RESENHA DO LIVRO – CHATÔ O REI DO BRASIL (final)
Autor do Livro: Fernando Morais
- resenha por Orlando Lisboa de
Almeida
Página 574 - Juscelino (JK)
ganhou a eleição para presidente e seu vice foi João Goulart, que era de outro
grupo político. Na época não era por
chapas.
616 – A revista O Cruzeiro estava perdendo leitores e Adolpho Block
lança a revista Manchete. (início dos
anos 60)
633 – Em 1962 se suicida Péricles de Andrade Maranhão (cartunista) , o
criador do personagem Amigo da Onça, que foi sucesso por décadas na revista O
Cruzeiro.
635 - Quando um dos filhos de
Chatô, ainda jovem, quebrou uma perna esquiando, o pai lhe mandou dinheiro. O filho respondeu ao pai com um
telegrama: “Não quero dinheiro, quero um
pai”.
637 – Chatô já tetraplégico (teve trombose cerebral dupla), em 1963, se
reúne com as raposas da política nacional para apoiar o Golpe Militar de
1964. Ainda era muito influente.
639 - Comenda da Ordem do
Cruzeiro do Sul. Deve ser a maior que o
BR costumava dar a pessoas de relevância.
O presidente Janio Quadros tinha dado a Fidel Castro e Guevara a Ordem
do Cruzeiro do Sul. Mais adiante, já
na Ditadura, foi oferecida essa comenda a Chatô e ele se recusou a receber por
causa do tempo do Janio e a condecoração a Fidel.
646 – Em SP, reuniões na Casa Amarela com altas patentes militares e
políticos influentes para preparar o golpe militar de 1964. Jantares oferecidos pelo Chatô para agregar
o “povo” golpista.
647 - Quando foi aprovada lei com jornada de cinco horas para
jornalista, Chatô ficou fulo da vida.
“Dentro do seu ofício... não pode se sujeitar ao relógio, porque a
notícia não acontece com hora marcada.”
647 – Lima Duarte, da TV Tupi, lia vários dos discursos do Chatô para os
convivas (pré Ditadura) nos jantares conspiratórios na Casa Amarela (do Chatô).
650 – Chatô, se reconciliando com seus desafetos. Sempre iniciativa dele.
653 – Campanha do tempo da Ditadura Militar (Dê Ouro para o Bem do Brasil). (observação do resenhista: Eu me lembro disso e tinha uns 16 anos na
época).
Segundo o livro, que fizesse doação, recebia o anelzinho da campanha e
era considerado membro da “Legião Democrática”. (me lembro de ter visto o anelzinho).
664 – Em Moscou, Chatô visitou no museu
Hermitage, inclusive obras da Expedição do Barão de Langsdorff ao Brasil.
667 - A Globo do Roberto Marinho e os contratos escondidos com a
Time-Life que passaria a deter 49% do capital da Globo. Pela lei empresa estrangeira não podia e não
pode ser dona no setor de imprensa no Brasil.
668 - Edmundo Monteiro, diretor
dos Diários Associados depois entregou o ouro ao afirmar que essa empresa quase
fez uma parceria na época com a TV ABC dos USA.
O que seria também ilegal. E
isso foi antes da Globo fazer de fato a parceria com a Time-Life, da qual o
Chatô desceu a lenha através dos Diários Associados.
670 – Essa “parceria” da Globo com a Time-Life teria sido com o dedo do
político Roberto Campos que tinha o apoio dos USA para suceder Castello
Branco. No BR o pessoal da esquerda
chamava o Roberto Campos de Bob Field, por ele ser ativista pró americano. Na refrega, Chatô chama Roberto Campos de
Casca de Ferida.
671 - A briga entre os dois
Robertos, o Marinho e o Campos, pela mesma causa (o $ dos USA para a
Globo). Chatô se referia a eles como
Roberto Africano (o Marinho) e Roberto Americano ao Campos.
672 – Em 1966 o Grupo Abril lança a Revista Realidade para ocupar o
espaço que era de O Cruzeiro (esta, dos Diários Associados).
674 – Decreto do final do governo
do Castello Branco limitando a cada grupo de comunicação – máximo de cinco
estações de TV por grupo. Começou aí a
derrocada dos Diários Associados.
677 - O prédio da Vila Normanda
(que foi a mansão de Chatô no RJ) foi vendido, demolido e no local fizeram um
prédio com o nome de Vila Normanda.
677 - Chatô (Diários Associados)
vendeu a TV Cultura de SP ao governo do estado com cláusula de que esta não
exibiria comerciais em toda sua existência.
678 - Ministro Carlos Medeiros da
Silva, da Justiça, que redigiu o AI 1.
Ato Institucional – da Ditadura de 1964.
683 - Cita discurso no RS de
General que se opunha aos rumos da “Revolução de 1964” e a chamava de
Ditadura. Muito interessantes os seus
argumentos.
685 – Paulo Pimentel (foi político no PR) fez festa para batizar uma
cidade com o nome do Chatô. A cidade de
Assis Chateaubriand. Na ocasião
Pimentel era governador do estado.
689 - Chatô chegou a usar os
serviços do então renomado Zé Arigó, mineiro de Congonhas do Campo, que fazia
inclusive cirurgias em ritual mediúnico.
693 – Chatô morre no dia 04-04-1968.
O governo de SP dá o seu nome ao MASP, inclusive porque Chatô era
apreciador das artes plásticas. (final)