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sexta-feira, 18 de agosto de 2023

CAP.07/08 - fichamento do livro - SANTOS DUMONT - O HOMEM VOA! - autor: HENRIQUE LINS DE BARROS

 Capítulo 07/08

        

         Voltando um pouco para o tempo dos balões em 1902.   O deputado Augusto Severo, amigo de Santos Dumont, após tentativas frustradas, tenta um voo em balão por ele projetado e montado em Paris.  Balão com hidrogênio.   Dois motores.    O balão explodiu no ar e matou Augusto Severo e seu mecânico.   

         Santos Dumont retornou ao Brasil em 1903 e ao ser perguntado sobre fazer balões aqui, ele disse que nós não tínhamos recursos técnicos para a fabricação dos equipamentos.

         “O quadro da nação ainda estava bastante contaminado pelas enormes limitações que o Brasil sentiu, desde o Alvará de 05-01-1785 de Dona Maria I, rainha de Portugal”.   (o livro cita o decreto completo).   Na essência o decreto proibia que no Brasil se montasse e operasse indústrias e manufaturas que poderiam atrair mão de obra rural para a cidade.   Cita o decreto que a desobediência resultaria na perda do empreendimento em “tresdobro” do valor de cada uma das manufaturas e afins.

         Decretou com isso  o atraso do Brasil com reflexos de curto, médio e longo prazo.   Esse alvará só foi revogado em 1808 quando a família real veio se instalar no Brasil, fugindo do exército de Napoleão.

         O alvará foi revogado, mas o estrago já estava feito.

         “Seria impossível, de fato, pensar em um país industrializado com uma população escrava sem qualquer poder aquisitivo”.

         Nos primeiros anos dos aviões, os militares viam mais potencial para uso em observações das posições de tropas inimigas.    “Mas permaneciam céticos, pois essas máquinas mais caiam do que voavam”.

         Em 1910 o francês Lavand voou pela primeira vez no Brasil com um avião que projetou e montou aqui.   O motor era de 45 cavalos e fabricado no Brasil.   Depois o projeto foi esquecido.

         Em 1914, o aeroplano projetado por J d`Alvear  “realizou os primeiros voos com grande sucesso”.   (no Brasil).   No avião em uso dele, o motor e hélice eram de fabricação francesa.

         Em 1912 o grande aviador francês Roland Garros se apresentou no Rio de Janeiro.

         Edu Chaves, brasileiro, era nosso piloto de aeronaves exímio na época.

         Em 1914, um tenente – Ricardo Kirk – morreu ao fazer voo de observação pelo Exército durante os sangrentos combates na região do Contestado (sul do Paraná e interior do oeste catarinense).   

         Eu, leitor, li um livro muito interessante sobre o absurdo que foi a guerra do Contestado.

         Iniciada na Europa a primeira guerra mundial em 1914, surgem inclusive no Brasil, escolas para formar pilotos de aeronaves.

         Santos Dumont deixou expresso em texto, sua reprovação ao uso do avião para fins militares em combate.   Carta dele de 1917

         Em 1911, usando um projeto francês, um militar alagoano montou o “Aribu” (urubu), um pequeno avião.

         Consta que os aviões foram aperfeiçoados de forma acelerada para fins de guerra e após cessar a guerra, ficaram ociosos e pilotos que só sabiam voar fez surgir o mercado de voos cargueiros comerciais.   Numa terceira etapa, surgem os voos de passageiros.    Paralelamente às diferentes fases, sempre houve os pilotos de acrobacias aéreas com suas manobras de exibição e de risco.

         Nosso primeiro engenheiro aeronáutico foi Guedes Muniz.   Nos anos 30 foi à França desenvolver seus projetos de aviões.   Após a estabilidade política do Brasil, ele voltou para cá.

        

                   Continua no capítulo final 8/8