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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

CAP. 17/20 - fichamento - livro - EICHMANN EM JERUSALÉM (julgamento do nazista) - Autora: Hannah Arendt - Filósofa alemã judia

                capítulo 17/20      - novembro de 2020

 

         271 – O reu enviou carta ao presidente de Israel pedindo clemência.   Recebeu de várias entidades, carta apoiando o pedido de clemência.   Buscava-se evitar a pena de morte para o caso.    Sem negar culpa do reu.

         Algumas entidades que enviaram carta de solidariedade:    Conferência Central de Rabinos Norte-Americanos; Representantes do Judaismo Reformado de Israel; um grupo de professores da Universidade Hebraica de Jerusalém, chefiado pelo Professor Martin Buber.

         Dia 29-05-1962 – segundo julgamento do reu.    O presidente de Israel não aceita o pedido de clemência.  Dia 31-05-1962 o réu é enforcado pouco antes da meia noite.    Seu corpo foi cremado e suas cinzas foram espalhadas no Mar Mediterrâneo fora das águas israelenses.   Foi enforcado na quinta feira porque na sexta, sábado e domingo são dias sagrados nas principais religiões de Israel.

         Eichmann foi para o cadafalso com grande dignidade.    Sobre o capuz preto, ele dispensou.  “Não preciso disso”.    ...”expressando assim de maneira comum dos nazistas que não era cristão e não acreditava na vida depois da morte”.      No final do final, deu um Vila à Alemanha; um Viva à Argentina e um Viva à Austria.

         “Foi como se naqueles últimos minutos estivesse resumindo a lição que  este longo curso de maldade humana nos ensinou – a lição da temível banalidade do mal, que desafia as palavras e os pensamentos”.

         275 – EPÍLOGO

         “O objetivo de um julgamento é fazer justiça, e nada mais”.

         Fora disso...  “só pode deturpar a finalidade principal da lei: pesar as acusações contra o reu, julgar e determinar o castigo devido”.

         ...”o processo judicial tem seus próprios meios que são determinados pela lei, e que não mudam, seja qual for a matéria do julgamento”.

         276 – Se fosse para ser julgado por crime contra a humanidade, o fórum era o tribunal internacional, não o de Israel.

         278 – As duas bombas atômicas lançadas pelos USA no Japão são “crimes de guerra” no sentido da Convenção de Haia.

         278 -   ...”os Tribunais Internacionais Militares eram internacionais só no nome, sendo de fato cortes dos vitoriosos, e a autoridade de seu julgamento, duvidosa em qualquer caso...”

         281 – O nome do tribunal de Nuremberg que julgou muitos criminosos nazistas após a guerra:  Tribunal Militar Internacional de Nuremberg.     “Foi instituído para criminosos de guerra...”

         282 -  “o advogado que defende um assassino não defende o assassinato”.

         282 – Curiosamente os crimes foram cometidos contra judeus, antes da existência legal do Estado de Israel, este que foi criado depois da II Guerra Mundial, portanto após 1945.    Por outro lado, a Nação dos judeus sempre existiu.

         283 – Da retórica da acusação:   “que o julgamento fora instaurado não a fim de satisfazer as exigências da justiça, mas para aplacar o desejo e talvez o direito de vingança das vítimas”.

         Mesmo que a vítima perdoe, tem que o Estado agir e processar   (dentro de sua jurisdição).

         ............. continua no capítulo 18/20

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