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segunda-feira, 13 de março de 2023

Cap. 08/08 - fichamento do livro - GRAFFITI CURITIBA (Paraná - Brasil) - Autora Professora Dra Elisabeth S. Prosser - Ano 2010

capítulo final 08/08            leitura - março de 2023

 

         Graffiti legal x Graffiti vandal.   Rua x Galeria de Arte.

         Graffiti legal é aquele feito em local autorizado.

         Merda é um grafiteiro curitibano que é contratado por uma empresa de publicidade.

         O artista de rua e publicitário Krop.    “Eu comecei pichando.  Depois fiz figura humana, pinturas autorizadas, painéis, coisas grandes... mas sempre volto para a bombing.  Essa é a essência, cara – sem bombing não dá”.

         Bombing – ação de assinar rapidamente em tantos muros não autorizados quanto possível.

         Em outubro de 2008 Osgêmeos expuseram sua arte no MON Museu Oscar Niemayer em Curitiba.  Já na atualidade (2023), Osgêmeos de novo estão expondo sua vasta obra no mesmo local, O Museu Oscar Niemayer.

         (fui ver as obras deles no MON e gostei muito)

         ACASA é um centro de arte em Curitiba.   (citado em 2009)

         O povo vai se habituando aos trabalhos dos artistas de rua.   “De fato, a educação faz o olhar”.

         Interventores Urbanos – Quem são eles, afinal?

         ...”em rebeldia contra o capitalismo e as classes média e alta, símbolos da injustiça social pelo acúmulo de bens”.

         ...”a maioria dos hoje grafiteiros desenha desde sua infância”.

         ...”a trajetória de quase todos vai do picho ao Graffiti e depois, à profissionalização mediante cursos próximos às artes visuais”.

         Artistas de rua provem tanto da periferia como do centro da cidade.  Vem de variadas classes sociais.

         Citado o grupo 6 Direções.

         Comumente os artistas de rua cooperam entre si.    Um dos coletivos deles é o InterluxArteLivre.

         “Sintetizando o pensamento de muitos artistas urbanos, hoje, pode-se afirmar que buscam, antes de tudo, a construção de uma sociedade mais justa”.

         Arte de rua e “mistura de sentimentos: riso, amor, tristeza e ódio”.

         ...”na maioria dos casos, o que prevalece é a intenção de coerência, de crítica ao falso.”

         “O que os artistas de rua realmente querem é apenas paz, amor e latas, muitas latas!”.   Tudo isso, no conceito de uma arte livre e para todos.

         Aqui e Agora

         ...”suas construções constituem uma manifestação artística comprometida com o presente, com a história e com a cultura.”

         ...”uma cultura de resistência contra esta indiferença e esta acomodação”.

         Ao leitor:   ...”ler nas suas entrelinhas e abrir-se para ouvir o grito estampado nos desenhos, nas frases, nos sinais, nos símbolos”.

         FIM.                                       13-03-2023

         Cito aqui parte da bibliografia extensa que consta do livro:

         Zanotto, Cinthia.   O Estranho hábito de escrever em paredes”

         Curitiba – ano 2008

         CIAFA, Janice.  Comunicação e Sociabilidade.   RJ, 2007

         GALÓ, Flávia Camerlingo.   Pintura Mural e Graffiti

         Curitiba, 2004

         RICHTER, Kaus.   Kunst der Moderne vom impressionimus bis heute.

         München – ano 2000 

sábado, 11 de março de 2023

CAP. 07/08 - fichamento do livro GRAFFITI CURITIBA - Autora Professora Dra ELISABETH SERAPHIM PROSSER. Edição 2010

 

capítulo 07/08

 

         O artista de rua ciclista.   “Com ela, ele voa sobre a realidade com a qual discorda”.

         Cita um dos grupos de artistas de rua que tem apoiado as “Bicicletadas” em Curitiba.  Coletivo InterluxArteLivre.

         Bicicletadas inspiradas em movimentos vindos da Europa.

         Consta que em outubro de 2005 houve o Encontro Internacional de Graffiti de Curitiba no Estádio do Clube Pinheiros no Bairro do Boqueirão.

         Já não Tanto à Margem, mas Ainda Independente

         ...”De outro lado, muitos escritores urbanos afirmam que sua arte é, propositalmente, marginal:  querem-na independente, autônoma, fora e à parte dos sistemas oficiais da arte e das políticas culturais para assim melhor criticá-las.”

         Mas já há movimento no sentido de ver a arte de rua e o artista de rua em outro contexto.     ...”reconhecimento como arte de grande expressividade, como um movimento não apenas artístico, mas social, cultural e político”.

         Há muitos trabalhos dos artistas de rua contratados por empresas, universidades, agentes públicos.

         ...”outra obra emblemática é o mais antigo Castelo da Escócia, totalmente grafitado pelos artistas brasileiros Osgêmeos, Nunca e Nina, a convite dos seus proprietários, em 2007.

         Coletivo Os Charlatões.     A arte de rua e o contexto geral da arte:  “...por mais radicais que sejam as ações, elas acabam se integrando ao todo maior que é a cultura”.

         Planeta Terra...     “Se não Cuidar, vai Explodir!”

         Desenho em preto e branco do globo terrestre com um estopim acesso.   Num universo de 5.000 fotos de artes de rua de Curitiba entre 2004 e 2009, o tema recorrente foi a questão ambiental.    Nesse contexto, numa placa de trânsito, picharam o PARE e ficou legível só o AR.   Apelo ambiental.

         Outra pichação:   “Pare de dirigir, pedale!!!”

         Em 2006 Curitiba sediou a COP 8 e MOP3, um grande evento internacional sobre o clima.   Teve apoio inclusive da Ong SOS Mata Atlântica.

         “Respeite o espaço, respeite o verde, o oxigênio!”    Para isso, a sugestão é:  “plante, pinte, cuide, participe”.

         O artista Cimpls afirma:  “A vida é simples, a natureza é simples – e nas coisas é que estão a beleza, a vida e a arte”.

         Novos valores e Atitudes?

         Em julho de 2008 na operação Cidade Limpa em São Paulo, apagaram um mural de 680 m na Avenida 23 de Maio.  Os autores do mural: Osgêmeos, Vitché, Nina Pandolfo e Herbert Baglion.

         Houve grande repercussão contra o ato de apagarem o mural e o prefeito pediu desculpa aos artistas e à população inclusive via jornal Folha de São Paulo.

         Osgêmeos são Gustavo e Otávio Pandolfo.

        

         Continua no capítulo final 08/08

sexta-feira, 10 de março de 2023

CAP. 06/08 - fichamento do livro - GRAFFITI CURITIBA - livro baseado na tese de Doutorado - Professora Dra Elisabeth Seraphim Prosser (2010)

 

capítulo 06/09

        

         É proibido Calar Catarses!

         Texto de um lambe-lambe na cidade:   “É proibido calar catarses!.

         Um picho:  “Nós não sujamos os muros, nós damos vida a eles”.

         ... “a cidade, percebida aqui como imutável e inflexível, feita de concreto, metal, veículos, poluição, lixo e confusão”.

         O artista de rua.     ...”não se importa com teorizações – apenas se diverte por outros tentarem teorizar o seu fazer”.

         Pergunta:  “E você está preso aonde?”.   Afirma que o leitor está preso no seu cotidiano etc.

         Objetivo principal da arte popular:     “Pare! Pense!”

         “Fazer pensar, fazer refletir para então transformar”.

         Anos 2000, tempos da clonagem da ovelha Dolly, tempo de transplantes de órgãos e até de comercialização por baixo do pano, de órgãos.

         Bush e a guerra contra o Iraque.  Em 2005 Bush visitou o Brasil.   Um artista de rua desenhou a cara do Bin Laden e a pergunta:  “Terrorista ou Revolucionário?”.

         Disputa e ressignificação.    Quando a lei eleitoral passou a permitir que candidatos podiam mandar colocar suas propagandas em muros cujos proprietários dos imóveis autorizassem.    Nessa fase muitos muros com arte de rua foram pintados para dar lugar a propaganda eleitoral autorizada.

         Alguns pichos:   “Essa explosão de arte”.     “A cidade é a grande tela ao ar livre”.

         “Imensa, acolhedora, que oferece espaço a todos, democrática, que não olha para raça, posição social ou roupa”.

         Para o artista de rua, a cidade sem a arte de rua:   “.... dá pena de ver!  Falta cor, alegria, vida...  tudo é complicado, escuro e oco”.   ...”sem sentido.”

         “Necessidades vazias, com significados também artificiais e ocos, que levam o sujeito a um escuro turbilhão de afazeres”.

         Já a arte de rua...  “volta à vida simples junto à natureza da qual o homem faz parte.  Natureza que provê, acolhe, dá sentido, é colorida e tem seu próprio ritmo, sua própria voz”.

         ...”temos a magia das cores”.  (os artistas de rua).

         ...”em oposição ao trabalho e materialidade escravizantes.”     “Seus autores são, muitas vezes, críticos e politizados”.  (ref. Artistas de ruas)

         Nota da autora:   O teatro Guaira de Curitiba tem três auditórios.  O grande auditório, chamado de Bento Munhoz, tem quase 2.200 lugares.  O Salvador de Ferrante, também chamado Guairinha, tem cerca de 500 lugares e o miniauditório tem aproximadamente 100 lugares.

         Graffiti, urbe e sociedade.

         “Para esses jovens artistas de rua, a sociedade estabelecida transformou-se em uma força de trabalho que vive para cuidar de coisas que não o ser humano.   Nesse contexto, é preciso ter um carro para ganhar tempo para trabalhar mais e ganhar mais dinheiro.   No entanto, o trânsito é cada vez mais lento pelo número maior de veículos.   Contradição?  Inversão de valores?”.

         O carro é visto por certo olhar “como uma bolha, da qual o ser humano se tornou prisioneiro e escravo – escravo da própria acomodação ao conforto, símbolo do individualismo e da falta de consciência ecológica”.

         “... a cultura do automóvel, a cultura da eterna zona de conforto, que acomoda e aprisiona, que polui e mata”.

 

                   Continua no capítulo 07/08