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sábado, 15 de abril de 2023

CAP. 01/10 - fichamento do livro - TERRA SONÂMBULA - (ficção) - Autor: MIA COUTO - Moçambicano

 

Capítulo 01/10   -   abril de 2023 


         Obra de ficção ambientada em Moçambique – África

         Primeiro Capítulo – A Estrada Morta

         Pelos anos 70 houve guerra do povo moçambicano para conquistar a independência em relação a Portugal.     Depois houve guerra civil entre o povo moçambicano.   

         Cenário após a guerra:    “Aqui o céu se torna impossível.   E os viventes se acostumaram ao chão, em resignada aprendizagem da morte”.

         Caminhando...  “Vão para lá de nenhuma parte.”   Fogem da guerra.

         Um velho e um menino a caminho.    “Avançam descalços.   Suas vestes tem a mesma cor do caminho”.

         O velho Tuahir e o garoto Muidinga.    Na caminhada a ermo, o velho acompanha o menino que quer reencontrar os pais.

         O velho diz para o menino:  “Vou-lhe contar uma coisa: seus pais não lhe vão querer ver nem vivo”.

         Na estrada, um ônibus queimado e os cadáveres carbonizados.  Caso recente da queima.    No local, acham entre os cadáveres, uma mala com comida e cartas.   O menino (que sabe ler) se interessa pelas cartas e o velho, pela comida.

         Dormir enrolado como um congolote.   Congolote é um bichinho invertebrado local.

         A pedido do velho, à noite, perto da fogueira, o menino lendo as cartas devagar.    O velho escutando.

         Primeiro Caderno de Kindzu

         O tempo em que o mundo tinha a nossa idade.

         Nas cartas...    “Mas as lembranças desobedecem, entre a vontade de serem nada e o gosto de me roubarem do presente”.

         “Acendo a estória, me apago de mim.”    “Me chamo Kindzu.  É o nome que se dá às palmeiras ainda miúdas”.    O pai de Kindzu escolheu o nome para o filho porque era viciado a beber vinho desse tipo de palmeira.

         Vinho chamado sura.    Eles também fazem um destilado do produto da palmeira e a bebida, por ser destilada, é bem mais forte em álcool.

         Taímo, pai de Kindzu, contava histórias que nunca terminavam.  Ele dormia antes.  Levavam ele para casa mas ele recusava cama.   Preferia a esteira no chão.  Como na morte.

         “Leito dele era o puro chão, lugar onde a chuva também gosta de deitar”.

         Sonhos de Taímo.   “Taímo recebia notícias do futuro por via dos antepassados.”      Um dia o velho pôs terno e sapato de sola e gravata.   Falou solene que agora seu país era independente.  Isso num dia 25 de junho.

         Em seguida veio a guerra civil.   “A guerra é uma cobra que usa os nossos próprios dentes para nos morder”.

         Antes da guerra, a família tinha algumas posses.   Agora, a miséria.  

         O velho Taímo tentando consolar a família.   “É bom assim!   Quem não tem nada não chama inveja de ninguém”.    “Melhor sentinela é não ter portas”.

         Taímo presumiu que a guerra iria requisitar um dos filhos dele para morrer combatendo.

         Para evitar isso, mudou o filho para o galinheiro.   Fantasiar de galinha.    “Ao nosso lar só chagavam novidades de balas, catanas, fogo.”  Catana é um tipo de facão.

         Um dia Junito, o do galinheiro, desapareceu.

         O pai que bebia com frequência entre as pescas, agora só fica a beber.  Nem pesca mais.   Morreu de tanto beber.

         “Cerimônia fúnebre foi na água, sepultado nas ondas”.

         Recordação.   “Só recordo essa inundação enquanto durmo.   Como as tantas outras lembranças que só chegam em sonho”.

         Parece eu e o meu passado dormimos em tempos alternados, um apeado enquanto outro segue viagem”.

         O pai, pescador, sumiu provavelmente no mar.   A mãe do garoto Junito (junho, mês da independência de Moçambique) esperava um retorno dele à vida e à casa.   Fazia comida e levava para a casa feita para isso, num local retirado.

         “Em vida do meu velho, minha mãe toda se dedicara à ausência dele.  Agora, ele já morto, ela se mantinha cuidando de sua não comparência”.

         A mãe do Junito comia terra vermelha para “reforçar” o sangue.

         Ela um dia lamentou para seu único filho, ainda menino.   Que ela teve tantos filhos e perdeu todos e ficou só ele, esse fraquinho, o “pior”.

 

         Continua no capítulo 02/10

quinta-feira, 13 de abril de 2023

VISITA GUIADA AO ALLIANS PARQUE - CAMPO DO PALMEIRAS - EM SÃO PAULO - CAPITAL - ABRIL/23



















foto de um dos camarotes

A visita custa 80 reais por adulto e 40 para idosos e crianças. Começa na parte da manhã as 10 h em ponto e há várias visitas por dia. Duração média de uma hora.
São três estádios no mundo com a marca da Allians que é uma multinacional de Seguros. Uma na Alemanha, outra na Itália e esta.
Capacidade de público: 45.000 pessoas para jogos e 50.000 em shows onde acomoda gente também no gramado.
O prédio n forma atual é relativamente novo, resultado de reforma e ampliação. Assim aproveitou parte da estrutura do estádio antigo e fica mais barato a regularização na prefeitura.
Por fora da estrutura, há um revestimento fixado a mais de um metro das paredes, feito de metal inoxidável com perfurações. Reduz no calor ao redor de dois graus no ambiente interno e no frio, aumenta em dois graus.
A estrutura metálica também capta água de chuva que é usada em banheiros e também para molhar o campo. Mesmo o gramado sendo artificial, requer que seja molhado por questões técnicas.
A visita começa subindo de elevador para o quinto andar do estádio.
Cabines de transmissão. Ficam na parte mais alta e toda climatizada e isolamento acústico.
Camarotes. Como mostram as fotos anteriores, cabem ao redor de 30 pessoas. Tem parte interna com balcão para lanches e bebidas não alcoólicas no jogo, por força de lei.
Vestiários - Com armários deixando à mostra camisas dos jogadores. Camisas demonstrativas para deixar o ambiente mais perto do clima do local. Banheiros amplos com chuveiros e várias banheiras de hidromassagem.
Trofeu - Não vimos sala de trofeus. Eles apresentam de forma simbólica e para os fãs tirarem fotos, de uma réplica da Taça Libertadores, em disputa.
Sala de imprensa - local onde ao fim do jogo são entrevistados alguns ou algum jogador do time e o técnico. Local onde também o técnico dá entrevista à imprensa sobre jogos e contratações pela diretoria.
Shows - Tem um ambiente com a galeria de cartazes dos shows nacionais e internacionais que tem ocorrido no Allians Parque. Inclui Paul McCartney , Elton John e outros mais.


quarta-feira, 12 de abril de 2023

SINGELA HOMENAGEM AOS POETAS

 Há anos e anos, li do escritor Orígenes Lessa, o livro O Feijão e o Sonho.


Me lembrando aqui dos amigos poetas que fazem a arte por toda a parte deste País, segue um modesto versinho que fiz inspirado no mote do dilema do escritor em si e do escritor em poesia, em particular.


"A vida do poeta,

Sempre um embate medonho, 

É um dilema entre o feijão e o sonho".


    Autor:  Orlando Lisboa de Almeida -     12-04-2023


domingo, 26 de março de 2023

PARTE DAS FOTOS QUE TIREI DO PALÁCIO IGUAÇU - CURITIBA - PR (BRASIL) - SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ fotos de 2019

 

Acima, imagem de Nossa Senhora do Rocio contida na Capela interna do Palácio Iguaçu PR
Acima, porta da Capela do Palácio Iguaçu PR que foi doada por Portugal ao povo paranaense
Interior da Capela do Palácio que tem um mobiliário básico e um ambiente aconchegante
Placa de bronze alusiva à inauguração do Palácio no primeiro Centenário do Paraná
Vista parcial da fachada do Palácio Iguaçu que é de 1953, ano do Centenário do estado do Paraná

VISITA GUIADA AO PALÁCIO IGUAÇU - CURITIBA - PR. SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ - BRASIL

    Primeira parte de duas partes             março de 2023

EM HOMENAGEM À CIDADE DE CURITIBA QUE FAZ 330 ANOS NESTA SEMANA

 

         Antes da pandemia de covid 19 eu integrava o grupo de alunos do curso de Patrimônio Histórico do Paraná que é oferecido pelo Solar do Rosário aqui em Curitiba.

         É uma das formas de integração com a comunidade e de conhecer um pouco mais a história da cidade e do estado.

         A visita foi agendada pelo Solar do Rosário e fomos num grupo de alunos no dia marcado.   Fomos recepcionados pela guia Cibeli que integra o corpo funcional do Palácio Iguaçu, sede do governo estadual do Paraná.

         A visita foi no dia 17 de abril de 2019.       Agora, nos dias que a cidade de Curitiba está comemorando seus 330 anos, resolvi passar para o Word e postar aqui como uma singela homenagem à cidade que nos acolheu e acolhe há dez anos onde viemos para ficar mais pertinho das filhas e netinhos.

         Começamos no térreo do palácio onde no canto direito tem uma pequena capela.   Esta foi feita por pedido da dona Flora, esposa do governador de então, Bento Munhoz da Rocha.   

         O Palácio Iguaçu foi construído para ser inaugurado no ano do centenário da emancipação política do Paraná, esta que ocorreu no dia 19-12-1853.     O Palácio seria inaugurado em 1953 no centenário.    A capela é de aproximadamente 1954.   Tem no altar uma pequena imagem de Nossa Senhora do Rocio que também é a santa Padroeira do Estado do Paraná.

         A porta da capela foi doada por Portugal como uma homenagem ao povo paranaense.

         O prédio do palácio é moderno, amplo e bastante revestido de vidro, com ampla visão para o entorno, no qual fica a Assembleia Legislativa, a Prefeitura da cidade e vários outros prédios de instituições Públicas no chamado Centro Cívico.

         Nas paredes, quadros grandes de vários autores.    Um dos quadros é de autoria de Euro  Brandão e data de 1982.  O tema da tela é a visita do Papa João Paulo II ao Paraná.     Vale relembrar que neste estado é grande a colônia de poloneses e descendentes, sendo que João Paulo II também era polonês.

         À direita do quadro, roupas típicas polonesas, estas que foram usadas pelos integrantes desta etnia quando o Papa nos visitou.

         A cadeira na qual o Papa sentou está mostrada no palácio por foto, já que foi incorporada como relíquia histórica e fica na Catedral de Curitiba, esta dedicada a Nossa Senhora da Luz.

         Voltando ao caso da capela dentro do Palácio, a guia informa que toda quarta feira as 12 horas tem novena no local, aberto ao público.    Os padres que rezam a novena  (confirmar depois da pandemia se essa rotina continua) são do Santuário da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

         No pátio do fundo do Palácio há uma obra em concreto de autoria do artista Miguel Rosa.    No piso, feito em concreto, um mapa do Paraná com seu relevo e os principais rios e cidades demarcados no mapa.   Os rios teriam água corrente mas por questão de falta de manutenção, estavam sem água corrente.    Mas o leito deles é em cor azul e fica demarcado no mapa.

         Painel talhado na parede.   Autor: Humberto Cozzo e este seria o nome artístico do autor.

         Escada em espiral ampla do palácio.   Era o local clássico das fotos nos bailes anuais de debutantes da alta sociedade regional nos aos 60-80.   Realmente o ambiente é amplo e o teto é alto e fica bem aconchegante.

         Painel de madeira de tons marrons.  Contém figuras de araucárias (o pinheiro nativo paranaense) e a obra é do consagrado Poty Lazzarotto, curitibano que foi renomado nas artes plásticas.

         Tela com a imagem das Cataratas do Iguaçu.  Obra do artista plástico Antonio Diogo da Silva Parreira.   Obra de 1920 executada por ele em Paris e teria pintado as Cataratas como forma de matar a saudade da região.

         Quadro do cavaleiro e o público – representa a chegada a Curitiba de Zacarias Gois de Vasconcellos, este que veio como emissário de Dom Pedro II com a missão de escolher o local e instalar a sede do governo da nova província do Paraná.      Até 1853 o Paraná era a chamada Quinta Comarca ligada à Província de São Paulo.

         Zacarias Gois veio da capital Federal, Rio de Janeiro em viagem de navio pois nesse tempo era o meio mais adequado ao transporte entre esses dois pontos.     Desembarcou em Paranaguá e foi recebido com muita festa pois achavam que ele escolheria aquela cidade para ser a capital do Paraná.

         Zacarias Gois acabou escolhendo Curitiba, numa visão mais estratégica, buscando interiorizar a capital para facilitar o desenvolvimento da província como um todo.

 

         Zacarias Gois era um jovem advogado baiano, negro, do alto escalão e de confiança de Dom Pedro II e já tinha determinado o local da capital do Piauí para a qual usou também a visão estratégica, colocando a capital na margem do Rio Parnaiba, por assim dizer, no centro do estado.

         O quadro que simboliza a chegada de Zacarias Gois e sua comitiva para implantar aqui em Curitiba a sede da província estaria inacabado.   Teria sido dado prazo de dois anos para o artista concluir a obra e o prazo venceu e o quadro ainda estava na fase perto do final, mas não acabada.     O governo requisitou a obra mesmo inacabada e na disputa com o autor, este entregou a obra sem a assinatura de praxe e assim ficou.    O artista era Arthur Nísio (1906-1974).    O quadro foi pintado entre 1950 e 1953.

         Curitiba fica distante ao redor de 115 km de Paranaguá e no trecho tem a íngreme Serra do Mar.    Na época, antes de 1850, ele e comitiva demoraram quinze dias para percorrer de Paranaguá a Curitiba.

 

         Parte final será publicada amanhã, segunda feira, 27-03-2023

quinta-feira, 23 de março de 2023

PARTE FINAL - VISITA GUIADA AO TEATRO GUAIRA - CURITIBA - PARANÁ - BRASIL (2/2)

 

         Ney Braga, lapeano, teria regulamentado a profissão de ator.

         A Escola de Dança ligada ao Teatro Guaira é de 1959.

         O Paraná era celeiro de teatro na fase 1950-1970.  O ator Ari Fontoura é um desses destaques.    Os atores Paulo Goulart e Nicete Bruno atuaram por tempos aqui em Curitiba.

         A primeira montagem nacional da pela A Megera Domada foi feita em Curitiba, cidade que foi destaque de criação de peças teatrais e de danças.

         Relembrando, o Teatro Guaira, após o incêndio de 1969, foi restaurado e reinaugurado em 1974.

         A região da Praça Santos Andrade onde fica o Teatro Guaira no passado remoto foi um lugar alagadiço.     Aterraram e sanearam o local.  Hoje por lá fica o prédio histórico da UFPr Universidade Federal do Paraná.

         No entorno desta praça surgiram bons prédios a partir dos anos 50, mas pelo costume da época, poucos automóveis, os apartamentos não tem garagem.

         Atualmente 90% da área do prédio histórico da UFPr é espaço cultural.

         Ao lado tem o prédio do Correio que é no estilo Art Decô.

         Já o calçadão (Rua das Flores, Rua XV de Novembro) foi o primeiro calçadão do Brasil.    Criado pela equipe do então jovem arquiteto Jaime Lerner.    Este que foi indicado por via indireta para prefeito de Curitiba nos anos 70.

         Jaime Lerner, então prefeito, ao buscar revitalizar o centro de Curitiba notou que na Rua XV de Novembro o comércio local encheu de placas de propaganda nas fachadas de muitos prédios históricos.     A prefeitura determinou que as placas fossem retiradas dentro do contexto de formar o calçadão e a rua ficar conhecida como Rua das Flores.   

         A atitude foi muito mal recebida pelos comerciantes que não atenderam à determinação.    Certa noite uma equipe da prefeitura fez uma limpeza das fachadas, tirando todas as placas.   E assim ficou.

         A proposta da prefeitura (Lerner era Arquiteto Urbanista) era transformar um espaço decadente, reabilitando-o com arte e destacando a arte das fachadas da Rua XV que no trecho passou a ser só para pedestres.

         Após o incêndio (1969), o Teatro Guaira passou a ter cortina à prova de fogo.   Há em certos espaços internos do grande auditório, revestimentos em madeira que ajuda na acústica.

         O Sr Áldice disse que ele é fã do estilo barroco, mas gosta da leveza do modernismo na arquitetura.

         Consta que a grande cortina do T. Guaira tem desenhada obra do Poty Lazzarotto e é acessível inclusive por busca no Google.

         Disse o guia que há muita visita guiada, mediante agendamento, ao Teatro Guaira, principalmente por alunos de Arquitetura e afins.

         Atualmente (2019) o T. Guaira não tem maestro fixo.   Atua com maestro convidado quando das apresentações da Orquestra Paranaense.

         O Grande auditório do T. Guaira comporta 2.500 pessoas entre plateia, mezzanino e galerias.

         Em 1974, o lapeano Ney Braga foi secretário da cultura e depois foi governador do estado por indicação do governo federal nos anos 70.

         Nos anos 60-70 Curitiba tinha um renomado estilista de moda, Ney Souza, natural da Lapa-PR.  Nesse tempo estavam em voga os desfiles da alta costura no Copacabana Palace no Rio de Janeiro e o ícone dos estilistas de então era Clovis Bornai.

         Consta que a cidade da Lapa-PR teria um projeto de construir um museu para abrigar peças criadas pelo estilista Ney Souza.

         Quanto àquele pinhão estilizado que tem desenhado inclusive no calçadão da Rua XV (Rua das Flores) teria sido criado pelo artista plástico escultor João Turin.    Dele também são umas esculturas em bronze espalhadas pela cidade.  Uma perto do Palácio Iguaçu, outra no caminho para Santa Felicidade.

         Este é o resumo que anotei quando da visita e que agora passei para o Word e estou compartilhando.   Depois virão fotos com legendas.

 

                                      orlando_lisboa@terra.com.br  

                                      resenhaorlando@gmail.com  

quarta-feira, 22 de março de 2023

VISITA GUIADA AO TEATRO GUAIRA - CURITIBA - PARANÁ - BRASIL - 2019

 


         Data da visita:  12-09-06-2019     - Editado no blog dia 22-03-2023


         Promoção do nosso curso (eu como aluno) de Patrimônio Histórico do Paraná  pelo Solar do Rosário   - Visita pré agendada.

         Guia do Teatro que nos mostrou o Teatro e discorreu sobre o mesmo: o Sr Aldice, integrante da equipe do próprio teatro.  

         Estou editando agora em março de 2023 e sempre me referindo a dados de 2019 quando ocorreu a visita.  

         O Teatro Guaira tem três auditórios.   Um prédio inovador para sua época, feito em concreto armado.

         Há Orquestra há 34 anos e são atualmente 128 músicos.

         Há corpo de baile do Teatro Guaira há cinquenta anos.

         Na ocasião, o corpo de baile estava se apresentando no interior do Paraná.

         Escola de dança.  Curso com duração de nove anos.   As crianças costumam iniciar na dança por volta dos dez anos de idade.  Bailarinos com idade ao redor dos quarenta anos já estão meio “maduros” para a atividade que requer muito do físico.

         Quanto às bailarinas, quando estão acima dos trinta de idade, já sentem alguma limitação para atuar em alta performance.  Sempre há exceções tanto no caso de bailarinos quanto de bailarinas no quesito idade.

         O Teatro Guaira tem dois grupos de dança.  O Ballet Guaira e o G2, este com os mais experientes por assim dizer.

         Ao todo o Teatro Guaira tem trezentos funcionários, aí incluídos dançarinos, músicos, técnicos e pessoal administrativo.

         No tempo que o advogado Renê A. Dotti foi Secretário de governo, ele conseguiu um prédio no centro histórico de Curitiba onde se instalou o Teatro Zé Maria.

         Em 1884 Curitiba tinha outro teatro, que depois fechou.  Na cidade foi reinaugurado um teatro em 1900.   Era no local onde atualmente temos a Biblioteca Pública do Paraná que fica no centro de Curitiba.

         O teatro acima citado foi demolido em 1930.   O prédio já estava em mau estado.   Era o Teatro São Teodoro.

         Curitiba ficou um tempo sem teatro.    O governador Moises Lupion lançou o edital para o novo teatro.    Isto próximo ao centenário do Paraná.

         Foram apresentados três projetos com autores sob pseudônimo por conta de norma de concorrência pública.    No decorrer do tempo, assume o governo do estado, Bento Munhoz da Rocha e este decide rever os projetos.

         Quer realizar obras inclusive para comemoração do centenário do Paraná, que ocorreu em 1953.    Escolheu o projeto com estilo modernista, previsto para ser erguido em concreto armado, algo raro para a época.

         O projeto escolhido era de autoria de um jovem arquiteto de 23 anos de idade, paulista de Botucatu, Rubens Meister.

         A obra alta e grandiosa requeria uso de guindastes e no Paraná não havia e trouxeram da Alemanha.   O guindaste e também um operador treinado.    Isto em 1950.

         Nessa época era bem renomado o arquiteto paranaense Vilanova Artigas, graduado na USP.   Este que dentre outras, projetou o prédio da FAU Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.   Também dele o projeto da rodoviária “antiga” de Londrina, já que a atual, circular, é bem mais recente.

         Chegou o ano de 1953, do centenário do Paraná, e o Teatro Guaira estava semi pronto mas havia acabamentos a fazer.    Mesmo assim montaram programação cultural e realizaram no contexto do Centenário no prédio em fase de acabamento.

         O Teatro Guaira ficou pronto em 1954.   Em 1969 foi destruído por um incêndio ao ponto de desmoronar.    Em seguida veio a árdua e demorada obra de reconstrução que ficou pronta em 1974.   Tempo do Presidente Ernesto Geisel e do governador Ney Braga.

 

         Continua no capítulo final   (amanhã – quinta feira)