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sábado, 4 de dezembro de 2021

CAP. 24/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V CUNHA - Editora Voo - 2020

 

 CAP. 24/35

Continuação - CLAUDIA SENDER - slogan - Quanto mais difícil, melhor

Aos 21 de idade conseguiu estágio numa empresa de consultoria americana. Depois de certo tempo de trabalho, foi para um MBA em Harvard.

Cláudia é judia. Na POLI Escola Politécnica da USP onde fez engenharia não havia colegas negros em sua classe. Já em Harvard tudo era muito diferente, inclusive nesse quesito, pois havia muitos negros colegas de Universidade.

"Hoje me considero uma pessoa muito mais tolerante e compreensiva". Buscando desafios maiores, foi para a Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul. As maiores marcas do mundo no ramo de eletrodomésticos.

Desafio com uma fábrica no ABC paulista que não era rentável. Houve a decisão de juntar essa fábrica com outra de Rio Claro-SP para redução de custos. Fizeram um programa para dispensa de empregados buscando evitar que gastassem a indenização e ficassem sem emprego. Houve um programa de preparo dos empregados para encararem o desafio de estarem preparados para novos empregos com habilidades compatíveis.

O sistema elaborado para isso deu resultado e 95% dos empregados que foram desligados em 6 meses estavam de novo empregados.

Assumindo postos na empresa foi liderar o MKT Marketing. Liderava uma equipe de centenas de pessoas. Era uma lider muito controladora. A equipe não ia tão bem. Um dia ela buscou uma consultora e no contexto do diagnóstico, a pergunta à equipe. Se tivesse uma varinha mágica, o que você faria. Uma da equipe respondeu; Eu faria a chefe desaparecer. Aquilo para ela foi um marco e ela mudou a postura e a mudança fez com que retomasse a liderança da equipe em outras bases e esta passou a atuar muito melhor. Quando tudo estava no eixo, ela deixou esse emprego. Partiu em busca de novos desafios. Em 2011, na fusão das companhias aéreas LAN e TAM, ela aceitou o desafio de participar da gestão. A TAM brasileira e a LAN chilena. O autor do livro conheceu a Cláudia em 2016 num evento empresarial. Em 2019 ela saltou para outro desafio após oito anos de LATAM. Foi para o Conselho de Administração da Lafarge Holcin, Estácio e Gerdau. "Uma posição em que a participação feminina é baixíssima - apenas 11% nas 500 maiores empresas do Brasil segundo o Instituto Ethos. Bate papo com Claudia Sender .................................... "Poder me colocar no lugar do outro virou algo natural para mim". (e isso gera empatia). "Quando vou visitar o pessoal de operação, dou beijo e abraço em todo mundo. Somos todos iguais e eles estão trabalhando por todos nós". "Buscar a simplicidade nas mensagens e atitudes foi um grande aprendizado".

Sobre o começo de tudo para Cláudia Sender: "Nada na minha vida foi fácil. Nunca tomei um atalho. Sempre fiz as coisas dentro das regras e dentro da minha régua de valores". Um dia, palestrando em Harvard, um aluno latino perguntou como ela conseguiu chegar lá sem ter uma família influente nem contatos influentes. E ela diz que o caso dela é de esforço e com isso chegou lá. Marcante para ela, o conselho de um ex chefe na Consultoria. "Temos um guard rail onde de um lado estão as leis e do outro, os valores da companhia". Quando você cometer erros dentro desse muro de contenção, estarei do seu lado, vou protege-la. Mas se você pular do outro lado do guard rail, você está sozinha". Ela afirma: "sempre deixo claro para as minhas equipes que valores da empresa e lei são inegociáveis".