CAP 05/20 - leitura novembro de 2020
Precisaríamos
pensar mais, isto é certo, mas vivemos no vazio do pensamento ao qual
podemos acrescentar o vazio da ação e o vazio do sentimento. O vazio é o novo ethos de nossa época.
O treino
para o amor ou para o ódio se dá pela repetição dos discursos. É preciso repetir, e aderir, copiar e imitar.
Repetir
o que se diz na televisão e nos meios de comunicação. Caminho para a alienação: “compartilhar” sem ao menos ler e analisar.
A fuga
do pensamento produz o seu vazio. É um
vazio cheio de falas prontas. Cheio de
propaganda que impede o nascimento do livre pensamento.
... diálogo.
“Política é produção
simbólica. É sinônimo de democracia se a
pensarmos como laço amoroso entre pessoas que podem falar e se escutar não
porque sejam iguais, mas porque deixaram de lado suas carapaças de ódio e
quebraram o muro de cimento onde suas subjetividades estão enterradas.
O
diálogo não é uma salvação, mas um experimento ao qual vale a pena somar
esforços se o projeto político for coletivo.
Então
precisamos começar a conversar de outro modo, mesmo que pareça impossível.
33 –
Item 7 – Um desafio Teórico-Prático
O
autoritarismo... um modo de vida elaborado em termos de um estilo de viver
destrutivo e acobertador da sua destruição.
Um pensar autoritário que combate a liberdade e a expressividade do
pensamento.
O outro
nunca está dado, ele é sempre pensado.
41 –
Item 8 – Tudo o que Não Presta
“O
enrijecimento é a prova da morte do conhecimento que se tornou cegueira
ideológica”.
...........
“Daí a
impressão que temos de que uma personalidade autoritária é também burra, pois
ela não consegue entender o outro e nada que esteja em seu circuito”.
42 –
Cita o discurso do deputado Federal Luiz Carlos Heinze .... que apresentou uma imagem perfeita do
pensamento autoritário que exclui o outro...
“quilombolas, índios, gays, lésbicas”
..., representavam.... “tudo o que não presta”. Desqualificar minorias oprimidas pelos atos
capitalistas.
Não
presta para o sistema de produção e de consumo. .... o outro é descartado e lançado à
matabilidadde. (não faria falta...)
Se um
Estado não serve ao povo, serve às elites.
.... lançar na morte os que são marcados com a imprestabilidade... “Se a propaganda fascista... continuar vencendo, não teremos futuro”.
“Em que
direção devemos agir diante desse estado de coisas?”
44 –
Item 9 – Experimentum Crucis
Como
conversar com um fascista? O fascista
sobrevive na animosidade. .... quem é
atacado .... não deve contentar-se com a posição de vítima. Essa pode ser simbolicamente útil para
construir direitos, mas também para destruir lutas.
Theodor
Adorno, o filósofo que desconstruiu o fascismo. A questão da vida que não merece ser vivida
está em cena. Segundo a lógica social que está em cena nesse
discurso, os “imprestáveis” devem perecer porque não deveriam sequer
existir. Se existem, são culpados e se
são culpados, estão condenados.
Como se
contrapor? Chamarei aqui de postura
do guerreiro sutil , aquele que assume uma espécie de “guerrilha” cuidadosa
e delicada e desafia o poder desde sua interioridade, desde o seu núcleo duro,
para desmontá-lo radicalmente.
O
diálogo, em todos os seus níveis, é indesejado nos sistemas autoritários.
Continua no capítulo 06/20
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