capítulo 07/13
Tranquilidade
e estoicismo romano
Os
textos de Zenão desapareceram.
Reflexões estóicas concentram-se em torno da ética e da boa vida. Da arte de viver.
“Esta
última, como resultado de uma imersão em si mesmo”. Em busca de uma perfeição pessoal.
Sêneca
era natural de Cordoba, atual Espanha, mas que na sua época era parte do
Império Romano. Ele nasceu no ano 1
dC. É um dos maiores filósofos romanos
e foi um Senador de destaque em Roma.
Sêneca
foi perceptor de Nero, algo como um personal.
O autor aqui diz que Sêneca apesar de destacado filósofo, como
“personal” de Nero, teve lá seus fracos expostos.
O
filósofo em pauta era contra a ostentação, mas tinha status de Ministro de
Roma. Condenava o apego ao poder
enquanto pensador, condenando também a riqueza, mas foi milionário.
Tranquilidade
e razão. Tranquilidade e divina
providência.
Na
teoria de Sêneca “Cada um de nós possui uma missão que deve ser cumprida”. Para os muçulmanos, corresponde ao Maktub.
“Alguns
descobrem em vida o porquê de suas existências.
Outros pensam que descobrem, e outros nunca saberão”.
Pois o
efeito de suas obras só se fará notar em gerações futuras”.
...”ataques
externos, .... põe-se a enfrenta-los com
calma e tranquilidade”. Ele considera
as adversidades como exercícios”.
“Não é
outra a ideia de sábio para os estóicos.
Não se trata de alguém que sabe tudo sobre o mundo, como se poderia
pensar. O sábio sabe viver. Sua especialidade é a vida.
Tranquilidade
e ira
Frustração
de viver uma vida que não se sonhou.
Pessoas de posse costumam reclamar mais na fila de supermercado. Muitas vezes vão a supermercados que até
vendem mais caro por causa do status e na busca de serem atendidos sem
espera. “Fantasiam que o supermercado
deve funcionar como eles querem”. “Não
cogitam a hipótese de se frustrar”.
“E
quando seus desejos são frustrados, explodem”.
O pobre
é mais resignado, enfrenta a fila no mercado, inclusive para aproveitar as
promoções. Não reclamam, ainda puxam
assunto com desconhecidos na fila do caixa e assim fazem sua “terapia” do dia.
Sêneca e
seus pensamentos. “A alternativa... é adotar uma postura um pouco mais pessimista
com relação à realidade. Analisar a
própria existência para se reconciliar com a realidade. Pensar sobre os desejos e suas condições de
realização.
“Aceitar
a frustração como condição da existência.
...o mundo nunca será como nós queremos”.
“Na
perspectiva estóica só começamos a ser felizes quando aceitamos que o mundo não
gira ao nosso redor”.
...
buscar a conciliação com a realidade.
Sêneca nos propõe “o dever de reconciliar-se com o mundo.
Lamentando
menos, esperando menos e amando mais.
“No amor vivemos melhor”.
Vida
Sagrada
Deus
participa da nossa vida. Quando
acreditamos com fervor na sua existência.
“Deus e seus ensinamentos sempre estiveram presentes no mundo em que
vivemos. E, portanto, queiramos ou não,
exerce influência na vida de quem quer que seja. Porque não vivemos sós. E mesmo quando você não dá muita bola para
isso, o outro, com quem você interage, dá”.
Antes de
Cristo, era comum os povos terem seus deuses que não assumiram um corpo humano
e habitou entre os humanos.
Os mais
antigos tinham seus deuses por contemplação.
Já Cristo dependia da credibilidade dos que aceitavam sua condição. Credibilidade como fé.
Com o
cristianismo, a virtude fundamental é a humildade, assim como a humildade do
próprio Cristo. A presença do
cristianismo em muitas regiões implica que “a filosofia vai ocupar lugar
secundário face à fé”. Estará a
serviço da religião. Nesse contexto “a
filosofia perdeu o direito de analisar a vida. De ensinar a viver.
continua no capítulo 08/13