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terça-feira, 8 de julho de 2025

Cap. 8 - fichamento do livro - 8/1 A REBELIÃO DOS MANÉS - coautores - PEDRO FIORI ARANTES et alli - 2024

 capítulo 8                 

 

         Cita o pastor Renato Cardoso, genro do poderoso Edir Macedo, da Igreja Universal e da TV Record.    Este pastor editou um livro sobre o Apocalipse e depois veio uma novela da Record com o mesmo nome.   Em certa cena, meteoros caem sobre Brasília e incendeiam os palácios dos três poderes.

         Passa a ideia de castigo divino e de final dos tempos.    “Essa  iminência do juízo final estimula um senso de urgência nos fieis e intensifica o de missão para que os verdadeiros cristãos estejam crispados e em ‘batalha espiritual’ contra as forças do mal”.

         Essa narrativa esteve bem presente nos bloqueios e nos acampamentos da ultra direita e deu no que deu.

         As distorções misturando política e fé...

         ...”como se quebrar vidraças, objetos, obras de arte e moveis significasse quebrar o próprio modelo político tomado pelo Diabo”.

         Muitos fanáticos do quebra-quebra (insurgentes) comparavam o feito à Queda da Babilônia, que é uma passagem bíblica.   Uma busca de adaptar mensagem bíblica à invasão da Praça dos Três Poderes.

         Os insurgentes, tendo sido derrotados e punidos viram isso como um recado divino.  “Daí que a derrota deles no 8 de janeiro ... deu aos fieis um mau presságio: o de que Deus poderia não estar do lado deles.  Seu messias (Jair) esteve ausente, permaneceu em silêncio, dando mínimos e incompreensíveis sinais...”

         Por fim o Bolsonaro abandonou o barco e foi para os USA e deixou seus mais afoitos seguidores órfãos antes do embate dos insurgentes.

         Antes do dia 8 de janeiro, Bolsonaro ausente, há a liderança do General Heleno ...  “extremista e instigador de ódio a Lula e Alexandre de Moraes.    Heleno cumpre muito dos requisitos encontrados em Bolsonaro: também militar, pai de família, conservador e ‘cidadão de bem’.”

         Frase enigmática do Bolsonaro após a derrota nas urnas:   “Nada está perdido”.

         Derrotados, ante de serem presos, os insurgentes se prostraram em orações tentando reverter a imagem de vândalos, de destruidores etc.

         Frustrados por perderem a batalha, pelo risco de serem presos e ainda pela debandada do mito Bolsonaro na hora H.

         Capítulo -  Um Exército de Brancaleone ou terroristas organizados?

         Os insurgentes ficaram dois meses acampados em frente ao quartel de Brasília.     ...” a invasão dos palácios em ataque de ato único, tem caráter rocambolesco e farsesco – inverossímil, mas cuja trama urdida também nos quarteis, progressivamente é revelada”.   (página 109)

         Só parecia improviso...    “A organização e logística dos insurgentes estão longe do mambembe exército de Brancaleone, o que vimos foi um movimento organizado com estratégia e táticas militares: caravanas de ônibus provenientes de diversas regiões do país com infraestrutura alimentar e alojamento indicam claramente um método de organização, financiamento e ação.”  (página 110)

         Há publicação citada no livro atestando que três dias antes da invasão havia artigos mostrando os trajes e métodos que usariam.  Inclusive se enrolar na bandeira nacional usando-a como escudo contra a repressão policial, isto porque uma lei de 1969 dava essa proteção.

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