CAP 08/10
Página
127 – Na Revolução de 1932 o jornal Diário da Tarde lá de Belo Horizonte, assim
como o jornal O Estado de Minas era dos Diários Associados (cujo dono era o
Assis Chateuabriand). O então jovem
jornalista Braga, aos 19 de idade, é destacado para ir fazer a cobertura da
batalha na divisa de MG com São Paulo.
As tropas de SP tinham entrado em território mineiro e depois recuaram
para perto da divisa na Serra da Mantiqueira, lugar acidentado, de difícil
acesso e bastante frio. Pico do
Cristal. Parte do trecho, a cavalo. Na trincheira, frio de menos dois graus.
O censor
das matérias jornalísticas era no caso o prefeito de Pará de Minas, Benedito
Valadares. O Comandante dos mineiros
onde estava o jornalista, leva um tiro no abdômen. Levado para a cidade é operado por dois
médicos, ambos não sendo cirurgiões.
Pela gravidade do ferimento, o militar veio a falecer. Um dos médicos era JK Juscelino Kubitschek,
que depois foi o presidente que Construiu Brasilia. No tempo do combate JK era capitão-médico
da Força Pública.
135 –
“Navegação nas Galápagos”. Ilhas no
oceano Pacífico na Costa Americana. O
autor que já tinha uma vivência longa em viagens por mar vai dando detalhes de
astros e navegação.
137 –
Indo de navio para Galápagos. Um dos
tripulantes, italiano, explicando os astros à noite e as estrelas
principalmente. Uns ele já conhecia. “Coisa que eu já sabia, mas fiquei quieto,
pois é antipático mostrar que a gente sabe coisas demais”.
Curiosidade
que destaca: hélice na Marinha é
masculino e na Aeronáutica é feminina. E alerta: “Não criar caso com os homens de farda; eles
sempre tem razão de um lado e de outro e se você brincar, mandam-lhe em cima a
Lei de Segurança Nacional”.
Um dia
foi interrogado pelos militares e não foi bem...
“Meu
espírito às vezes só se faz presente horas, dias depois da ocasião.”
143
- “Gaita de foles e Maringá (a
música)”.
No velho
navio, indo para Portugal e muitas famílias de portugueses que moram no Brasil
estavam indo a passeio rever os parentes e amigos. Aparece um rapaz com uma gaita de fole e
quebrou a monotonia da viagem. Foi aplaudido
e trazido para a primeira classe para alegrar a galera. Passa um dia, dois dias ... gaita de fole... gaita de fole... o pessoal enjoou que não queria nem ver,
muito menos ouvir aquilo. Esconderam o
instrumento e rebaixaram de volta o músico para a terceira classe.
Nisso o
autor lembrou de outro episódio regado a música típica na Escócia. Pessoas com traje típico e a gaita de
fole. Brasileiros bebendo e celebrando a
novidade. Mais um pouco de tempo, já
foram ficando enjoados da música e logo estavam batucando samba na mesa e
cantando. O cronista destaca. Engraçado... brasileiros que quase nunca
cantam, viajam pra fora, bebem um pouco
e soltam a voz. Março de 1982.
Continua no capítulo 09/10