capítulo 03/12 leitura em janeiro de 2022
O mitológico Ulysses foi mandado à guerra e ficou dez
anos fora de casa. ... no caso do
homem, pensavam esses gregos, a vida não está pronta.
Em
qualquer instante, ela pode ser de um jeito, mas também de outro. ...” E toca a quem vive decidir, entre
outras tantas possibilidades, a que será efetivamente vivida”.
“Por
isso só o homem pode viver mal. Só o
homem pode errar na hora de viver”.
(como
leitor pensei naquele que já nasce num berço super pobre...)
Ulysses,
no retorno da guerra, conhece a deusa Calipso, encantadora.
“Essas
reflexões filosóficas podem ser usadas estrategicamente”.
“Isso
porque, fazer a corte, ou xavecar, é atividade da qual você nunca poderá abrir
mão”. (aí já é fala do autor do livro)
A ilha
da deusa Calipso é como um paraiso com ninfas e tudo para servir as
pessoas. Calipso requisita Ulysses em
três ocasiões. Ela, apaixonada por
ele. Ulysses na prisão, mas com toda
mordomia fornecida por Calipso, se sente infeliz e só pensa em voltar para
casa, para a esposa e filho.
Atena,
filha do poderoso Zeus, pede ao pai que liberte Ulysses. “Calipso oferece, para segurar Ulysses, a
imortalidade e a juventude.
Ulysses
não topou a parada. Isto tudo quer
dizer muita coisa sobre o ser humano.
“Que, para o pensamento mitológico – e posteriormente filosófico –
grego, uma vida boa, ainda que finita, supera, e muito, uma vida eterna, fora
de lugar”.
“Uma
vida fora do lugar é pior do que a própria morte”. (apesar do “lugar” no caso não é geográfico,
mas também fez lembrar do imigrante que fica deslocado...)
Vida boa
é vida finita inclusive. A morte faz
parte do “pacote” da vida boa. Uma vida
material eterna seria uma aberração.
Ajuste,
Atividade e Finalidade
A
preocupação metafísica ou filosófica.
Digamos que já sei o que é, fisicamente e vem o por quê é assim? Com isso entra-se na metafísica, no
filosófico.
“... se
perguntar por quê aquela coisa está no mundo, a que veio, de onde veio, o que
justifica a sua presença ali”. (filosofando...)
Os
gregos usavam o termo logos para razão e linguagem. “A razão nos faculta pensar e a linguagem
nos possibilita a comunicação e a sociabilidade”.
Aristóteles
diz: “O homem é animal político, dotado
de razão”.
A boa
vida tem a ver com os dois traços.
(razão e sociabilidade).
...”Seja
lá o que formos fazer da nossa própria vida, a racionalidade e a sociabilidade
deverão ser decisivas nas nossas escolhas”.
A mãe do
autor deste livro é viúva há doze anos e sempre que ele vai almoçar com ela
para fazer companhia, ela cobra dele.
Se ele não está equivocado por deixar de advogar para ficar sendo
professor. Ele gosta de ser professor. “O indício mais inequívoco dessa inclinação
é a felicidade de que desfruta na docência, portanto, sendo professor”.
Ele
alerta. Não há atividades que são boas
ou más em si. Existem as que são
adequadas e outras inadequadas para determinada pessoa.
Os
gregos já alertavam para o lugar certo, a atividade adequada e ter uma
finalidade. (sobre ter uma finalidade
para dar um sentido à vida, é o mote principal do livro que li recentemente,
chamado Humanos de Negócios, de autoria de Rodrigo V. Cunha). No livro do Rodrigo essa finalidade ele
trata como Propósito. Fazer algo com um
propósito na vida.
Voltando
ao nosso livro do professor. “Por
isso, se temos particularidades em nós é porque há também algumas
particularidades em nossas finalidades”.
E o
esforço comum do ser humano é a busca da felicidade. Esse é o bem supremo.
Ajuste e
Eudaimonia
Eudaimonia
– (palavra grega) – “Indício de que a vida que escolhemos para viver é a
adequada”. Tem a ver com felicidade, só
que em grego, segundo o autor, o conceito é mais completo.
Segue no
capítulo 04/12
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