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quarta-feira, 31 de julho de 2024

cap. final - fichamento do livro de ficção - SUKIYAKI DE DOMINGO - autora coreana - BAE SU-AH

 capítulo final (9)

 

         Ele na troca de ideias com a noiva.  “Disse que não queria herdar a miséria.   ....eu conheço de perto a vida da classe popular, vulnerável à menor crise econômica”.

         ... sobre a noiva....    o fato dela pertencer a uma jovem geração que conseguiu escapar da pobreza graças à educação de qualidade.

         Han, o jovem chefe do entrevistador conseguiu analisar a miséria de cima para baixo, já que ele não viveu a miséria.   Foi diferente o caso do entrevistador que viveu a miséria no passado.

         Capítulo -  Um mero ser humano pisoteado

         A luta de Gisors e Kyo, depoentes por luta contra o comunismo.    ...”é  preciso entender que a morte pela ideologia, também é uma forma de lutar pela humanidade.”.

         ... “concluindo, apenas a estratégia política mudará as coisas”.

         O personagem quando criança foi criado pelo tio que tinha uma pequena casa de penhor.  (agiota).   Esse tio era católico.

         “Eu fui um escravo.  Não passava de um escravo pagão, vendido para uma família católica.   Sabem o que acontece com escravos assim?   Eles são batizados.  Ganham roupas novas e um novo nome.

         O que herdou do tio a casa de penhor depois de anos e anos trabalhando de graça para o tio.    “Quando trabalhava como ajudante na casa de penhor, o tio nunca lhe deu um tostão”.   Durante toda a vida nunca pode possuir as coisas que amava.

         O sobrinho, separado da família, querendo apoio financeiro do tio agiota, supostamente bem de vida e solitário.

         Vendo que não conseguia nada do tio pensa:  “Com certeza meu tio morrerá solitário ao lado do cofre, sem a companhia de nenhum familiar ou pessoas queridas”.

         O tio agiota descrente da vida.   “Olha para mim e veja se existe algum tipo de alegria ou júbilo.  Agora não posso mudar nada.   A única coisa que ficou foi a desilusão e a feiura deste mundo”.

         O tio tem bens e não desfruta.  O sobrinho alerta que o tio poderia desfrutar mais, passear mais, viver a vida.

         O tio que viveu os tempos de guerra, de despotismo, de miséria, acaba carregando essas cargas negativas pela vida ao longo do tempo.

         “No momento, cada indivíduo tem a sua responsabilidade diante da história, que é o ler o futuro no rosto das crianças”.   (tem a ver com a esperança)

         Consta que na primeira guerra mundial, a Bélgica participou dos combates e recrutou muitos coreanos que eram colônia dela na época.  Assim, soldados coreanos perderam a vida por uma causa que não era deles.

         No caso, o tio estava mais próximo da própria história e dos fatos históricos do seu país que incluía sofrimento e miséria.

         Então a autora dá o desfecho do livro:   “Até o momento de sua morte, Doo-Yeon Bark (sobrinho) não deixará de ser cínico para com os que sofreram.  Durante a vida inteira, ele nunca tinha sido coreano ou coisa parecida.   Era apenas um meio ser humano cruelmente pisoteado”.

...      A autora nas notas finais do livro diz que no passado ela tinha pouco acesso a livros e nem se interessava muito pela leitura.   Andou jogando no lixo muitos livros já lidos.

         O livro que ela não descartou desde a juventude foi Doutor Jivago de Boris Pasternak.    Ela destaca da juventude um livro sobre um casal homossexual de Teerã.   Livro chamado 1979 de Christian Kracht.     A autora que tem formação em Química e é escritora, diz que não raro seus escritos são recusados por editoras dando desculpas evasivas.    Mas a autora diz que até compreende isso e segue em frente escrevendo e publicando.

 

         FIM.                 Final da leitura dia 19-07-24 quando em viagem e não tinha dado tempo e meios de postar no Facebook e no blog.

 

         Próxima resenha:    livro O Avesso da Pele.   Autor: Jeferson Tenório