capítulo 7/25
Na treta da separação com Rogeria, Flávio e Eduardo ficaram
com ela no RJ e Carlos, o 02, já apelidado de Carluxo pela família, acompanhou
o pai na moradia com a mãe de Jair Renan.
Carlos com 17 anos foi emancipado pelo pai e se elegeu o
vereador mais novo do Brasil de sua época.
Carlos começou a defender as pautas conservadoras do pai.
Depois de Carlos, Flávio também é eleito. Isto a partir de 2003.
Em 2015, também Eduardo engrossa a família na política.
No conjunto, mais de sessenta assessores parlamentares no
rol do clã Bolsonaro. Rachadinhas em
larga escala.
Em 2002 Jair muda no RJ para uma casa bem mais ampla e passa
a ter um empregado doméstico remunerado como assessor parlamentar por quase
seis anos seguidos. O rapaz morava
nesse tempo com a família de Jair.
No caso, tabulada a rachadinha de 80% para o clã
Bolsonaro. A fatia que sobrava era para
o assessor fantasma.
Só nesse caso, estima-se que a rachadinha rendeu ao todo ao
redor de 400.000 reais no período dos quase seis anos desse assessor
fantasma. O nome completo dele é citado
no livro e em processos.
Só em 2009 no Brasil mudou um pouco a forma de pagar os
assessores parlamentares. Só em 2011 o
sistema ficou menos obscuro e restringiu o risco de rachadinhas.
Antes desse tempo, pouca internet e jornalistas acabavam
tendo que ir pesquisar caso a caso no Diário Oficial para tentar acompanhar as
mamatas.
Patrimônio familiar aumentando e as intrigas familiares
também. Bolsonaro e o costume de colocar
apelidos. A esposa Cristina (a segunda)
era a Cri Cri.
Pacotes de dinheiro em casa era rotina e os que frequentavam
a casa viam tudo, inclusive o assessor que foi doméstico na casa do Bolsonaro.
“Anos depois, o Ministério Público iria calcular um montante
de 4 milhões de reais nas retiradas dos fantasmas da família Valle (da Cristina
Vale, segunda mulher de Jair) lotados no gabinete de Flávio Bolsonaro.
Período de 2007 a 2018, abrange o
levantamento do Ministério Publico.
E as rachadinhas foram se transformando em imóveis ao longo
do tempo, a partir do ano 2000.
“Cristina e Jair compraram quatorze, entre apartamentos,
casas e terrenos”. Cinco desses em
dinheiro vivo”.
Jair gostava de passear no sítio dele em Angra e Cristina
atritava porque queria outros passeios também, inclusive pelo exterior.
Atritos. Cristina
comprando bens até sem consultar Bolsonaro e Flávio cansado de seu gabinete ser
controlado pela madrasta Cristina.
Cristina monta um escritório (ela é advogada) de advocacia
no RJ ao lado da Câmara Municipal.
Cristina no RJ e Bolsonaro em Brasília, rola desconfiança
mútua. Ela e os bailes com amigos. Ela começou a desconfiar e colocou um detetive
que flagrou Bolsonaro tendo caso com Michelle, então assessora parlamentar.
Ele também pagou um detetive que teria pego ela tendo caso
com um motorista da família.
Em julho de 2007 o casamento com Cristina acabou. Bolsonaro passa a viver com Michelle.
“Bolsonaro viveu com Cristina por quase uma década, mas nunca
formalizou a união”. Os imóveis que
ambos acumularam somavam mais de três milhões de reais. Computando mais os carros, aplicações
financeiras e as joias, o total passava de quatro milhões de reais.
Em 2007, Jair e Michelle formalizavam o casamento (terceira
esposa) em Cartório. Ele aos 52 de idade
e ela com 25. Casaram em regime de
separação total de bens.
Cristina e Bolsonaro se separaram em 2007 e ela depois
deixou de ser assessora parlamentar e entrou na justiça contra Jair. Mas os parentes dela ainda ficaram por uns
tempos como assessores fantasmas nos gabinetes do clã Bolsonaro. Daí trocaram de “arrecadador” das
rachadinhas do clã.
Continua no capítulo 08/25