capítulo 19/20
Julia, viúva do miliciano
Adriano da Nóbrega, diz à justiça que o haras de Adriano era um local onde se
mantinha um cemitério clandestino. A
chefia do MP RJ trocou a pessoa que esteve ouvindo Julia, sem que as pessoas
anteriores que conduziam o caso ficassem sabendo.
As duas promotoras que
antes estavam ouvindo Julia cuidavam inclusive da investigação do caso da morte
da vereadora Marielle Franco.
Quando elas souberam que
foram deixadas de lado sem aviso, ficaram injuriadas e saíram do caso Marielle
Franco.
Esse episódio deu
repercussão interna no MP e foi parar nos jornais.
A defesa de Julia passou
no MP por várias mãos e chegou ao GAECO.
Neste, que é um órgão do MP RJ, não se viu nada de relevante na fala de
Julia e não aceitou a delação.
(página 268)
A justiça sabia do
possível cemitério clandestino no Haras (onde se mantem cavalos) de Adriano e
passou um ano sem procurar averiguar.
“Tentei entrevistar o
procurador-geral Luciano de Mattos, diversas vezes, mas ele afirmou que não
podia falar devido ao sigilo dos casos”.
Página 271 - “Se o MP não avançaria, nada impedia que nós,
da imprensa, continuássemos investigando”.
Desde 2018, vinham os
jornalistas investigando o Clã.
Gravações da família Queiroz no contexto. A jornalista conseguindo texto com o
conteúdo das gravações da sua fonte “Madalena”. “O MP utiliza um software israelense chamado
Celibritte”. (para colocar em texto gravações
de voz)
...”Nós jornalistas
avançamos numa ponta e o judiciário fazendo o caminho inverso na outra”. (página 273)
Em julho de 2021 a autora
Juliana Dal Piva lançou na internet o podcast (áudio) chamado “A Vida Secreta
de Jair”.
Jair ficou sabendo do podcast
e ficou furioso. A jornalista recebeu
mensagem do advogado Wassef, ligado ao Clã Bolsonaro. Ele...
“Queria te entrevistar. Você é socialista?? Comunista??? Soldada da
esquerda brava??? .... “Por que você não vai realizar seu sonho
comunista em Cuba, Venezuela ou Coreia do Norte???”... (página 274)
Ela processou o advogado Wassef
por essa ofensa.
Fevereiro de 2021. “Pouco antes da chegada da mãe a Brasília,
Jair Renan, na cola dos irmãos, já estava sendo investigado pela PF e pelo MP
do Distrito Federal.
Jair Renan era apontado
por tráfico de influência. Colocar empresários
em contato com Ministros de Estado.
Em 2021 Cristina tenta se
articular para se candidatar a deputada distrital (DF), apesar da lei barrar
porque ela está com cidadania norueguesa.
Depois de muito vai e vem,
a justiça do RJ quebrou o sigilo bancário e fiscal de Carlos Bolsonaro e de
Cristina Valle. Tudo neste caso se
parecia com o de Flávio Bolsonaro:
Funcionários fantasmas, cobrança de rachadinhas, lavagem de dinheiro e
compra de imóveis.
“... Marcelo Nogueira (que
foi empregado doméstico por oito anos na casa de Jair Bolsonaro sendo na mesma
época fantasma do gabinete do Clã) resolveu romper o silêncio... e entregou o clã na justiça.
‘Ele admitiu que entregava
para Cristina 80% do salário que recebia como assessor fantasma enquanto
trabalhava na casa de Jair Bolsonaro”.
(página 278)
Denunciou também que ela
comprou na região do Lago Sul em Brasília uma mansão de 3,2 milhões de reais em
nome de laranjas.
Marcelo Nogueira seria
mais um a trazer provas contra Flávio, mas outra vez o MP ignorou isso, ou
seja... “mas Nogueira não foi chamado
para depor até julho de 2022” (período
que abrange a pesquisa antes de publicar este livro)
Continua no capítulo final
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