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quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

CAP. 03/12 - fichamento - livro - A VIDA QUE VALE A PENA SER VIVIDA - co autor: PROFESSOR DA USP - CLÓVIS DE BARROS FILHO - Editora Voz - 2010

 capítulo 03/12            leitura em janeiro de 2022

        

O mitológico Ulysses foi mandado à guerra e ficou dez anos fora de casa.      ... no caso do homem, pensavam esses gregos, a vida não está pronta.

         Em qualquer instante, ela pode ser de um jeito, mas também de outro.     ...” E toca a quem vive decidir, entre outras tantas possibilidades, a que será efetivamente vivida”.

         “Por isso só o homem pode viver mal.   Só o homem pode errar na hora de viver”.

         (como leitor pensei naquele que já nasce num berço super pobre...)

         Ulysses, no retorno da guerra, conhece a deusa Calipso, encantadora.

         “Essas reflexões filosóficas podem ser usadas estrategicamente”.

         “Isso porque, fazer a corte, ou xavecar, é atividade da qual você nunca poderá abrir mão”.  (aí já é fala do autor do livro)

         A ilha da deusa Calipso é como um paraiso com ninfas e tudo para servir as pessoas.  Calipso requisita Ulysses em três ocasiões.    Ela, apaixonada por ele.    Ulysses na prisão, mas com toda mordomia fornecida por Calipso, se sente infeliz e só pensa em voltar para casa, para a esposa e filho.

         Atena, filha do poderoso Zeus, pede ao pai que liberte Ulysses.    “Calipso oferece, para segurar Ulysses, a imortalidade e a juventude.

         Ulysses não topou a parada.   Isto tudo quer dizer muita coisa sobre o ser humano.     “Que, para o pensamento mitológico – e posteriormente filosófico – grego, uma vida boa, ainda que finita, supera, e muito, uma vida eterna, fora de lugar”.

         “Uma vida fora do lugar é pior do que a própria morte”.      (apesar do “lugar” no caso não é geográfico, mas também fez lembrar do imigrante que fica deslocado...)

         Vida boa é vida finita inclusive.   A morte faz parte do “pacote” da vida boa.   Uma vida material eterna seria uma aberração.

         Ajuste, Atividade e Finalidade

         A preocupação metafísica ou filosófica.    Digamos que já sei o que é, fisicamente e vem o por quê é assim?   Com isso entra-se na metafísica, no filosófico.

         “... se perguntar por quê aquela coisa está no mundo, a que veio, de onde veio, o que justifica a sua presença ali”.   (filosofando...)

         Os gregos usavam o termo logos para razão e linguagem.   “A razão nos faculta pensar e a linguagem nos possibilita a comunicação e a sociabilidade”.

         Aristóteles diz:   “O homem é animal político, dotado de razão”.

         A boa vida tem a ver com os dois traços.    (razão e sociabilidade).

         ...”Seja lá o que formos fazer da nossa própria vida, a racionalidade e a sociabilidade deverão ser decisivas nas nossas escolhas”.

         A mãe do autor deste livro é viúva há doze anos e sempre que ele vai almoçar com ela para fazer companhia, ela cobra dele.   Se ele não está equivocado por deixar de advogar para ficar sendo professor.   Ele gosta de ser professor.    “O indício mais inequívoco dessa inclinação é a felicidade de que desfruta na docência, portanto, sendo professor”.

         Ele alerta.   Não há atividades que são boas ou más em si.  Existem as que são adequadas e outras inadequadas para determinada pessoa.

         Os gregos já alertavam para o lugar certo, a atividade adequada e ter uma finalidade.     (sobre ter uma finalidade para dar um sentido à vida, é o mote principal do livro que li recentemente, chamado Humanos de Negócios, de autoria de Rodrigo V. Cunha).    No livro do Rodrigo essa finalidade ele trata como Propósito.   Fazer algo com um propósito na vida.

         Voltando ao nosso livro do professor.     “Por isso, se temos particularidades em nós é porque há também algumas particularidades em nossas finalidades”.

         E o esforço comum do ser humano é a busca da felicidade.   Esse é o bem supremo.

         Ajuste e Eudaimonia

         Eudaimonia – (palavra grega) – “Indício de que a vida que escolhemos para viver é a adequada”.   Tem a ver com felicidade, só que em grego, segundo o autor, o conceito é mais completo.

        

         Segue no capítulo 04/12

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