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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

CAP. 07/20 - fichamento - livro - UM PACIENTE CHAMADO BRASIL - Luiz Henrique Mandetta - Médico e ex Ministro da Saúde

 capítulo 07/20     - novembro de 2020                       

        

         Página 64 – Os casos da Itália no Carnaval.   Os números foram crescendo muito rápido.

         65 – Um brasileiro vindo da Itália.  Foi do aeroporto pra casa e dali uns dias deu um almoço reunindo a família com parentes.   Ao todo, 32 pessoas.   Depois se sentiu mal, foi internado com suspeita e os testes deram positivo para covid 19.   Foi o primeiro caso no Brasil.   A esposa dele não manifestou a doença, mas quatro dos parentes que estiveram no almoço, sim.

         66 – Pela evolução dos primeiros casos no Brasil deu para ver que o vírus se espalha bem rápido.   “Naquele dia 26 de fevereiro de 2020 o dia do primeiro caso no Brasil, eu parei de fumar.   Comecei com o cigarro aos vinte anos e apaguei a última bituca no cinzeiro aos 55 anos de idade”.

         “A pandemia me fez esquecer o cigarro.   O estresse da abstinência do cigarro foi substituído pelo estresse maior da luta contra a pandemia”.

         69 – Lembrou do ditado que o ano no Brasil só começa depois do Carnaval e de certa forma foi assim.  Encerrou o carnaval e começou a pandemia no Brasil...

         69 – Houve enxugamento das redações e quase não havia repórteres que fossem mais afetos ao setor de saúde e vieram para as coletivas diárias, jornalistas de outras áreas como a de política e a da crônica de Brasilia.  Não se conhecia no Brasil uma cobertura de imprensa desta envergadura.

         69 – Sobre a Itália:   “Aquele era o primeiro país ocidental com a imprensa e a ciência livres, com um sistema de saúde consistente e bom histórico clínico, que entrava em colapso”.

         O sistema de saúde do Irã entrou em colapso antes do da Itátia.  O Irã foi o primeiro que mostrou na TV valas abertas em comum e enterros coletivos.   O país chegou a soltar detentos para tentar amenizar os contágios.

         70 -  A Ásia até se preparou melhor porque lá há fatores específicos de clima, aglomerações urbanas, comercialização de animais silvestres etc.  Pelos riscos, já eles tem uma cultura de se cuidar mais com contatos e uso de máscaras.   Lá na Ásia surgiu a gripe asiática nos anos 60 e a SARS (doença respiratória contagiosa) em 2002.

         Depois da Itália, o covid ataca forte na França, Alemanha, Espanha...

         72 – Em poucos dias, a Europa e o mundo já perceberam a gravidade da covid 19.

         Apenas os USA se mantinham na mão contrária”.

   “Trump retirou da linha de frente do combate à disseminação do novo coronavirus, Dr Robert Redfield, diretor do CDC Centro de Controle e Prevenção de Doenças.   Historicamente é o CDC quem fala pelo sistema de saúde dos USA”.

         Trump colocou no lugar do Dr. Robert, o Vice Presidente Mike Pense para coordenar o enfrentamento da covid 19.  E deu um tom político ao contexto, “sinalizando que o novo coronavirus representa uma ameaça menos do que a estimada e que os USA já tinham os caminhos para enfrentar a situação”    (sqn como de diz no popular)

         73 – Os povos ficaram de olhos nos USA achando que eles tinham alguma solução que os outros não tinham.   Ledo engano.

         73 – “Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas e epidemiologista consultor da Casa Branca, frequentemente divergia de Trump, corrigindo-o publicamente sobre as diretrizes de combate à pandemia e, com isso, conquistando o apoio de muitos norte-americanos.”

         A imprensa aqui no Brasil, mais tarde, chegou a publicar manchetes como:   “Trump também tem seu Mandetta”.       Dr Anthony era consultor da Casa Branca há 36 anos, de Reagan a Barack Obama.

         “Então, numa guinada, Trump recuou e colocou os médicos de volta na coordenação das ações contra a pandemia”.

         74 – O Mandetta disse que nas entrevistas diárias deixava mais o Wanderson e o Gabbardo falarem e só participava das que tinham algo de mais relevante a destacar.   Até para evitar super exposição e conotação política.

         “Ele, o presidente, ficava aborrecido se algum Ministro ganhasse muita evidência em seu governo”.   

         Aumentando a pandemia e aumentando os repórteres nas coletivas.   A TV Globo já estava ocupando quase todo o Jornal Nacional com o tema.   Todo dia as cinco da tarde, tinha coletiva e na média em cada, umas dez câmeras de cada emissora de TV.

.................... continua no capítulo 08/20

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