119 – Sobre os comentaristas de TV em
relação a menores e violência: “... trata a delinqüência com métodos de
tortura ou execução sumária, ignorando o sistema que as produz.”
119 – “Desacreditar o Estado Democrático
de Direito em cadeia nacional de TV para defender o linchamento de um
adolescente negro, pobre e supostamente delinqüente é apodrecer nossa
época. Isso, sim, é fazer do Brasil o
cu do mundo.”
122 – As drogas e o crime organizado. “Existe quem usa droga (que faz uso
recreativo dela) e existe quem abusa da droga...”
“O tabaco é a droga que mais mata e
ninguém vai preso por consumi-lo.”
123 – Dados do Escritório da ONU para o
Combate às Drogas e ao Crime
(ONUDC). As drogas movimentam
por ano no BR 1,5 bi de reais e no mundo, 320 bi de dólares por ano, mesmo com
toda a repressão que há a isso tudo.
124 – Ainda dados da ONU. No mundo, ao redor de 210 milhões de
pessoas que consomem drogas ilícitas; destas, 165 milhões consomem a maconha –
o que faz da guerra às drogas, na prática uma guerra à maconha. (Defende descriminalizar o uso em
condições controladas e assim se desarma todo o mundo do crime ligado ao
tráfico). Bom é ler toda a argumentação do autor no livro para não distorcer a
posição dele.
125 – “Mas a nossa função, como políticos,
é assumir riscos, inclusive eleitorais, para defender idéias em que acreditamos
e promover os debates que achamos necessários ao bem estar do país. Este é um deles.” (a questão das drogas).
129 – Declaração Universal dos Direitos Humanos. ONU 1948.
“A conquista de direitos não se efetiva
sem a luta...”
131 – Na Câmara Federal tem a Comissão de
Direitos Humanos e Minorias (CDHM) que recentemente esteve comandada pelo
Pastor Feliciano que batia de frente contra as Minorias e suas lutas. O Bolsonaro também era dessa comissão e
batia contra as minorias.
133 – Algumas pautas dos que defendem as
minorias no BR
Legalização do aborto em caso de gravidez
indesejada; o casamento civil igualitário e a regulamentação do consumo da
maconha.
134 – BR e o Plano Nacional dos Direitos
Humanos (de 1996). Em 2014 a chamada Bancada
Evangélica na Câmara dos Deputados estava em 170 deputados. Em função das barreiras que os
progressistas que lutam pelas minorias encontraram na Comissão de Direitos
Humanos e das Minorias na Câmara, acabaram criando como alternativa a chamada
Frente Parlamentar dos Direitos Humanos, esta que inclusive abre as portas para
o debate inclusive para entidades defensoras de minorias e dos Movimentos
Sociais de um modo mais abrangente.
139 – Sobre a “união civil” e o casamento
igualitário. Diz que a chamada união
civil não resolveria a questão da união de homossexuais. Faz as explicações ao longo do texto. Não pleiteiam um casamento religioso,
trata-se de casamento no civil.
140 – Cita trecho de sentença do Tribunal
Supremo de Massachusetts, nos USA. Sobre
o casamento igualitário. “Nossa
obrigação é definir a liberdade de todos e não aplicar o nosso próprio código
moral”.
142 – Lutam para colocar na lei que a
homofobia passe a ser crime, assim como é o racismo e outros crimes. Defendem penas socioeducativas alternativas
para crimes de homofobia, pois a prisão simplesmente não é solução.
153 – Cita uma fala do Papa Francisco a
integrantes da Jornada Mundial da Juventude.
“Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu para
julgá-la? O catecismo da Igreja Católica
explica isso de maneira muito linda.”
Mas...
“E o que o catecismo da Igreja diz? ... os atos homossexuais são contrários à
lei natural e não podem ser aprovados”.
Os homossexuais, segundo o texto, podem ser acolhidos pela Igreja com
respeito e compaixão, mas se deve exigir, deles, o celibato.”
Lidar com a (in) Visibilidade
157 -
Os GLBT são invisíveis no mundo do trabalho: têm enorme dificuldade para
serem aceitos nos empregos e, além disso, no caso das travestis, a sociedade
parece acreditar que a prostituição é seu emprego “natural”, como se isso não
fosse produto da discriminação que lhes impede o acesso a outras profissões.
159 – Cirurgias para mudança de sexo. “tratamentos garantidos por lei e já se
realizam através do SUS.”
160 – Fala de projeto de lei de 2012
tramitando no Congresso para legalizar a atividade dos(as) profissionais do
sexo.
“Na Atenas do século VI a.C as meretrizes já eram regulamentadas e
pagavam impostos ao Estado.”
164 – Fala do termo orgulho GLBT. Busca elevar a auto estima dos integrantes
que costuma ser baixa. Orgulho no
sentido de que os integrantes não se sintam inferiores aos demais cidadãos
(contraponto ao sentimento de vergonha no caso). Nesse sentido não acham que cabe o
contraponto de alguns que falam em criar o Orgulho Hétero, se estes não são afetados na auto
estima como cidadãos.
166 – Cita a jurista brasileira Flavia
Piovesan. “... importa assegurar a
igualdade com respeito à diversidade.”
171 – Frase contra os
fundamentalistas. Aos bons... “Que estes se façam
ouvir, pois nada mais danoso que o silêncio dos bons ante a tagarelice dos
maus.”
172 – Sobre a “cura gay”. “... contrariando inclusive a resolução do
Conselho Federal de Psicologia que proíbe tais terapias.”
181 – Internet – O ódio no mundo
digital. “... levam para lá o que tem
de pior – racismo, homofobia... “a
vontade de negar a humanidade do outro, o desejo de exterminar o
diferente”.
Fim (recomendo a
leitura deste livro)
Resenha feita (de forma simples,
sem pretensão acadêmica por Orlando Lisboa de Almeida orlando_lisboa@terra.com.br )