capítulo 9. julho de 2025
No dia da insurgência a polícia escoltou os manifestantes
até os palácios e nada fez para evitar o quebra quebra que durou cerca de quatro
horas. Depois de duas horas da invasão
a polícia começou a agir.
“Só depois de duas horas de destruição foram iniciadas as
movimentações da PM que resultaram em apenas seis feridos entre os
manifestantes (estimados em 2.000) e surpreendentes 44 feridos entre os
policiais.”
Quando houve no passado manifestações da esquerda quase não
havia feridos entre os policiais que atuavam na repressão, mas havia feridos
entre os manifestantes por conta da ação policial.
Os manifestantes e a camiseta da Seleção Brasileira – CBF que
na crítica do jornalista esportivo Juca Kfouri é a Casa Bandida do Futebol.
...
“A presença ou não de
Bolsonaro no cenário eleitoral não significa
derrota da extrema direita: pelo contrário, armou-se a bomba relógio nas
últimas décadas, e não somente nos anos bolsonaristas...”
... “poder crescente
dos evangélicos na vida cotidiana e mental de parcelas importantes da sociedade”. (frase do Antropólogo Spyer em livro de
2020).
Página 119 -
Capítulo - Depois de janeiro, a
paz será total?
Há citação do protesto aos berros do insurgente, coronel da
reserva Adriano Testoni que gravou vídeo com xingamentos contra as Forças
Armadas por não terem entrado em cena dando o golpe. O coronel responde processo por conta dessa
descompostura.
Em 40 ônibus, os detentos da insurgência foram encaminhados
para presídios. Eles na Papuda e elas
na Colmeia. Nessa fase da prisão
preventiva eram em torno de duas mil pessoas.
Destes, logo em seguida, 684 foram liberados para responder em liberdade
os respectivos processos. Estes por
questões humanitárias como idosos, pessoas com enfermidades, pais com filhos
pequenos etc.
Os presos reclamavam de tudo na prisão, até da falta de wi
fi.
Um deles virou piada ao dizer ao juiz: “fui preso contra a minha vontade”. Ao que o juiz respondeu: “Não sei se o senhor sabe, ma é assim que a
prisão funciona”.
A direita e seu chavão de bandido bom é bandido preso passa
a ser agora um constrangimento para ela própria. “O que fazer agora... quando os heróis do povo passam a ser vistos
como vilões e depredadores do bem público?”
“Os patriotas, agora patriotários, foram abandonados pelos
líderes, pelo messias e generais...”.
“Quem fez quem de Mané?
...”Quem de fato era o diretor daquele teatro de fúria consentida?”
Os insurgentes, fracassados passaram a atacar as forças
armadas como traidoras deles mas pouparam o Bolsonaro que na hora H os deixou
na mão.
Na página 123 os autores fazem uma avaliação do cenário
nacional ao que me parece depois de impactado com o avanço da direita após a
deposição da Dilma, quando vieram governos de direita com Temer e Bolsonaro.
Segue o livro: “Nossa
economia não agrega quase nenhum valor às cadeias produtivas mundiais e não
emprega mais, com mobilidade social decrescente...”
“Uma sociedade enfim, produtora de medo e violência cujos
membros nunca viveram situações tão desiguais e interesses tão conflitantes”.
Página 124 (das 170) -
“A esquerda radical – insurgente foi esmagada e isolada pela própria
esquerda da ordem, pela mídia e pelas forças conservadoras”.
(na minha modesta opinião de leitor, vejo que o Congresso é
majoritário de centro, direita e ultra direita e assim há bem pouco espaço para
a esquerda no Executivo governar como tem potencial. Sem apoio no Congresso, o Executivo fica no
pragmatismo, digamos, de conseguir para o povo o máximo que pode com o limitado
poder que tem).
P. 126 - “Os
vitoriosos do 8 de janeiro ao final, não foram o governo Lula, as forças
populares ou a nossa precária e limitada democracia, mas os donos do poder e do
dinheiro, que mais uma vez impõem a agenda sem oposição, chantageiam e transferem
à esquerda o custo de manter tudo como está”.
...”A direita radical, mesmo amalucada, mobiliza mentes e
corações e age de forma ousada para transformar a história a seu favor,
mantendo, é claro, a ordem desigual”.
Segue no capítulo 10
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