CAP 02/20 - novembro de 2020
Em 2019
o Ministro Mandetta esteve em reunião na Assembléia da OMS Organização Mundial
da Saúde e a Lelé, diplomata, coordenou a reunião dos BRICS
Brasil-Rússia-Índia-China-África do Sul.
Nessa reunião, o Mandetta conheceu ministros da saúde desses países.
Página 14 – A Índia é responsável por
mais de 90% das matérias primas para medicamentos e a China produz mais de 95%
dos insumos da área médica”. O Ministro da Saúde da China – Ma Xiaowei.
No
jantar do evento de Davos o Mandetta ficou sabendo que Tedros Adhanom (da OMS)
não poderia ir mais ao evento por causa dos trabalhos relativos ao novo
coronavirus.
14 – Na
OMS, o duro para se articular para dar a notícia ao mundo e desencadear
cancelamento de voos etc. Já tinha
ocorrido dificuldades no caso da H1N1 inclusive com redução do PIB mundial.
A OMS
entrou numa situação de problema sanitário e também de problema político.
16 –
Cidade de Davos – tem 11.000 habitantes, fica a 400 km da capital da Suiça e no
meio das montanhas. Voo não chega até
lá, a não ser de helicóptero. O mais
usual é trem. No evento, frio
próximo de zero graus. O Mandetta
disse que era fumante até então e lá deixou de fumar.
17 – Em
Davos, primeiro encontro do Mandetta foi com Socorro Gross, da OPAS Organização
Panamericana de Saúde. Ela é da Costa
Rica. Ela em 2019 articulou para
acalmar os ânimos do governo brasileiro no caso dos médicos cubanos que aqui
atuavam.
17 –
Mandetta dá opinião pessoal contrária à forma que foi o convênio dos médicos
cubanos com aval da OPAS. Diz ele que
serviço médico não é mercadoria....
(tem muita controvérsia nessa posição).
18 – A
sede da OPAS fica nos USA. Citou
caso de processo de alguns poucos médicos cubanos que queriam reembolso maior
no serviço feito fora do país com aval da OPAS. Mas citou que havia quatro processos individuais
de médicos que atuaram no Brasil, isto em milhares de médicos que foram do
Programa e são pouco representativos do conjunto.
18 – No
evento de Davos foi ver as discussões das empresas que atuam na área de saúde
como negócio para se inteirar de como elas trabalham o tema. Estavam lá também os ministros da saúde da
Alemanha, Nova Zelândia e da Suiça – a anfitriã.
18 – No
ano anterior (2019) o Mandetta foi a Osaka no Japão para uma reunião do Grupo
G20 dos países mais ricos. “Ainda que
o foco fosse comércio, lá se discutiu o acesso universal a tratamentos de
saúde, algo que logo depois da pandemia se tornaria uma questão central”.
...”Como
que antevendo que os sistemas seriam tensionados por uma nova doença, os
ministros dos vinte países trataram a saúde como um bem global”. (isto que a reunião era para tratar de
temas gerais e a saúde foi um item de pauta apenas)
19 –
Diferente de evento da OMS e do G20, as reuniões do Forum Econômico Mundial é
menos formal e o foco é mais no mundo dos negócios. Encontros agendados, hora marcada, pontual
(Suiço), hora para terminar e dois minutos antes, alguém do apoio avisa que
faltam dois minutos. Encerram as
reuniões no horário.
19 –
Citou alguns dos contatos que teve em Davos.
Tipo, com dirigente da Bill & Melinda Gates Foundation, os CEOS das
gigantes farmacêuticas como Roche, Novartis e Jhonson & Jhonson. O foco do Mandetta no caso era explicar a
gravidade da tuberculose, a doença bacteriana que mais mata no mundo.
21 – O
jovem chinês dos bitcoins que numa restrita reunião de banqueiros e
investidores em projetos na área de saúde.
Banqueiros oferecendo de 2 a 20 milhões e o jovem com roupa e jeito
descolado pede mais informação e recebe olhares tortos. Até que ele fala que representava um fundo
que tinha disponível 100 milhões de dólares para projetos. Aí passaram a ve-lo de outra forma.
Davos é
cidade bem pequena e espaços são poucos e reuniões como essa específica são
feitas em ambientes alugados do comércio.
Esta reunião citada pelo Mandetta foi numa sala de uns 25 m2 em cima de
uma panificadora onde se reuniram umas dez pessoas. E o ministro diz que depois da covid 19 esse
tipo de reunião não ocorrerá mais de forma presencial. Imagina o risco de alguém contaminar os velhos
donos do capital e ainda espalharem doença por seus países. As reuniões de agora em diante tendem a ser
por vídeo conferência.
Lá em
Davos se esmeraram contra o risco de terrorismo e o potencial risco poderia
ser um vírus (a maioria dos executivos
do evento são idosos) e não havia cuidado com o risco de doença contagiosa.
“Foi a
última reunião global do mundo dito normal”
23 – Num
jantar em Davos para mais ou menos 400 pessoas do evento, o presidente da
Colômbia, Iván Duque em sua fala alegou perseguição política na Venezuela por
Maduro e pediu apoio a Juan Guiadó, que lidera a oposição do país.
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