tem os trabalhos nas lavouras.   Seria para recobrar as forças do homem.

         Quando o pesquisador ganhou a confiança do povo da aldeia, lhes revelaram o segredo da cerveja e pediram que guardasse segredo.  Ele teve que prometer segredo de 30 anos para Mei Dagi, seu assistente.    E mesmo deixando o país, optou por escrever o livro após o tempo da promessa.

         Música local com um tipo de rabeca de duas ou três cordas.    A cerveja eles chamam de guiá na linguagem huaçá.

         Os homens-bois.   Usam carne de cabra seca ao sol e sempre há as asas das moscas...

         Eles tem o mineral laterita e usam técnica rudimentar de fabricação do ferro.

         Ouvir com os rins  (forma de orelha) e ouvir com a sola dos pés, também com a forma de orelha no rastro que deixa no solo.

         A mística dos metais.    Extrair o estanho da cassiterita.   Há mais de 3.000 anos no Niger já se explorava metal, o cobre, no caso.   Retirar metais da terra para eles gera ira da Natureza.  Ira e vingança.   Desrespeitar a natureza para servir os humanos... riscos.

         Continua no capítulo 04/8

sexta-feira, 28 de maio de 2021

CAP. 02/08 - fichamento - livro - A GEOGRAFIA DA PELE - Autor: Engenheiro Agrônomo Evaristo Miranda - vivência como pesquisador no Niger (África - anos 70)

 CAP. 02/08

         O cozinheiro do pesquisador era quem comprava tudo para fazer as boias e não pechinchava em nada, justo na terra onde pechinchar é uma tradição.

         O cozinheiro ao comprar os ovos colocava-os em água para ver se afundavam logo e nesse caso seriam novos.   Se boiassem, eram velhos.

         As paradas nas horas certas para as preces muçulmanas, todos voltados para Meca...

         O Islã indiretamente introduz o fiel à geografia, ao tempo e ao espaço.

         A pessoa ao urinar, tem que ser no sentido contrário ao de Meca e estar agachado para urinar.

         Crianças nativas mexendo nas coisas do pesquisador e perguntando sobre tudo.  

         As famosas mutucas.   Aquele tipo de mosca que suga sangue das pessoas e tem uma ferroada que dá coceira além de tudo.

         Ele levando as crianças da aldeia para um passeio de carro.   A taxa de natalidade do Niger é de aproximadamente 5% (anos 70).  Uma das maiores do mundo.   Tem algo a ver com o Islã.

         Comida “contaminada” com areia do Saara.   Sente-se nos dentes ao ingerir alimentos na região.

         Um dos cereais bem usados lá é o milheto.      Tem aqui no Brasil e é rico em amido e pode compor ração animal em substituição ao milho com critérios.  

          O pessoal lá anda com o crânio liso, raspado a navalha.  Um dos pratos típicos deles:   fritada de morcegos, que chamam de oiseaux (aves em francês).    Em espanhol morcego se chama mure, sinônimo de cego.   O tal enxerga pouco, mais comumente sai à caça ou busca de alimentos à noite e usa um sonar que emite e recebe vibrações que orienta-os nos voos. 

         No caso do Brasil são umas quatro espécies de morcegos que se alimentam de sangue animal.    A grande maioria das espécies são insetívoras ou mesmo se alimentam de frutos.   Podem ajudar na polinização de plantas e mais comumente, no voo, defecando, lançam sementes dos  frutos dos quais se alimentaram e são muito eficientes para semear as plantas por onde passam.

         Muçulmanos não comem carne de porco.

         Entre os da aldeia em que o autor esteve, acertos de contas sempre é algo bastante complicado.

         Em termos de refeições, por diferenças culturais, acabou optando por lanches.  Pão francês com sardinha em lata ou atum em lata.   Mais tâmaras e amendoim.

         Em terras islâmicas não há empregadas domésticas.  Os homens não podem ficar falando com as mulheres....    Provérbio hauçá:   “Homem não pede informação para mulheres e crianças”.

         Só os idosos usam barba.   Prova de sabedoria, maturidade e fidelidade.

         Pilar o amendoim, tirar o óleo e depois fazer pasta com as mãos, após aquecer a pasta.

         Essa pasta era fácil de transportar, conservar e consumir.   Para o povo local, o amendoim é originário da África, enquanto na verdade não é, sendo originária do Brasil.  Mas não se discute com eles:  É da África e pronto!

         Lá o amendoim se chama gugiá.

         Os portugueses trouxeram da África para o Brasil, dentre outras o dendê (um tipo de palmeira), o inhame (taioba) e a galinha de Angola, que lá no Niger chamam de Zabô.

         Lá eles usam muito o milheto e o sorgo, grãos de gramíneas que contem principalmente amido como também o milho.

         Outras plantas originárias das Américas:  tomate, batatinha (dos Andes), mandioca, milho, cacau, abacaxi, pimenta etc.   (não a pimenta do reino que é da Ásia)

         Ele fala de comprar leite das “insinuantes” mulheres da etnia Peuls.  Isto no mercado de Maradi.   Fala da beleza das mulheres Peuls.   Elas usam o idioma fulbê.   Ele diz que as insimuantes vendedoras de leite, fazem rolar mais que compra de leite...

         Mei Dagi, o auxiliar, ajudava e usava o carro do chefe para transportar mercadorias e fazer seus negócios.

         Vários grupos Peuls viviam nos arredores de Magami.

         Água pouca, banho de cuia.  

 

                            Continua no capítulo 03/08

CAP. 01/08 - fichamento - livro - A GEOGRAFIA DA PELE - Autor: Engenheiro Agrônomo Evaristo Miranda - vivência como pesquisador no Niger (África - anos 70)

 CAP.01/08

         O autor deste livro é um Engenheiro Agrônomo paulistano do bairro da Mooca, que há décadas foi à França fazer especialização.    A França tinha uma pesquisa a ser realizada no Níger, país da África negra e que predominava a vida tribal com seu jeito milenar de vida primitiva.    O jovem pesquisador passou um tempo lá na década de setenta e interagindo com a população local vivenciou um pouco do mundo deles e tem muita coisa para contar.    O nome do livro vem de insetos que picam as pessoas e deixam marcas na pele que formam cicatrizes como uma “geografia da pele”.

         Vamos ao livro na forma do fichamento.   Li e fiz fichamento em dezembro de 2016.     Indicado pela filha Socióloga Antropóloga.

         Livro em primeira edição pela Record no ano de 2015.   362 páginas.

         País, Níger, vizinho da Nigéria, ao sul do Deserto do Saara.   País dos mais pobres do mundo.    Região do Sahel.  Nesta, há fronteiras políticas, mas os povos da região seguem a natureza e ignoram as fronteiras.

         A pesquisa do autor tinha a ver com agricultura e a ecologia do Níger.    Foi estabelecida a base de trabalho dele na Aldeia de Magami.  O ajudante dele era Mei Dagi, mascador de noz-de-cola.   Povo de idioma Huaçá.    O guia do pesquisador era zarolho (cego de um olho).

         A capital da província em que ele estava se chama Maradi.

         Lá na região eles usam o feijão de corda, um tipo que há também no nordeste brasileiro.    O noz-de-cola contém cafeína que é estimulante e é comum os que mascam a mesma.

         Falou do besouro chamado cantárida que queima a pele das pessoas causando muita dor.  O besouro tem hábito noturno.

         Acácia, um tipo de árvore.    Ninhos de cegonhas na praça da aldeia.

         Os nativos faziam infusão de cantáridas (besouros) para tomar como afrodisíaco.    Usam o amendoim e acham que é originário da África.  O amendoim é originário do Brasil, assim como é a mandioca.

         Lá é comum a bigamia.   A pessoa ter duas ou três esposas.  São povos muçulmanos.   Muitos migraram e a poligamia é até por haver mais mulheres do que homens na região.

         Insetos fazendo marcas na pele das pessoas.    Algumas pessoas do Níger conheciam um pouco do idioma francês, país de quem já foram colônia.

         Em pesquisa o autor descobriu que há mais de 2.600 espécies de cantáridas (aqueles besouros que queimam) e assemelhados na região.

         Mestre Zabeiru é Marabu, ou seja, especialista em interpretar as marcas da pele das pessoas causadas pelas cantáridas.

         O autor descreve as penas da ave Marabu que é da fauna regional.

         Casas de palha, já que por lá não há madeira.   O islã (religião dos muçulmanos) era relativamente recente na região e estava em expansão.

         Cita a árvore do neem que é parente botânica da nossa Santa Bárbara, para-raio ou Cinamomo.   Essa planta tem vários componentes medicinais e também de repelente de insetos.     (No Brasil o pessoal mais voltado para produtos naturais usa óleo de neem para vários fins)

         O povo local determina:  nada de fotos!

         Morcegos se abrigam nas cabanas de palhas das pessoas.

         Raro aparecer um branco por lá.  Para eles é cor de cadáver, segundo depoimento das crianças de lá.

         Comum o uso de patuás para espantar os males.   Aqueles pequenos amuletos pendurados no pescoço.    Lá tudo é pago.   Chamam o dinheiro de kudi.

         O autor, de bermudas e camisa de manga curta.  Os huçás, recobertos de tecidos   (comum entre os muçulmanos...)

         Até para pedir informação tem que pagar.    Os maridos polígamos pagam às esposas pelo rango e pelos serviços domésticos.

         Bastão.  Mei Sanda, o Senhor do Bastão.

         Ter um ajudante de cozinha.   “Todo branco tinha um ajudante por lá...”.   Mei Dagi, o guia do autor.

         Segue no capítulo 02/08   (um por dia)

segunda-feira, 24 de maio de 2021

CAP. 10/10 - fichamento - livro - NA NATUREZA SELVAGEM - Autor: jornalista americano Jon Krakauer - baseado em fatos no Alasca, anos 90

 CAP. 10/10 (final)

 

         Sobre o jovem...    “sua vida estava cheia de significados e propósitos, mas o significado que ele tirava da existência estava longe do caminho confortável:  ele não confiava no valor de coisas que vem facilmente.   Exigia muito de si mesmo – mais, ao final, do que podia dar”.

         O pai de um filho que jovem se aventurou no deserto e pereceu diz: “As pessoas mais velhas não percebem os vôos da alma do adolescente”.

         Capítulo 18 do livro – A Stempede  Trail

         Na abertura do capítulo cita “O Verão Faminto” de John M. Campbell   ... os ricos....”sobretudo, a vida do caçador carrega com ela a ameada de privação e morte por inanição”.

         Cita o livro Doutor Jivago do russo Boris Pasternack.    ... descobertas.... “ora, não se pode avançar nessa direção sem uma certa fé.  Não se pode fazer tais descobertas sem equipamento espiritual”.

         Livro lido pelo jovem.

 Não podendo atravessar o rio para ir embora, retornou ao ônibus.  Em julho.  Leu de Tolstoi “A Morte de Ivan Ilich” e de Michael Cricfiton, “O homem Terminal”.  Frase do livro Doutor Jivago:   “Uma felicidade não compartilhada não é felicidade”.   O repórter supõe que nessa frase grifada pelo jovem poderia ter o plano dele se abrir à vida em sociedade ao retornar do Alasca.

30-06-1992, em seu diário:  “Extremamente fraco, culpa da panela.  Semente. Muita dificuldade até para ficar em pé. Morrendo de fome.  Grande perigo”. Em 19-08-1992 estava morto (por inanição).   Tinha levado consigo algumas batatas tratadas com produtos químicos para uso como semente para plantio.    Ele acabou, mesmo sabendo disso, usando as batatas para consumo.   Pela quantidade que ingeriu, pode ter causado algum prejuízo à saúde dele mas a dose estava bem aquém do risco de ser a determinante da morte dele.       

O autor concluiu depois de estudar o caso e mandar material para laboratório, que teria sido semente de uma planta comestível que matou o jovem.   A planta, batata silvestre, é catalogada como de raízes comestíveis e nas publicações não há referência à toxidez das sementes da mesma.

As citadas sementes tem o alcaloide swainsonina.   Mas a inanição foi também parte da causa da morte dele.

“A inanição não é uma maneira agradável de expirar.   Nos estágios avançados da fome, quando o corpo começa a se consumar, a vítima sofre dores musculares, perturbações cardíacas, perda de cabelos, tontura, falta de ar, extrema sensibilidade ao frio, exaustão física e mental”.

Frase do jovem de despedida, anotada por ele.   “Tive uma vida feliz e agradeço a Deus, adeus e que Deus abençoe a todos”.

Epílogo.     Quando, após dez meses da morte do jovem, os pais dele vão lá e chegam da cidade próxima até o ônibus em helicóptero junto com o repórter.

Cantos de gaios perto do ônibus.     A mãe foi a primeira a entrar no ônibus.   Depois deixou itens de pronto socorro no local e alimentos enlatados para quem um dia chegasse até o local.   E uma bíblia que foi do jovem quando garoto.   E a mãe confessa:   “Não tenho rezado desde que o perdemos”.

Fim.       02-05-2021       (o autor também tem o livro:  No Ar Rarefeito )

Grato aos leitores que chegaram até aqui e teremos novos fichamentos.

CAP. 09/10 - fichamento - livro - NA NATUREZA SELVAGEM - autor: Jornalista Jon Krakauer - baseado em fatos no Alasca - anos 90

 CAP. 09/10

         Na cidade canadense de Fairbanks há uma antena potente para transmissão de satélite, na qual o pai do jovem participou no passado, do projeto da mesma.    Lá há um Centro Geofísico num prédio que se destaca na cidade.   (vou tentar buscar imagem no Google)

         Bosque das bétulas.  Plantas comuns na região.

         No dia que um rapaz deu carona ao jovem dessa cidade até o ponto em que começaria a aventura, a temperatura estava na faixa de zero grau de dia e menos doze à noite.

         A parte mais pesada da mochila era a biblioteca do aventureiro, composta por uns dez livros.   E ele esqueceu de levar papel para anotações.    Fez um diário resumido no encarte do mapa rodoviário antigo que ganhou no caminho.

         Página 172 – O velho ônibus ao lado do Rio Sanshana, lugar de abrigo aos aventureiros.  Ao chegar no ônibus o jovem já estava com dois anos de andarilho.   Bilhete dele no ônibus  (falando de si).    ...”ele foge e caminha sozinho sobre a terra para perder-se na natureza”.

         Ele sublinha em texto em maio de 1992.   Caças da região:  esquilo, galo silvestre, pato, ganso e porco-espinho.

         Na região com camada de neve é menos difícil caminhar com equipamento apropriado sobre a neve do que na fase em que ela derrete e vira solo pantanoso.

         O jovem ficou quase quatro meses solitário na região do ônibus abandonado.    Por lá caiu a coroa de um dente molar dele.

         Abateu um ganso com o porte de um peru para se alimentar.  Num dia matou um alce para a mesma finalidade.  Supõe que ele pesava entre 250 e 300 kg.

         Página 180 – Capítulo 17 do livro  -  A Stampede Trail

         O repórter está perto do ônibus poucos dias após um ano da morte do jovem naquele local.

         A arriscada travessia do rio Teklanika.   Na época do derretimento da neve, fica fundo, bastante correnteza e adiante passa por um canyon.

         Tem bastante mosquitos na região do ônibus onde o jovem permaneceu na natureza.

         Pegadas de urso.  Algo como a marca de botas tamanho 44.   O repórter disse que quando jovem esteve no Alasca umas vinte vezes num período de vinte anos para escalar montanhas, para pesca do salmão, como carpinteiro ou como jornalista.

         Nessa missão atual estava acompanhado dos pais do jovem que foram conhecer o local onde ele morreu.    Queria o repórter chegar e adentrar no ônibus antes sozinho para reflexão pessoal e busca de respostas.   

         Havia ossos de caças perto do ônibus e muitos espinhos de porcos-espinhos abatidos para alimentação dos que passaram por lá ao longo do tempo.

         Gente do povo local disse que o “alce” que o jovem tinha abatido seria na verdade um caribu, a julgar pelos ossos.   Só que pelas fotos tiradas pelo jovem se comprovou que de fato era um alce.

         A descrição das coisas do jovem dentro do ônibus onde ele foi achado morto.   Isto na página 186 da edição lida. (9ª reimpressão – 2008)

         O jovem foi para a neve e de propósito negligenciou equipamentos essenciais, que não levou: rifle calibre maior, mapa, bússola e machado.

         O jovem conseguiu aguentar 16 semanas no ermo com neve por perto e apenas cinco quilos de arroz.   Se virou com o que tirou da natureza.

         “Não é nada incomum para um homem jovem ser atraído para a atividade considerada imprudente pelos mais velhos; o comportamento de risco é um rito de passagem em nossa cultura, não menos do que na maioria de outras”.

         “O perigo sempre exerceu um certo fascínio”.   “É em certa medida por isso que muitos adolescentes dirigem depressa demais, bebem demais e tomam drogas demais, e que sempre foi fácil para as nações recrutar jovens para a guerra”.

         O jovem acreditava que...  “um desafio em que o sucesso está garantido não é desafio nenhum”.

         Sobre o jovem...    “sua vida estava cheia de significados e propósitos, mas o significado que ele tirava da existência estava longe do caminho confortável:  ele não confiava no valor de coisas que vem facilmente.   Exigia muito de si mesmo – mais, ao final, do que podia dar”.

                   Continua no capítulo 10/10

         Grato aos que andaram lendo o fichamento no qual adoto muito de redação própria para sintetizar as passagens e destaco entre aspas o que está de forma literal no livro.     

 

domingo, 23 de maio de 2021

CAP. 08/10 - fichamento - livro - NA NATUREZA SELVAGEM - autor: Jornalista americano Jon Krakauer - baseado em fatos no Alasca - anos 90

 CAP. 08/10

         Em 1989 ele numa das férias avisou que ia para o Sul e depois mandou um postal de Fairbanks no Alasca.     Alasca.... nunca teve dúvidas de que voltaria para lá.

           Carine, a irmã dele:  “Sabia que ele estava feliz e fazendo o que queria fazer, entendi que era importante para ele ver quão independente podia ser.   Ele ficava meses, até ano sem dar as caras nem notícias”.

         Capítulo 13 do livro – Virginia Beach

         O corpo do jovem foi cremado antes de voltar pra terra dele.   A mãe em lágrimas:  “Eu só não entendo por que ele tinha de correr aquele tipo de risco”.

         Capítulo 14 -  A Geleira Stikine

         O jovem ao se embrenhar na mata:   “Caminho agora para dentro da natureza selvagem”.    O repórter também na juventude foi um aventureiro de escalar montanhas. 

O jovem diz:  “Eu planejara passar entre três semanas e um mês na geleira Stikine”.     Antes ele já tinha feito duas expedições ao Alasca.

         ... “pendurado em dois cravos de cromo molibdênio enfiados em 2,5 cm na água congelada”.

         “Aprendemos a confiar em nosso autocontrole”.   Pendurado nas alturas.    Estava a mil metros e a parede da montanha estava quase sem local para fixar os apoios.   Teve que retornar para baixo.

         Capítulo 15 -  A geleira Stikine -    O repórter era de família de cinco filhos.   Ele mais quatro.  O pai era ambicioso ao extremo, como era o pai do jovem protagonista.

         ... “tal como Walt Mc Candless, estendia suas aspirações à sua prole”.

         Antes do repórter completar idade da pré escola o pai já projetava para ele a Medicina ou como consolação, um curso de Direito.

         O pai estudou em Harvard e queria isso para o filho.

         O jovem repórter se formou carpinteiro e vagabundo alpinista para a ira do seu pai.     “Eu ganhava liberdade e responsabilidade incomuns em tenra idade, pelo que deveria ter sido extremamente agradecido, mas não fui”.   Em vez disso, sentia-me oprimido pelas expectativas do velho”.

         Foi-me enfiando goela abaixo que qualquer coisa abaixo de vencer era um fracasso.  Se frustrou e frustrou o pai.   Lá adiante descobriu:

         “Percebi que eu fora egoísta, inflexível e um grande pé no saco”.

         O jovem por outra rota chegou ao ápice do pico Polegar do Diabo.

         ...agia conforme uma lógica obscura e cheia de furos.   Achava que escalar o Polegar do Diabo resolveria tudo que estava errado em minha vida”.

         Diferença entre o repórter e o jovem.   “Quando jovem, eu era diferente de Mc Candless em muitos aspectos importantes, sendo o mais notável que eu não tinha o seus intelecto, nem seus ideais elevados”.

         Capítulo 16 – O interior do Alasca

         O que deu carona ao jovem até o final, sendo três dias de viagem, disse para ele esperar a neve baixar, por uns tempos.   Era algo como cinquenta centímetros de camada de neve.   Nessa condição não havia erva com elementos comestíveis na floresta.

         Mas “ele estava mordendo o freio para sair e começar a caminhada”.

         Pedi e implorei para que ele telefonasse para seus pais.

         (o jovem não seguiu nenhum conselho no caso)

         Continua no capítulo 09/10