Capítulo 05/20
Capítulo 3 – página 39 do livro
Um vereador “contra” os fantasmas na Câmara do RJ
Jair Bolsonaro inicia carreira na política.
Rio de Janeiro, novembro de 1988 -
Eleito logo após promulgada a nova Constituição em 1988. Era então jovem capitão do exército na
reserva remunerada. Isso aos 33 anos de
idade.
Eleito com 11.062 votos para vereador pelo PDC Partido
Democrata Cristão e seu slogan “Salve o Rio” e “Brasil acima de tudo”.
Torcia para o Botafogo do Rio. Depois passou a dizer que torce para o
Palmeiras. ...”gostava de motos, churrasco
e uma cerveja de vez em quando.”
Nasceu em Glicério-SP mas foi registrado como nascido em
Campinas-SP.
As propostas de campanha para vereador: “combater a corrupção” e “defender a
moralidade pública”.
Antes da posse, ele zanzando pela Câmara. Gostava de aparecer. Declarou na ocasião: “Acho um absurdo que cada
vereador tenha a seu dispor dezoito assessores”.
Já começou faltando na cerimônia de diplomação para a
vereança.
“Mas enquanto esteve na Câmara Municipal, Bolsonaro apenas
chamou a atenção, envolvendo-se em episódios que poderiam lhe render mídia.
“Num levantamento da Câmara do RJ em 1990, Bolsonaro terminou
como o pior vereador carioca”.
...”a luta contra a ´mamata´ ficou só no discurso...” ao
longo das três décadas seguintes.
Bolsonaro quando era ainda da ativa no exército fez um plano
de soltar bomba num quartel militar.
Foi julgado por uma Corte militar e a autora deste livro informa que
este só não foi punido devido à proximidade que ele mantinha com militares graduados
que eram destaque no tempo da Ditadura Militar.
Bolsonaro era tão próximo da cúpula militar que um dos
filhos do General Newton Cruz, que comandou o SNI Serviço Nacional de
Informações na ditadura, foi um dos seus assessores na vereança no RJ.
“Em 1989, Bolsonaro se dizia um defensor da transparência
pública”.
Ficou dois anos como vereador e se elegeu em seguida
Deputado federal.
Empregou logo o sogro João Garcia Braga no seu gabinete como
deputado. O citado sogro morava em Resende
– RJ e nunca deu expediente na Câmara Federal em Brasilia. Só entrava o salário... Era o primeiro fantasma de uma lista que viria...
A repórter ao contatar pessoas próximas de Bolsonaro, ouve
que “todo mundo faz isso” e que “só ele iria ficar de fora?”...
Capítulo 4 – página 45 -
A origem do Negócio Bolsonaro inseria a mãe dos três filhos mais velhos
na política e cria seu sistema.
Rio de Janeiro, 03-01-1989.
Bolsonaro acaba de ser eleito vereador e enfrenta uma ação de despejo da
casa que morava e que era do exército.
Ele não tinha na época uma moradia própria. Saiu no jornal a notícia com fotos. Jornal do Brasil. “Exército despeja Bolsonaro”.
Quando ele já era deputado federal a família se mudou para
Brasilia mas não se acostumou à cidade e voltou para o RJ. A esposa Rogeria disputa uma vaga para
vereadora e se elege no RJ. Em seguida
ela conseguiu ser reeleita vereadora.
Aprovou alguns projetos sendo um deles, a criação do Dia de
Zumbi de Palmares abrangendo a cidade do RJ.
Ela no começo da vereança segue as ordens de Bolsonaro mas
vai com o tempo mudando isso. Degenera
a relação entre ambos. Ele arranja em
Brasilia uma companheira “mais nova e mais bonita”. Um dia declara: “Nunca bati na ex mulher. Mas já tive vontade de fuzilá-la várias vezes”.
(Disse isso no ano 2000 e está documentado pela imprensa).
O apartamento comprado para a ex e os três filhos. Registrado no 2º Ofício de Notas do RJ, em
22/01/1996 no valor de 96.000 reais (corrigido para valores de 2022 seria
equivalente a 500.000 reais). Pago em
dinheiro vivo.
Daí em diante seguiu uma trilha de aquisição de imóveis com
frequente uso de dinheiro vivo. (página
52).
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