CAP 06/10
Página
83 – O Sueco. Os problemas do Brasil,
a miséria do nosso povo etc. ... todas
essas coisas desanimam uma pessoa sensível.
Evandro Pequeno encontrou uma solução:
“Eu sou um sueco em trânsito.
Não saber de nada, não entender uma palavra do que estão dizendo... não
ter nada a ver com nada... muito menos com a dívida externa, não ter vergonha
de nada: ser um sueco em trânsito”.
91 – “Um
combate infeliz”. O cronista na
Italia na Segunda Guerra Mundial no front de combate com uniforme militar, como
correspondente de guerra. Isto em
novembro de 1944. Na região de Monte
Castelo. A tropa que ele acompanhou
estava sob o comando do então Coronel Castelo Branco (que depois foi presidente
militar do Brasil na década de 60). No
outro dia iria haver o batismo de fogo de dois batalhões brasileiros integrando
um grupo de americanos. Dos nossos
soltados, dizia-se que estavam mal treinados e cansados. Nossa tropa se acostumou lá com cigarros
americanos. Braga fumava um mata rato
forte nacional chamado Liberty e um dia um comandante pediu um cigarro e quase
recusou ao ver a marca. Pior que este
era só a marca Yolanda.
O
Yolanda, no maço, uma loira que os italianos chamavam de Bionda Cattiva, loira
ruim. Nosso comandante discordou da ordem
do americano, mas não teve jeito. No
outro dia teria chumbo. Ofensiva dos
aliados, Brasil no meio. Foram 24
mortos e 150 feridos.
Tudo na
montanha, frio de travar os dedos, Braga escreveu numa máquina portátil com
cinco vias em carbono, 21 páginas para o jornal. Mas a censura militar andou
cortando umas coisinhas poucas e aqui no Brasil o DIP Departamento de Imprensa
e Propaganda (do nosso regime – Ditadura Vargas) não aprovou a reportagem que
virou lixo.
Como
sabemos pela história, no final de contas, os combates foram favoráveis ao
Brasil, à FEB Força Expedicionaria Brasileira. Crônica de maio/1983.
Próximo capítulo – 07/10
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