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sábado, 8 de janeiro de 2022

CAP. 02/05 - fichamento - livro - A VIDA NÃO É ÚTIL - autor: líder indígena AILTON KRENAK, ativista e jornalista.

 capítulo 02/05

          Ailton Krenak começou a visitar outras tribos no Nordeste do Brasil. Foi alertando as pessoas nas tribos que visitava:   “Vocês precisam tomar cuidado porque o mundo dos brancos está invadindo a nossa existência”.    Maquinários devastando florestas.     ...” tratores, motosserras chegando; o barulho delas derrubando as árvores, a revolta dos povos”.    “Passei a ouvir os rios falando, ora com raiva, ora ofendidos”.

         “O Agronegócio invadiu o Cerrado, o Xingu virou uma pizza.   Ou uma empadinha cercada de soja por todos os lados.

         Conta-se os sonhos para quem conta com nosso afeto.    ...”sonho é um lugar de veiculação de afetos”.    Só viajo se sonhar sobre a mesma.   Se não sonhar, não viajo.   “É uma orientação que pode ser pensada como mágica, mas na verdade, é o nosso modo de viver a vida”.   “Enquanto perseverarmos nele, vamos continuar sendo quem somos”.

         “Essa experiência de uma consciência coletiva é o que orienta as minhas escolhas.  É uma forma de preservar nossa integridade, nossa ligação cósmica”.   Sobre os índios:    “Você percebe neles essa perspectiva coletiva...  andamos em constelação”.

         Os Krenak são parentes dos Xavante, dos Krahô, dos Kaiapó, somos um povo Jê.    “somos caçadores, não agricultores”.

         Uma lenda do nosso povo Krenak.    No passado, o criador deixou um povo num lugar e este lugar se tornou local dos Krenak.   Passado longo tempo, o criador resolveu dar uma olhada como ia esse povo.   Mas resolveu vir camuflado e veio na forma de um tamanduá.   Foi logo cercado, pego pelos Krenak e levado para ser abatido no outro dia como caça.    Duas crianças gêmeas à noite conseguiram se comunicar com o criador e soltaram o tamanduá.   Quando este se afastava, as crianças perguntaram a ele o que achou dos Krenak.   Ele disse:   mais ou menos.

         “A ideia dos Krenak sobre a criatura humana é precária”.   Os seres humanos não tem certificado, podem dar errado.   Essa noção de que a humanidade é predestinada é bobagem.   Nenhum outro animal pensa nisso.

         “Os Krenak desconfiam desse destino humano, por isso que a gente se filia ao rio, à pedra, às plantas e a outros seres com quem temos afinidade”.

         ...”não estamos com essa bola toda... acima dos outros viventes”.

         Humanidade – não temos essa qualidade especial, acima dos outros seres.   Somos indiferentes, depredamos o Planeta.

         Isto tudo mostra que não há parâmetro de qualidade nenhuma na humanidade, que isso não passa de uma construção histórica não confirmada pela realidade.   O século XX com todas suas guerras demostra isso.

 

Continua no capítulo 03/05

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

CAP. 01/05 - fichamento - livro - A VIDA NÃO É ÚTIL - Autor: AILTON KRENAK - Líder indígena de Minas Gerais (Brasil) do Vale do Rio Doce. Livro de 2021

 A Vida Não é Útil                    06-01-2022

 Ailton Krenak     (lider indígena da tribo Krenak do Vale do Rio Doce em Minas Gerais.  Ele é jornalista e ativista pela causa dos povos indígenas).

          Este livro pequeno no porte e grande no conteúdo foi um presente da minha filha Antropóloga indigenista.    Editado pela Companhia das Letras, tem 130 páginas, tamanho pequeno e está na segunda reimpressão – 2021

         Vamos ao conteúdo (bem resumido)

         O humano dilapidando o planeta.   Matando os animais etc.   “Somos a praga do planeta, uma espécie de ameba gigante”.

         O exagero da concentração de renda.   Bilionários em passeios pelo espaço.   O sonho deles até de colonizar outros planetas.

         “O poder, o capital entraram num grau de acúmulo que não há mais separação da gestão política e financeira do mundo”.

         “Somos governados por grandes corporações”.   “Estamos viciados em modernidade.   A maior parte das invenções é uma tentativa de nós, humanos, nos projetarmos em matéria para além de nossos corpos”.

         Parafernália da modernidade...   “estamos a tal ponto dopados por essa realidade nefasta de consumo e entretenimento que nos desconectamos do organismo vivo Terra”.

         (A tribo dos Krenak vive no Vale do Rio Doce em MG)

         Cita a evidência de que estamos dilapidando a Terra como organismo vivo.   Geleiras derretendo, oceanos cheios de lixo, lista crescente de espécies em risco de extinção...   “Estamos esquartejando a Terra.   É de uma estupidez absurda”.

         Em outra direção, cita James Lovelock, criador da teoria de Gaia.   Foi marginalizado na Ciência por sua linha de pesquisa.

         “Quem já ouvia a voz das montanhas, dos rios e das florestas, não precisa de uma teoria sobre isso”.   Sabe que a Terra é um organismo vivo.

         Comidas processadas, comidas com aditivos...     Falou do plantar, cuidar, colher e preparar para comer – é muito mais seguro.

         Algum adepto em agroflorestas, agricultura orgânica, permacultura.   Esses que as praticam quebram barreira entre os povos originários e os povos que vivem nas cidades.

         Krenak disse que no Vale do Rio Doce onde é a aldeia dele, que fica perto do Rio Doce, é também perto da ferrovia que transporta minério de ferro em quantidades enormes de Minas para o porto de Vitória-ES para exportação.     O povo olha isso como progresso, mas a natureza está sofrendo e o Rio Doce está morto na região.

         “Temos que parar de nos desenvolver e começar a nos envolver”.

         Cita as lições contidas num poema de Drummond chamado Ideias para adiar o fim do mundo.

         Sobre os que querem colonizar outros planetas, ele pergunta:    ...”significa que ainda não aprenderam nada com a experiência aqui na Terra.  Eu pergunto quantas Terras essa gente precisa consumir até entender que está no caminho errado?”

         Minas Gerais...   “essa obsessão por furar o chão”.   Krenak mora no chamado Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais.    O povo simples de lá...   “estamos ferrados”.

         “Vida é transcendência, está para além do dicionário, não tem uma definição”.

         Sonhos Para Adiar o Fim do Mundo

         Índio costuma ter sobrinhos por adoção.   Um pajé Xavante ouvindo seus sobrinhos por adoção e entre eles, Krenak.   Os waradzu (os brancos) na língua deles.

                   Continua no capítulo 02/05

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

CAP. 10/10 (final) - fichamento - livro - NO AR RAREFEITO - (escalada do Everest em 1996) - Autor: JON KRAKAUER - jornalista americano e alpinista

 capítulo final 10/10                    (leitura feita em dezembro de 2021)

 

Cap. 20 – Esporão Genebra – 9h45’ 12-05-1996   7.900 m

         Dois alpinistas que não tinham mais condição de caminhar foram resgatados por um helicóptero militar numa arriscada operação que foi bem sucedida.    Teve que ser uma vitima resgatada por vez, portanto em dois voos.

         Cap.21 – Acampamento base do Everest – 13-05-1996  5.400 m

         Os acidentes e as mortes no Everest nessa ocasião agitaram a imprensa e encheu de repórteres no aeroporto onde os sobreviventes iam embarcar para seus países.  Jon (que além de alpinista é jornalista) falou bastante com a imprensa sobre o ocorrido.

         Jon já no hotel, conseguiu comprar erva para fumar uns baseados para espairecer um pouco das tensões da aventura.

         No retorno a sua cidade, Seattle, nos USA, levou duas mochilas de um amigo alpinista que morreu na escalada.   Imagina o momento de entregar as mochilas aos familiares e amigos do falecido.

         Jon conseguiu reatar a relação com a companheira Linda e curtir o conforto da cidade depois de algum tempo em relação à escalada.

         Ele foi adiando para telefonar para as famílias de três vítimas fatais da Nova Zelândia, aí incluído Hall que era o chefe da expedição na qual ele participou.  Tanto ele demorou para telefonar, que as famílias acabaram ligando pra ele para saber detalhes do ocorrido.

         Ele resume:   “Até que eu visitasse o Himalaia, nunca vira a morte de perto”.

         Antes de ir para o Everest, nunca tinha ido a um enterro.

         Ao todo, naquela primavera de 1996, morreram no Everest doze alpinistas, entre homens e mulheres.   Foi a pior temporada em 75 anos, desde que o pico foi pela primeira vez escalado.

         Houve morte de quatro alpinistas da equipe que Jon estava, incluindo aí, Hall que era o chefe da expedição.

         Jon sofreu e sofre muito por ter visto alguns moribundos no meio da tempestade e não ter meios nem forças para tentar acudi-los.

         Hall dirigia a expedição mais preparada para a escalada daquela primavera e justo sua expedição foi a que sofreu mais baixas.

         A disputa que havia entre Hall e Fisher pode ter aguçado os riscos.

         Jon destaca que todos da expedição tiveram de tomar decisões cruciais em condição de hipóxia, ou seja, de pouco oxigênio no organismo, o que altera em certa medida o raciocínio das pessoas.

         Ele destaca:   “A sabedoria vem fácil depois do fato”.

         Em 1996 morreram 12 alpinistas escalando o Everest e no mesmo ano 84 alpinistas chegaram ao topo do Everest.

         Epílogo -  Seattle USA, 29 de novembro de 1996.   82 metros acima do nível do mar

         Seattle é a cidade onde morou Jon na época da escalada.    “O Everest parece ter envenenado muitas vidas.   Houve relacionamentos rompidos...”.     Houve muita cobrança pela imprensa sobre os sobreviventes, achando que eles poderiam ter feito mais pelos que morreram.    Na visão de Jon, cada um fez o que pode e todos tinham noção de que praticavam uma atividade de alto risco.

         Fim.                                (fim de leitura e fichamento – 25-12-2021)

        

CAP. 09/10 = fichamento - livro - NO AR RAREFEITO (sobre escalada do Everest em 1996) - Autor e alpinista americano Jon Krakauer.

 capítulo 09/10

 

         O cozinheiro sherpa que se intoxicou com gas carbônico por cozinhar dentro da barraca toda fechada por causa do frio.   Passou mal ao ponto de vomitar sangue.  

         Entre os alpinistas que enfrentaram a tempestade no escuro, dois foram resgatados num difícil voo de helicóptero até o local.    Nesse dia, dois alpinistas perderam a vida em decorrência da tempestade.

         Cap. 16 – Cume do Everest – 15 h e 40’ de 10-05-1996.   8.848 m

         Os chefes de expedição Fisher e Hall, os concorrentes, chegaram ao cume depois de Jon ( o narrador deste livro).     Fisher reclamou que não estava muito bem.   Hall tinha marcado um horário limite para se atingir o cume e a ordem era, quem não tivesse chegado ao cume até aquele horário limite, teria que dar meia volta e desistir.   Apesar disso, Hall deixou um integrante do grupo atrasar duas horas e chegar ao cume.   Depois de horas e horas de tempestade com vento e neve, Hall não resistiu e depois foi encontrado morto e semicoberto de neve.   Antes tentaram resgatá-lo mas as condições do clima eram muito adversas.

         Cap.18 – Crista Nordeste – 10-05-1996 – altitude 8.700 m

         Um grupo de três indianos que continuaram a escalada no dia da tempestade (10 de maio) estavam a 150 metros do cume e acharam que atingiram o cume e por isso comemoraram e fizeram alguns ritos e falaram por rádio com autoridade da Índia para contar o feito.

         Cap. 19 – Colo sul – 7h30’ de 11-05-1996  - 7.900 m

         Em certo momento, todos os guias de expedições estavam fora de ação e sobrou a liderança para um alpinista canadense que é médico.

         Cita o caso de um alpinista que escapou por milagre do congelamento e chegou ao acampamento quase moribundo.   O médico alpinista atendeu ele e mediu a pulsação dele pela carótida, aquela artéria do pescoço que é em caso extremo, o único ponto no qual se percebe que a pessoa está com a circulação funcionando.

         Fisher, líder de uma expedição, morre congelado antes de chegar o resgate.

         Jon é acordado na barraca pelo colega que achava que a barraca não ia suportar o vento.   Diz que ventava de forma parecida com o que costuma ocorrer na Patagônia que tem o que os alpinistas consideram os ventos mais fortes do mundo.

         Cap. 20 – Esporão Genebra – 9h45’ 12-05-1996   7.900 m

         Dois alpinistas que não tinham mais condição de caminhar foram resgatados por um helicóptero militar numa arriscada operação que foi bem sucedida.    Teve que ser uma vitima resgatada por vez, portanto em dois voos.


continua no capítulo final 10/10

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

CAP. 08/10 - fichamento do livro NO AR RAREFEITO (escalada do Everest em 1996) - autor: Jornalista americano e alpinista Jon Krakauer - que participou da escalada

 capítulo 08/10

 

Jon chegou ao topo junto com dois conhecidos da  caminhada, tirou duas fotos rapidamente porque o cilindro de oxigênio estava com pouca carga.

         Pegou algumas pedrinhas do cume, colocou no bolso, deu meia volta e começou a descida.

         Uma tempestade estava se formando durante a descida de Jon.  Na descida encontra Hall desapontado porque cinco dos oito clientes dele tinham desistido da escalada.   Nesse momento, todos da expedição do concorrente Fisher estariam a caminho do cume do Everest.   Jon teve que fazer paradas de espera nos congestionamentos da escalada e em certo momento acabou seu oxigênio em cilindro.   O medo de perda do sentido.   Passa um tempo e um alpinista que conseguia escalar sem ajuda de oxigênio em cilindro, cedeu o de uso a ele.

         Um dos colegas de Jon tinha feito há tempos uma cirurgia no olho e agora com a drástica diferença de pressão pela altitude, a pessoa passou a ter problema com o olho.   Viraria um fardo para a expedição de Hall.

         Descendo com ventos e neve caindo e temperatura de -60ºC.

         Pouca visibilidade.    Ao chegar no acampamento, Jon fica sabendo que 19 alpinistas estavam acima lutando contra a tempestade...   “numa luta desesperada para salvar suas vidas”.

         Capítulo 15 – Cume – 13 h e 25 minutos.   10-05-1996.    8.848 m

         Entre outros, a duras penas, Sandy chegou ao cume do Everest.   Vários outros alpinistas chegaram.    Fisher tinha um antigo problema no fígado, mas disfarçava esse problema para não afetar sua imagem como líder da sua expedição.

         O problema do fígado lhe dava às vezes sintomas parecidos como os de malária.   “Ele tinha crises de tremedeira e suava muito”.    Na rotina dele as crises eram passageiras, tipo dez a quinze minutos, algo como duas vezes por semana.    Já com o stress da escalada, as crises estavam ocorrendo todos os dias.

         Um grupo no meio da tempestade, já perto do acampamento quatro, mas sem conseguir enxergar quase nada.   Frio de -73ºC.    Já sem cilindro de oxigênio.    Pararam em certo momento para esperar a tempestade passar.  Não podiam parar de se movimentar para não congelar braços e pernas.  Simulavam luta, um esmurrando outro, para evitar se congelarem.

         Sandy, a socialite, implorava:   “Eu não quero morrer!”.    Esse grupo estava nesse sufoco a apenas 300 metros da barraca onde Jon já estava em segurança.    Essa distância era praticamente no mesmo plano do acampamento e em condições normais, daria para vencer a distância em quinze minutos apenas.   Por outro lado o grupo não tinha condição de saber que estavam tão próximos do acampamento.

         Continua no capítulo 09/10

CAP.07/10 - fichamento - livro - NO AR RAREFEITO (sobre escalada do Everest em 1996) - Autor americano Jon Krakauer (que participou da expedição)

CAP. 07/10 

         Acampamento base – 06-maio-1996  - altitude 5.400 metros

         Frase de um alpinista famoso:     “Se alguma coisa der errado, será uma luta de vida ou morte”.    (numa escalada do gênero)

         Depois de subidas e descidas entre os acampamentos, de forma planejada, para se adaptarem à altitude, na madrugada de 06 de maio, saíram do acampamento base, a 5.400 metros, para atacar o topo do Everest com previsão de chegar ao cume no dia 10 de maio de 1996.

         Na primeira etapa dessa escalada, chegou a inchar a língua de Jon, dificultando um pouco a respiração.

         Na parte alta da escalada a pessoa perdia muita água do organismo e então, se derrete neve para beber até três litros por dia.

         Houve alpinista que andou escalando o Everest sem uso de cilindro de oxigênio e nisso ficou uma disputa para ser da elite do esporte – escalar o Everest sem uso de cilindro de oxigênio.    Desde então, sessenta alpinistas escalaram até 1998 o Everest sem auxílio de oxigênio em cilindro.   Por outro lado, dos sessenta que chegaram ao cume, cinco morreram na descida do Everest.

         Os cilindros e equipamentos de uso dos alpinistas que Jon optou por usar é um modelo russo compacto e eficiente e os cilindros geralmente são de três quilos de oxigênio.

         Nas vésperas da equipe de Jon mais duas expedições atacarem para chegar ao cume do Everest, um alpinista de Taiwan se acidentou e morreu.   Ficou um clima ruim nos 33 alpinistas que estavam prontos para, no dia seguinte, partirem para o topo.

         Cap 12 do livro – Acampamento 3   09 de maio de 1996.   7.300 m

         Jon não foi o primeiro de sua expedição a dar continuidade na escalada e ao começar, notou que um grupo de uns 50 alpinistas (fora do programado) estavam logo abaixo e isto congestionava o trajeto aumentando os riscos.     Todos atrelados a uma só corda montanha acima, dificultando ultrapassagem sobre os mais lentos.

         No acampamento 4, perto dos 8.000 metros, mais de mil cilindros vazios abandonados, muitos por décadas e décadas.    Uns desde a década de 1950.    Não faz tempo (em relação a 1998) que a Nike custeou um projeto no qual os sherpas receberiam uma recompensa para cada cilindro recolhido e entre 1994 e 1996, recolheram ao redor de 800 cilindros vazios do Everest.

         Estoque de 55 cilindros suficientes para apenas uma tentativa de chegar ao cume na equipe de Jon.

         O chefe dos sherpas da equipe do concorrente Fisher, vendo que a socialite novaiorquina Sandy estava com dificuldade, resolveu “reboca-la” com a corda para ela continuar na etapa final.     O sherpa era muito fiel a Fisher e sabia que se a socialite chegasse ao cume, depois seria muitas vezes entrevistada nas TVs americanas, dando grande visibilidade à expedição de Fisher.

         Cap. 13 – Crista Sudeste – 10 de maio de 1996.  8.400 metros

         Lá no alto do Everest perto do topo, o consumo de oxigênio do cilindro de 3 kg de produto dá para cinco a seis horas de uso.

         Nessa escalada, o guia Hall já tinha chegado ao topo do Everest em quatro ocasiões passadas.   No ano de 1996 ainda nenhuma expedição tinha chegado ao topo do Everest e assim nem todo lugar do percurso tinha corda instalada.

         Enfim Jon chega ao topo do Everest e tem a visão inclusive do outro lado do pico.    Por um lado, a sensação boa de chegar lá e junto, a preocupação de descer logo por causa do oxigênio no cilindro estar meio que na medida para a volta se esta for sem percalço.

         Cap 14 – Cume – 13 horas e 12 minutos.    10-5-1996  -  8.848 m

         Jon chegou ao topo junto com dois conhecidos da  caminhada, tirou duas fotos rapidamente porque o cilindro de oxigênio estava com pouca carga.

         Pegou algumas pedrinhas do cume, colocou no bolso, deu meia volta e começou a descida.

         Continua no capítulo 08/10 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

CAP. 06/10 - fichamento - livro - NO AR RAREFEITO (escalada do Pico Everest em 1996) - autor e alpinista Jon Krakauer

 CAP. 06/10

 Capítulo 8 – Acampamento 1 – dia 16-04-1996 – altitude 5.900 m

         As principais expedições, inclusive esta onde Jon faz parte nesta escalada, tem geralmente um correspondente que envia pela web notícias da escalada regularmente.

         A milionária Sandy Pittman (que segue na expedição do concorrente Fisher) que era socialite em Nova Iorque está na escalada na mesma ocasião que Jon.    Sandy leva consigo uma parafernália de equipamentos eletrônicos dentre estes, três notebooks.   Sobre o estrelismo de Sandy, há algum tempo a colunista Joanna Kautman colocou no Wall Street Journal:   “Sandy Pittman é conhecida em certos círculos elevados antes como alpinista social do que como alpinista de montanha”.

         Sandy nem ligava para os comentários que eram desfavoráveis à sua pessoa.

         Capítulo 9 do livro – Acampamento 2 (dos quatro acima do acampamento base).     Altitude 6.500 m.      28-04-1996

         Dormir em saco de dormir feito com penugem de ganso que protege bastante contra o frio rigoroso.

         Colocar os grampões de escalada...    

         Temperatura dentro da barraca : -21 ºC.    Dedos dos pés rachados e sangrando.   E ter que calçar botas para continuar a escalada...

         Subir parte do percurso com ajuda do jumar – um dispositivo que se acopla à corda e que à medida que a pessoa avança, o sistema segue destravado da corda da subida.   Se retroceder, trava o engate do alpinista na corda para não despencar.

         Em certa fase da escalada com vento, a temperatura estava estimada  em – 44ºC.     Pelo radiocomunicador, Jon e outros de sua expedição foram avisados para retornar ao acampamento anterior.     Jon usava como amuleto pendurado ao pescoço uma pedra Xi que ganhou de um monge budista antes de começar a escalada.

         Para o povo da região, a montanha é sagrada e há ritos e ritos para viver na região e também para escalar o Everest.

         Sendo o pessoal de apoio – os sherpas – gente do local e que tem sua cultura em crenças do tipo, os turistas tendem a respeitar as crenças até como forma de respeitar os povos locais.

         Tendo necessidade das expedições colocarem mais 1.500 m de corda montanha acima, os grupos planejaram que duas pessoas por expedição se juntariam aos das demais para essa importante tarefa.   No dia marcado, duas expedições não cumpriram a parte delas e deu atrito.

         Um sherpa de uma das expedições (aclimatado às montanhas) exagerou no esforço e teve sérias complicações graves de saúde.    Para o povo sherpa, o problema era atribuído à resposta da montanha a alguma ação de alpinista que descontentou sua divindade.   Para os alpinistas, houve falha humana no caso que deixou o sherpa no risco de morrer.

         Os sherpas acreditam que se alguém faz sexo fora do casamento por lá (dizem fazer molho de X e Y), contraria a divindade e vem tempestade.

         Para os sherpas, o cavalo é sagrado.  Usam imagens de cavalo alado como o ente  que leva à divindade as preces da forma mais veloz.

         Em termos de montanhismo há uma fama desde outros tempos do tirolês Reinhold Messner   “que, de longe, é o maior alpinista do Himalaia de todos os tempos”.

         Na ampla Cordilheira do Himalaia ficam o Everest e outros picos bem elevados.

         Capítulo 10 do livro – Flanco do Lhotse – 29-04-1996 -  7.100 m

         O colega de escalada australiano que se aposentou aos 56 de idade e se sentiu deslocado fora da carreira militar.   Combateu no Vietnã, inclusive.    Ele declara:   “Descobri que eu realmente não conseguiria conversar com civis...”    “meu casamento veio abaixo”.   Tudo que conseguia ver era esse túnel escuro e comprido se fechando, terminando em doença, velhice e morte.   Partiu então para escalar montanhas.    No alpinismo ele se achou como civil e o que lhe faltava – o desafio, a camaradagem, o sentido de missão.

         Grandes altitudes podem levar uma pessoa a ter edema pulmonar ou edema cerebral.

         A técnica adotada pela equipe de Hall de subir de acampamento a outro e retornar ao anterior, como forma de ir aclimatando o organismo de cada um.   Funcionou bem.   Comumente eram etapas de 600 metros de ganho de altitude em cada etapa.

         Jon estava ainda não tão perto do cume do Everest quando já tinha perdido cerca de dez quilos de massa muscular.  Ele toma durante a escalada o remédio Ibuprofeno, um antiinflamatório para amenizar as dores.

         Continua no capítulo  07/10