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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

CAP. 30/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo. Autor: RODRIGO V CUNHA - Editora Voo - ano 2020

 CAP. 30/35

 A missão da Guayaki: restaurar até 2020, duzentos mil acres de Mata Atlântica sulamericana e gerar 1.000 empregos. (dois acres se aproximam de 1 hectare e este é equivalente a 10.000 m2)

         Atualmente a empresa, com sede na Califórnia, tem enorme frota de carros elétricos para distribuir os variados produtos que contém erva mate e sabores diversos.    Na atualidade conta com 300 empregos diretos, dentre os quais, 57 ex detentos.   Usam erva mate oriunda do Paraguai, Argentina, Brasil e Uruguai.

         “500 famílias trabalham hoje na regeneração de 40.000 ha de floresta”.

         Criaram até uma empresa de publicidade para divulgar os produtos da Guayaki focado em 23.000 universidades no mundo e seus respectivos públicos.  É a Come To Life.     “Ao fomentar a cultura, a arte e a música, reforça a associação da erva mate a um estilo de vida alternativo e saudável”.

         Alex reside em Buenos Aires e supervisiona os trabalhos na América do Sul.   Nesta época ele tem cinco filhos e está aos 48 de idade.   Mora perto da natureza.

         O respeito dele com o meio ambiente.    ...”o leva a falar não em conservação e reflorestamento, mas em regeneração que inclui flora e fauna.  Um processo que não se limitaria ao cuidado com o planeta, mas à construção de uma nova relação do ser humano consigo mesmo, com os outros e com o sistema do qual faz parte”.

         “É preciso romper os estereótipos, entender de onde viemos, honrar os ancestrais e cuidar do nosso destino”.

         Na Argentina entre 2015 e 2019 foram criados nove Parques Florestais Nacionais.    “Nossa espécie está em perigo...   nós partilhamos a mesma mãe.   Eu acredito nisso”.     “Insisto que temos que prestar mais atenção ao comportamento e aos sinais da natureza”.    

 

         Bate papo com Alex Pryor

         Falou que apesar da boa intenção, mesmo o  Banco Mundial apoia projetos duvidosos.    Citou o caso desse banco apoiar plantio de kiri na Costa Rica.   Árvore oriunda da Índia.   Vira uma monocultura que não confere com o ambiente natural da planta.

         Há projetos menores, de regeneração da identidade da comunidade.  Cultura, arte, línguas antigas, músicas.

         São diferentes paradigmas, visões e abordagens.

        

 

         Outra Humana de Negócios   -   Nilima Bhat   

         A força do shakti;

         Em 1998, Nilima morava em Singapura e era chefe de comunicação corporativa da ESPN Star Sports, ligada à Disney, um dos maiores conglomerados de mídia do mundo.

         Passando por Delhi, vê tankas, quadros de pinturas tradicionais do Tibete.  Compra uma tela.  Se impressiona com a obra.

         Mudou para Mumbai na Índia e lá passou a atuar no Conselho da holandesa Philips.   Tempos do governo Rajiv Gandhi, filho de Indira Gandhi.   Ambos tem esse sobrenome mas não são parentes do Mahatma Gandhi.

         Ela, para consolidar a força da Philips na Índia, buscou o poder de Shakti, divindade feminina, consorte à divindade masculina Shiva.

         Ela nasceu e se criou na Índia, mas sendo filha de militar e recebeu estudo em escolas de militares e a educação era secular e não entrava muito na espiritualidade do pais.

         Ela mudava de emprego acompanhando a carreira do marido.   Percebeu ao longo da carreira de jornalismo...   “era realmente massagear a verdade conforme o necessário”.    ...”meu chamado era mais profundo:   Viver na verdade e expressar o que é importante, bom e verdadeiro”.

         Ela e o marido publicitário, vinham de famílias de classe média indiana.   Muitos dos seus amigos partiram para um pHD ou MBA para se aventurarem nos USA.

         “Ninguém pensava em significado ou propósito, mas sim em ganhar a vida”.

         Quando o marido dela conseguiu um emprego em Londres, eles tinham dois filhos e ela estava com 32 de idade.   Já com a economia estável na família, ela resolveu buscar outro patamar na vida, o das necessidades emocionais e espirituais.   Passou a estudar yoga e vedanta, ambas práticas muito fortes na cultura indiana.

         O marido dela teve câncer aos 40 de idade.

         Ela sempre foi boa aluna e a tendência seria ser cientista, médica ou engenheira.   Mas ela gostava de lidar com pessoas.

         Doenças e acidentes na família.   Ela buscou ser resiliente e apelou para Ganesha, divindade Indu que lida com a remoção de obstáculos.

         Após a cura do câncer, o marido dela deixou o mundo corporativo.  Passou a atuar em atividade mais holística.

         Ela, pela história de vida e pelos estudos, sentiu que seu propósito estava ligado a trabalhar pelo empoderamento das mulheres e para divulgar a sabedoria da Índia para o mundo.

 

                            Continua...