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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

CAP. 29/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V CUNHA - Ed. Voo - ano 2020

 CAP. 29/35 

         Bate papo com Joan Melé

         ...”também queremos causar mudança em outros bancos”.    Criamos uma aliança com mais de 50 bancos e mais de 40 milhões de clientes em todo o mundo.   Chamam o conjunto de “Bancos com Valores”

         Pagar um pouco mais, no caso, o  cliente pagar...   “por trás de um preço barato, há um oculto que alguém paga caro – seja com a própria vida ou poluindo o ambiente”.    Ele diz que comumente o povo não consome alimentos orgânicos alegando que são mais caros, mas gastam em supérfluos que são dispêndios e não são úteis à pessoa nem ao meio ambiente.

         ...” promover a consciência no uso do dinheiro”.      (O Pepe Mujica, ex presidente do Uruguai pratica isso e bate muito nessa tecla combatendo o consumismo) 

... e agora parece que estamos doentes, obsessivos por dinheiro e crescimento”.   Mudar é possível.  Nós fizemos isso com um banco.

         Citou as últimas palavras do bilionário Steve Jobs.   “ele disse que tinha fama, dinheiro, sucesso, mas jogou a vida fora, foi um miserável, se equivocou, porque o mais importante é a amizade, o amor, a arte”.

         Joan completa sobre seu modo de ser e de viver:    “Essa é a minha maneira de ver a vida e o mundo”.       Fim desta etapa

        

         Outro Humano de Negócios abordado:   Alex Pryor

         A serviço da planta    

         Argentino, nasceu e cresceu em Buenos Aires, dividindo o tempo entre viver no campo e na cidade.   Os pais dele tomavam chimarrão direto.   Ele também sempre tomou e toma.

         O pai de Alex apresentou a rede McDonald’s aos argentinos no passado.   Alex optou pela vida rural e preservacionista.

         Alex e família se mudaram para o pantanal do Paraguai na década de 1990.   Aos 20 anos de idade, Alex foi para a Califórnia estudar e ouviu algo numa universidade sobre alimentos.    Um professor nigeriano discorreu sobre política alimentar e ele achou o tema relevante.

         O tal professor provocava debates entre os alunos com a pergunta:  Por que há fome no mundo?     A ONU já vinha alertando para os danos causados pelas mudanças climáticas.  Isto nos anos 1990...

         Um dos objetivos do Desenvolvimento Sustentável  (os ODS) lançados pela ONU envolve a erradicação da fome, a segurança alimentar, a desnutrição.... a agricultura sustentável.     Sustentabilidade envolve os três pilares: economicamente viável, socialmente juto e ecologicamente correto.

         Os estudantes do curso começaram a praticar agricultura orgânica.   Só que a universidade em si não apoiava na época esta “aventura” dos produtos orgânicos.

         Alex era adepto do cultivo orgânico e também chamava atenção pelo seu chimarrão (com sua cuia de tomar erva mate).   Costume que vem dos índios guaranis.      Na universidade diziam que ele “fumava” em sala de aula ao verem que ele tomava a erva com a bomba e cuia cujo conjunto parece um cachimbo.    Proibiram ele de tomar chimarrão  durante a aula.

         “Comprovado cientificamente que a erva mate contém 24 vitaminas e sais minerais, além de 15 aminoácidos e polifenóis abundantes”.

         “O mate também representa  o encontro e o diálogo”.

         Todos colegas da universidade quiseram provar o mate.

         Ao retornar ao Paraguai, Alex parte em busca de mais informações sobre a erva mate que é nativa da região.   Visitando os índios da região, descobriu que seu caminho era “integrar o elemento social ao negócio”.

         Isto em 1995, depois de formado na universidade americana.   Entendeu que o papel dele era procurar mercado para a erva mate a preço justo.

         Volta aos USA já levando um pequeno estoque de erva mate e começou a empreender.   Logo um colega de universidade se encantou pela proposta e se associou a ele.

         Em 2011, conseguiram que a empresa deles obtivesse a Certificação que reconhece empresas comprometidas com a geração de valor para outros públicos além dos acionistas.  O nome da empresa deles é Guayaki Sustentable Rainforest Products.   

         A missão da Guayaki: restaurar até 2020, duzentos mil acres de Mata Atlântica sulamericana e gerar 1.000 empregos. (dois acres se aproximam de 1 hectare e este é equivalente a 10.000 m2)

         Atualmente a empresa, com sede na Califórnia, tem enorme frota de carros elétricos para distribuir os variados produtos que contém erva mate e sabores diversos.    Na atualidade conta com 300 empregos diretos, dentre os quais, 57 ex detentos.   Usam erva mate oriunda do Paraguai, Argentina, Brasil e Uruguai.

         “500 famílias trabalham hoje na regeneração de 40.000 ha de floresta”.

                            Continua no capítulo seguinte...