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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

CAP. 05/20 - fichamento - livro - COMO CONVERSAR COM UM FASCISTA - Autora - Filósofa MÁRCIA TIBURI

CAP 05/20           - leitura novembro de 2020

         Precisaríamos pensar mais, isto é certo, mas vivemos no vazio do pensamento ao qual podemos acrescentar o vazio da ação e o vazio do sentimento.     O vazio é o novo ethos de nossa época.

         O treino para o amor ou para o ódio se dá pela repetição dos discursos.  É preciso repetir, e aderir, copiar e imitar.

         Repetir o que se diz na televisão e nos meios de comunicação. Caminho para a alienação:   “compartilhar” sem ao menos ler e analisar.

         A fuga do pensamento produz o seu vazio.  É um vazio cheio de falas prontas.  Cheio de propaganda que impede o nascimento do livre pensamento.     

... diálogo.    “Política é  produção simbólica.  É sinônimo de democracia se a pensarmos como laço amoroso entre pessoas que podem falar e se escutar não porque sejam iguais, mas porque deixaram de lado suas carapaças de ódio e quebraram o muro de cimento onde suas subjetividades estão enterradas.

         O diálogo não é uma salvação, mas um experimento ao qual vale a pena somar esforços se o projeto político for coletivo.

         Então precisamos começar a conversar de outro modo, mesmo que pareça impossível.  

         33 – Item 7 – Um desafio Teórico-Prático

         O autoritarismo... um modo de vida elaborado em termos de um estilo de viver destrutivo e acobertador da sua destruição.    Um pensar autoritário que combate a liberdade e a expressividade do pensamento.

         O outro nunca está dado, ele é sempre pensado.

         41 – Item 8 – Tudo o que Não Presta

         “O enrijecimento é a prova da morte do conhecimento que se tornou cegueira ideológica”.

...........

         “Daí a impressão que temos de que uma personalidade autoritária é também burra, pois ela não consegue entender o outro e nada que esteja em seu circuito”.

         42 – Cita o discurso do deputado Federal Luiz Carlos Heinze  .... que apresentou uma imagem perfeita do pensamento autoritário que exclui o outro...   “quilombolas, índios, gays, lésbicas”  ..., representavam.... “tudo o que não presta”.   Desqualificar minorias oprimidas pelos atos capitalistas.

         Não presta para o sistema de produção e de consumo.    .... o outro é descartado e lançado à matabilidadde.  (não faria falta...)

         Se um Estado não serve ao povo, serve às elites.    .... lançar na morte os que são marcados com a imprestabilidade...    “Se a propaganda fascista...  continuar vencendo, não teremos futuro”.

         “Em que direção devemos agir diante desse estado de coisas?”

         44 – Item 9 – Experimentum Crucis

         Como conversar com um fascista?   O fascista sobrevive na animosidade.    .... quem é atacado .... não deve contentar-se com a posição de vítima.   Essa pode ser simbolicamente útil para construir direitos, mas também para destruir lutas.

         Theodor Adorno, o filósofo que desconstruiu o fascismo.    A questão da vida que não merece ser vivida está em cena.   Segundo a lógica social que está em cena nesse discurso, os “imprestáveis” devem perecer porque não deveriam sequer existir.  Se existem, são culpados e se são culpados, estão condenados.

         Como se contrapor?  Chamarei aqui de postura do guerreiro sutil , aquele que assume uma espécie de “guerrilha” cuidadosa e delicada e desafia o poder desde sua interioridade, desde o seu núcleo duro, para desmontá-lo radicalmente.

         O diálogo, em todos os seus níveis, é indesejado nos sistemas autoritários.

 

         Continua no capítulo 06/20 

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