CAP.02/20 leitura em abril de 2022
Lula, que por ser ex presidente tem direito a escolta
direto, conseguiu sair pelos fundos do Instituto Lula e embarcou rumo ao
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Foram acompanhados de forma frenética por adversários exaltados,
gritando, xingando, soltando rojões. Foi
assim até chegar ao Sindicato.
No Sindicato o grupo de apoio repetia o mantra: “Não se entrega”.
Lá fora a PF com seus integrantes do COT Comando de
Operações Táticas com rosto tampado com panos negros, gorro, bataclavas à mão e
rifles de assalto alemão tipo HK 417, do tipo utilizado pelo exército dos USA
no Iraque e no Afeganistão. (tudo para
ficar como um espetáculo midiático).
Entre os apoiadores, muitos integrantes do MST, MTST,
sindicalistas, Petistas. Cerca de cinco
mil pessoas em apoio a Lula.
O ato de resistir à prisão naquele momento era para dar
visibilidade ao Brasil e ao mundo que Lula era vítima de prisão política.
O advogado Zanin recomendava não resistir à prisão porque
senão o Lula seria considerado foragido da justiça e ao ser preso nessa
condição, seria mais difícil conseguir habeas corpus,
A tropa de choque da PM com cães e tudo o mais, esperavam
prontos para desalojar a multidão para a PF cumprir o mandado de prisão.
Capítulo 2 - Após
revirar a casa de Lula, a PF gruda um microfone no sofá da casa para gravar
secretamente as conversas do casal.
A imprensa do mundo todo antenada no andamento do caso.
Os familiares do Lula se reuniram também lá no Sindicato. Almoçaram com Lula. Eram a favor que ele se entregasse à PF.
Foi cortada a água do prédio do Sindicato e depois cortaram
a luz para pressionar Lula.
No dia seguinte, sete de abril, era aniversário de dona
Marisa, esposa de Lula que já era falecida.
Moro autorizou a PF grampear a Central de telefones do
Escritório de advocacia Teixeira Martins Advogados por 23 dias. (grampear advogados fere a lei)
A escuta telefônica deveria ser restrita ao caso Lula mas se
estenderam a ouvir conversas de todos os clientes do escritório de
advocacia. Ilegalidade flagrante.
Gravações dos advogados que defendiam Lula eram repassadas a
Moro e Deltan todos os dias e assim eles sabiam as estratégias que os advogados
iriam usar na defesa.
Gravaram fora do prazo autorizado pela instância judicial, a
fala de Lula com a presidente Dilma no dia que ela articulava para Lula assumir
um ministério no governo. Teori Zavascki,
Ministro do STF, proibiu a divulgação dessa conversa fora do autorizado e
determinou que Moro providenciasse a destruição dessa gravação. Moro afrontou a lei, divulgou a gravação e
não destruiu a mesma. Depois Moro “pediu
desculpas” ao Ministro Teori, como se houvesse cabimento esse tipo de
coisa.
Lula peitou uma
condução coercitiva até por saber que ela só cabe em caso que o réu descumpriu
duas vezes ou mais a atender a convocação judicial, que não era o caso dele.
O Ministro do STF Teori Zavascki puxa em público a orelha de
Moro por descumprir ordem superior e pouco tempo depois, morre em acidente
aéreo... Morre antes de ver suas
ordens cumpridas.
Levaram Lula para depor na PF do Aeroporto do Congonhas em
SP. Equipes da PF devassaram a casa de
Lula e de filhos dele sem dizer o que procuravam. No confisco que fizeram de documentos e
computadores, até o original da tese de uma nora do Lula foi ilegalmente
confiscada. Tese de Fátima, esposa de
Luis Cláudio.
Lula e seus defensores sentiram a perseguição e muitos
sugeriram para ele sair do Brasil e pedir asilo político. Lula respondeu:
“Respondi que não tenho idade para isso, mas que tenho idade
para enfrentar meus adversários olhando nos olhos deles”.
Continua no capítulo 03/20