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sexta-feira, 10 de março de 2023

CAP. 06/08 - fichamento do livro - GRAFFITI CURITIBA - livro baseado na tese de Doutorado - Professora Dra Elisabeth Seraphim Prosser (2010)

 

capítulo 06/09

        

         É proibido Calar Catarses!

         Texto de um lambe-lambe na cidade:   “É proibido calar catarses!.

         Um picho:  “Nós não sujamos os muros, nós damos vida a eles”.

         ... “a cidade, percebida aqui como imutável e inflexível, feita de concreto, metal, veículos, poluição, lixo e confusão”.

         O artista de rua.     ...”não se importa com teorizações – apenas se diverte por outros tentarem teorizar o seu fazer”.

         Pergunta:  “E você está preso aonde?”.   Afirma que o leitor está preso no seu cotidiano etc.

         Objetivo principal da arte popular:     “Pare! Pense!”

         “Fazer pensar, fazer refletir para então transformar”.

         Anos 2000, tempos da clonagem da ovelha Dolly, tempo de transplantes de órgãos e até de comercialização por baixo do pano, de órgãos.

         Bush e a guerra contra o Iraque.  Em 2005 Bush visitou o Brasil.   Um artista de rua desenhou a cara do Bin Laden e a pergunta:  “Terrorista ou Revolucionário?”.

         Disputa e ressignificação.    Quando a lei eleitoral passou a permitir que candidatos podiam mandar colocar suas propagandas em muros cujos proprietários dos imóveis autorizassem.    Nessa fase muitos muros com arte de rua foram pintados para dar lugar a propaganda eleitoral autorizada.

         Alguns pichos:   “Essa explosão de arte”.     “A cidade é a grande tela ao ar livre”.

         “Imensa, acolhedora, que oferece espaço a todos, democrática, que não olha para raça, posição social ou roupa”.

         Para o artista de rua, a cidade sem a arte de rua:   “.... dá pena de ver!  Falta cor, alegria, vida...  tudo é complicado, escuro e oco”.   ...”sem sentido.”

         “Necessidades vazias, com significados também artificiais e ocos, que levam o sujeito a um escuro turbilhão de afazeres”.

         Já a arte de rua...  “volta à vida simples junto à natureza da qual o homem faz parte.  Natureza que provê, acolhe, dá sentido, é colorida e tem seu próprio ritmo, sua própria voz”.

         ...”temos a magia das cores”.  (os artistas de rua).

         ...”em oposição ao trabalho e materialidade escravizantes.”     “Seus autores são, muitas vezes, críticos e politizados”.  (ref. Artistas de ruas)

         Nota da autora:   O teatro Guaira de Curitiba tem três auditórios.  O grande auditório, chamado de Bento Munhoz, tem quase 2.200 lugares.  O Salvador de Ferrante, também chamado Guairinha, tem cerca de 500 lugares e o miniauditório tem aproximadamente 100 lugares.

         Graffiti, urbe e sociedade.

         “Para esses jovens artistas de rua, a sociedade estabelecida transformou-se em uma força de trabalho que vive para cuidar de coisas que não o ser humano.   Nesse contexto, é preciso ter um carro para ganhar tempo para trabalhar mais e ganhar mais dinheiro.   No entanto, o trânsito é cada vez mais lento pelo número maior de veículos.   Contradição?  Inversão de valores?”.

         O carro é visto por certo olhar “como uma bolha, da qual o ser humano se tornou prisioneiro e escravo – escravo da própria acomodação ao conforto, símbolo do individualismo e da falta de consciência ecológica”.

         “... a cultura do automóvel, a cultura da eterna zona de conforto, que acomoda e aprisiona, que polui e mata”.

 

                   Continua no capítulo 07/08

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