Total de visualizações de página

Mostrando postagens com marcador #Autismo; #TEA; Depoimento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #Autismo; #TEA; Depoimento. Mostrar todas as postagens

domingo, 8 de outubro de 2023

CAP. 18/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

capítulo 18/20       (este e os dois finais serão mais curtos.    Leitura terminada e publico amanhã, segunda feira o 19 e na terça feira o final 20/20)   Grato aos leitores

 

         Capítulo – A força de Sansão: superdotação no espectro autista

         “Minha possível superdotação me causa aceleradíssimos processos mentais.  Meus momentos de hiperfoco são extremamente produtivos, mas isso tem um preço para o meu corpo físico”.

         ...esquecer de comer...    “O que me ajuda são os alarmes:  para comer, para beber água, para lembrar a hora de dormir...”

         “Quando sinto fraqueza mental...   tiro um pequeno cochilo.   O sono é restaurador”.

         ...”escrevendo...  com o livro Manual do Infinito, aprendi que a prática constante supera o talento nato e que sempre vale a pena descansar.”

         “Antes de ser uma máquina de ideias, o escritor é um observador do mundo ao seu redor”.

         Capítulo – Tiozinho: as aventuras de um autista velho em um corpo jovem.

         “Meu analista diz que é normal eu gostar de fazer amizade com pessoas mais velhas”.   Explica:   “É por conta da sua maturidade intelectual”.

         “Geralmente, o amadurecimento autista vem tanto da inteligência quanto do sofrimento”.

         “Sei bem que uma pessoa que amadurece cedo sofre mais”.

         “Meu tipo de música também remonta ao passado.  São raras as músicas atuais que me chamam a atenção...”

         “Ontem já foi, amanhã algum dia, dizem os Bee Gees, num átimo de poesia”.

         “Meu pensamento catastrófico me causa a impressão de que vou morrer jovem.   Ainda bem que esse pensamento rígido é uma bobagem.”

         “Sinto incrível liberdade ao dizer que a experiência de amar uma pessoa mais velha que eu me faz muito bem”.

         “... chega a hora em que cansamos de brigar tanto.   Quem se ocupa em amar não tem medo do fim”.

         “Essa foi a maior lição que meu saudoso Tio Nelson me ensinou:  O amor é uma sinfonia que dá as costas para o abismo da existência”.

        

         Continua no capítulo 19/20  

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

CAP. 17/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

 capítulo   17/20                           outubro de 2023

        

         Meu autismo é político no intuito de criar estratégias para dar qualidade de vida a todas as pessoas autistas junto de suas famílias.

         ...”Nossos filhos, sobrinhos e netos autistas merecem um mundo muito melhor que o nosso”.

         Capítulo – Amizades de suporte: pessoas que transcendem o espectro.

         “Costumo dizer que uma amizade-suporte pode  nos fazer ir além de nós mesmos”.       ...”As amizades-suporte são aqueles que conseguem nos convencer, aconselhar, proteger, cuidar e se aproximar sem nos causar medo, ou cansaço”.    ...medo.   “Passamos a ser arredios quando nos acostumamos a viver em alerta constante.”

         “Construimos a relação com alguém que nos dá segurança...”    “Esse alguém não se importa em dividir o seu tempo conosco...”

         Pode ser parente ou não.   “Não existe regra para assuntos do coração.”

“Para minhas amizades-suporte, prefiro eleger pessoas neurotípicas.   O motivo é simples:  gosto de ver o mundo pelos olhos de quem é diferente de mim”.

         Amo meus pais, mas eles não se enquadram na categoria de amizades-suporte no meu modo.   Eles me apoiam como pais.

         ...”quase a totalidade dos meus amigos-suporte são homens cisgêneros.”   “Um item importante: autistas precisam e devem ter amizades com pessoas de fora do círculo familiar, mesmo que precisem de acompanhamento constante”.

         “As amizades-suporte nos ajudam a crescer e ganhar independência...

         “Quer descobrir... quem são suas amizades-suporte?   São as pessoas para quem você ligaria em duas situações: durante uma crise sensorial ou para avisar que você ganhou na loteria”.

         O que o autismo uniu, ninguém separe:  cônjuges como suporte (ou não)

         “A vida de namoro é bem diferente da vida do matrimônio”.  “Numa vida a dois é necessário que ambas as partes tenham maior disponibilidade, paciência, afeto, carinho e compreensão”.

         Primeiro mito:  O cônjuge do autista não é seu cuidador.   “O que não se pode aceitar é obrigar o cônjuge a cuidar de sua pessoa autista pelo resto da vida”.    A obrigação é maior da família do autista.    

         ...”Podemos perder a pessoa certa unicamente por que somos levados a manter uma relação de dependência e não de amor...”    “Atuar como cuidador é digno e honesto, mas a relação entre namorados e cônjuges deve ser amorosa:  não paternal ou maternal”.

         Segundo mito:  Não é só a pessoa autista que precisa de cuidado.

         “Quando nós autistas estamos estafados, temos a tendência natural de nos isolar: pelo menos é o que acontece comigo”.

         Terceiro mito:  autistas são incapazes de gerar e criar seus filhos.

         “O autismo nunca impediu alguém de se apaixonar”.

         “É preciso dizer ainda que a masturbação solo é uma forma de vivenciar a própria sexualidade quando não se deseja dividi-la com alguém”.

         “O que não se pode pensar é que autistas são incapazes de ser mães e pais, inclusive biológicos”.   

...”fogos de artifício me irritam e isso ocorre com quase todo autista.”

         Meu garoto:   a família que o espectro me deu.   “Tenho um hábito peculiar quando sinto muito amor por alguém: costumo convidar a pessoa para fazer parte da minha família.”    Página 223 do livro.

         Assim ocorreu com o Avô Antonio.  Ele era meu aluno de informática. 
Ele ficou feliz com o curso e me adotou como neto.   Meus dois avôs biológicos faleceram antes do meu nascimento e assim não tive o privilégio de brincar com eles quando era criança.

         Foi um  convívio muito bom com Vovô Antonio.  Passeios juntos, amizade.    “Se eu for contar toda minha amizade com Vovô, teria que escrever um livro unicamente sobre isso.”

         O Tio Orlando  (página 224).    No livro o autor cita o Vovô Antonio, o Tio Nelson e o Tio Orlando, amigos-suporte.

         (Tio Orlando no caso, este leitor e resenhista)

         “... Tio Orlando é um dos maiores inspiradores na minha arte literária – ele mesmo é um grande leitor”.

         Após a morte do Vovô Antonio,  fiz meu primeiro curta metragem chamado “Meu Garoto”.  Filme em parceria com Bruna Gabrille.

         “Minha família por adoção tardia me ensinou, acima de tudo, que os laços biológicos não representam amor, união, respeito e amizade por si sós.  É preciso que haja mais:  presença, afeto, compreensão, carinho.”

         Não à solidão.   “Terei na comunidade autista primas, primos, tias e tios à vontade”.

        

         Continua no capítulo 18/20

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

CAP. 16/20 - fichamento do livro - MANUAL DO INFINITO - Relatos de um Autista Adulto - Autor: HENRIQUE VITORINO

 capítulo 16/20

 

         Ao escrever este livro, a busca de identificar o meu lugar de fala.   “precisei aprender o que devia falar e qual a melhor maneira de comunicar os meus pensamentos”.

         ...”hábitos de autista.   Passar as mãos no cabelo, cheirar as mãos com frequência...”

         “Desde que  recebi o diagnóstico, ganhei uma saúde de ferro.   Minha autoestima não me deixou pegar nem resfriado”.

         Capítulo -  O enigma em si: o benefício da psicanálise para um autista (e a polêmica das terapias).

         Quando fui começar a terapia me preocupava em me livrar da minha gagueira.   “Também queria me livrar do mal estar quando alguém me olhava nos olhos”.   Comecei as terapias antes de saber do meu diagnóstico de autista.

         “Já fiz tratamento psicanalítico e também terapia comportamental”.

         Gostei de ambas mas sinto que a terapia psicanalística se  aproxima melhor do meu pensamento particular.     A terapia comportamental é muito útil para romper pensamentos rígidos e criar novos padrões de ação”.

         A terapia comportamental é útil na diminuição da hipersensibilidade.

         Não ficar buscando soluções de internet.   Tem que haver acompanhamento de profissional habilitado.    “É impossível se curar de algo que não é uma doença”.

         Imaginar o estresse pelo qual estão sujeitos os professores.  Há pais que levam seus filhos autistas na escola com um único recado:  Cuide dele.

         Não raro são os professores que alertam os pais que seu filho pode ter algo que merece ser investigado em termos de saúde e comportamento.

         O tratamento ministrado por profissional habilitado pode conter medicamentos.  Usados com critérios, ajudam no tratamento para dar mais qualidade de vida ao autista.

         Não há epidemia de autismo como alguns falam e há até os que associam às vacinas o que é uma grande bobagem.

         “Eu, pessoa autista, entendo que a avalanche de diagnósticos é uma reparação histórica a todo o silêncio que fomos obrigados a engolir”.

         Tive que ouvir do profissional, coisas duras mas necessárias.  “Foi duro, mas libertador”.

         O autor aqui saúda e agradece a Freud, o “pai” da Psicanálise.

         Capítulo – Vil metal: a tensa relação entre o dinheiro e o autismo.

         “Texto elaborado com a parceria do meu melhor amigo-suporte, economista autista Alberto Luiz Teixeira”.  

         Os autistas tem demandas específicas de medicamentos, assistência médica, equipamentos para adaptação e afins.  Tudo isso tem custos.

         Não ter acesso às demandas específicas do autista por falta de apoio financeiro é bem doloroso.

         O autista que tenta se inserir no mercado de trabalho sempre encontra barreiras, preconceito.     ...”é o mercado que deve se humanizar e criar oportunidades para as pessoas neurodiversas, e não as pessoas mudarem o que são para se integrar à maioria neurotípica”.

         “Temos a oportunidade de dispor e utilizar o SUS que é o maior sistema de saúde público do mundo.”    Por outro lado é muito difícil conseguir tratamento pelo SUS na área da Psicologia.

         “Acho injusto que eu, um homem autista cisgênero, branco, dispondo de ensino superior completo, tenha mais direitos sociais que uma mulher autista, preta, transgênero e moradora em uma comunidade.”

 

         Continua no capítulo   17/20