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quinta-feira, 30 de março de 2017

FICHAMENTO - LIVRO - A RADIOGRAFIA DO GOLPE (BRASIL 2016)

RESENHA DO LIVRO – A RADIOGRAFIA DO GOLPE
Autor:  Professor Jessé Souza – Autor de 25 livros e estudos no Brasil, USA e Alemanha.    Professor da UFF Universidade Federal Fluminense (e palestrante)    
    Este fichamento foi feito pelo leitor:  Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida
    Dados principais do livro:  Editado em 2016 pela Leya – 1.ed. 144 páginas
     Página 25 – A elite faz com que os grandes crimes sejam no máximo “punidos” com grana e limpam a barra.
     24 – Os códigos penais e as prisões passam a se concentrar nas camadas mais baixas da sociedade.
     25 – Crimes grandes como os contra os Fundos de Pensão como já ocorreram na Argentina e Malásia, afetam milhões de pessoas e os autores nem presos vão.
     25 – Uma social democracia com alguma atenção ao trabalhador só foi tentado aqui após 2002 e desagua no golpe.
     25 – Ele pergunta como a elite do  $ conseguiu transferir a responsabilidade do golpe para as elites da política, jurídica, da imprensa e ficar “de fora” do golpe?
     25 – A elite do $ mandava no Estado até 1930.  Getúlio Vargas arrebata o poder desta.    O autor diz que a elite cria a USP em 1934 para criar nova forma de poder (e se contrapor a Vargas) na forma de ideologia.
     26 – O livro Raizes do Brasil – de Sérgio Buarque de Holanda, publicado em 1936 foi e ainda é a materialização mais completa desse ideário.
     26 – Sistema “natural” que drena toda riqueza para 1% do povo.   Tudo com a benção de um congresso comprado e uma mídia sócia do saque.
     26 – A evasão fiscal é maior que toda a corrupção e não se toca no assunto no Brasil.
     26 – Pesquisadores da TAX Justice Network orçaram em 520 bilhões de dólares a evasão fiscal de super ricos brasileiros para o exterior.
     27 – Como não dá para fazer na cara dura, douram a pílula fazendo o povo crer que nada disso ocorre.  “Em bom português, é necessário fazer da maioria da  população uma massa imbecilizada capaz de agir contra seus interesses mais diretos.”   A elite exerce o poder social e político de forma indireta.
     27 – “A religião, no passado, e a ciência , nos dias de hoje, em sua versão dominante (ortodoxa), serviram e servem para justificar a riqueza e o poder de poucos sobre todo o resto.”
     27 – É precisamente na encruzilhada dos aprendizados possíveis ou das chances perdidas que o Brasil de hoje se encontra  na atualidade.
     28 – Hoje as pessoas tem papéis como arrancar dentes, consertar carros, etc.   “Além de fazer esses trabalhos, as pessoas  precisam dar sentido às suas vidas, e parte importante desse sentido é conferida pela forma como nos vemos e nos representamos como sociedade.
     Há o Hino Nacional.   No caso dos americanos, o mito “de povo escolhido por Deus”, uma nova versão da narrativa judaica.
     30 – Disse que no caso do Brasil isso é mais complicado para se ter uma narrativa que agrade o povo, porque sempre tivemos baixa auto estima.
     30 – Temos juízes justiceiros hoje no Brasil...
     30 – Fala dos “vacas sagradas” Gilberto Freyre e Sergio Buarque de Holanda.  O primeiro fala do “homem emotivo” – o brasileiro.  O Segundo fala do “homem cordial” sobre o brasileiro.  Prevalece esse rótulo na atitude e serve à direita e à esquerda.    Nossos intelectuais sempre nos comparavam com os USA e ficamos caídos, negativos.   Gilberto Freyre teria percebido isso e cria uma versão positiva do nosso povo, apesar de tudo.  Buscar virtudes nos brasileiros...  despertar o orgulho nacional... permitisse cimentar uma  solidariedade nacional tão necessária na época de Vargas.
     Diz que Freyre foi genial por conseguir inverter a lógica dos USA.   Freyre tirou a “mulata da lata de lixo” e a colocou em patamar positivo.
     Os USA segregaram os negros.   O luso brasileiro misturou as raças.
     31 – Daí sermos hospitaleiros, abertos, emotivos e sexualizados.   Não importa se o mito é verdadeiro ou não.   O que importa é que as pessoas acreditem nele.   Vieram nos incutindo essas “verdades” na nossa cabeça na escola, etc. e elas nos parecem “naturais”... na verdade são um produto cultural.    ...”é decisivo exercitar a humildade, reconhecer que não sabemos o que imaginamos saber sobre a sociedade.
     33 – Dividimos...   classes do espírito e do conhecimento – classes superiores.  Classes do corpo, do trabalho manual – as inferiores.   “O espírito diviniza o masculino - o feminino  o corpo os animaliza...   Homens – espíritos superiores...   Mulher – corpo/sexualidade... inferiores.
     América (USA) e Europa vistos como espírito e superiores.  América Latina, África e parte da Ásia... vistos como inferiores.    É difícil transpor essa versão.  Agora não mais se despreza por raça, mas por “cultura”.
     35 – Freyre tira seus conceitos de um MITO e funda a ciência social sem base científica.     Sergio Buarque de Holanda interpreta o nosso vício como uma tendência inata à corrupção.    E este dá até uma feição “negativa” ao brasileiro.   Dá fundamento aos conservadores.
     36 – O autor diz que Sergio Buarque deu respaldo à síndrome de vira lata  do brasileiro.     ... “moralmente inferior, burro e inconfiável”.

                 Continua.....    (em breve)