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terça-feira, 24 de novembro de 2020

CAP. 08/10 - fichamento - livro - RECADO DE PRIMAVERA - autor: RUBEM BRAGA

 CAP 08/10

         Página 127 – Na Revolução de 1932 o jornal Diário da Tarde lá de Belo Horizonte, assim como o jornal O Estado de Minas era dos Diários Associados (cujo dono era o Assis Chateuabriand).    O então jovem jornalista Braga, aos 19 de idade, é destacado para ir fazer a cobertura da batalha na divisa de MG com São Paulo.     As tropas de SP tinham entrado em território mineiro e depois recuaram para perto da divisa na Serra da Mantiqueira, lugar acidentado, de difícil acesso e bastante frio.    Pico do Cristal.   Parte do trecho, a cavalo.     Na trincheira, frio de menos dois graus.

         O censor das matérias jornalísticas era no caso o prefeito de Pará de Minas, Benedito Valadares.     O Comandante dos mineiros onde estava o jornalista, leva um tiro no abdômen.  Levado para a cidade é operado por dois médicos, ambos não sendo cirurgiões.   Pela gravidade do ferimento, o militar veio a falecer.   Um dos médicos era JK Juscelino Kubitschek, que depois foi o presidente que Construiu Brasilia.    No tempo do combate JK era capitão-médico da Força Pública.

         135 – “Navegação nas Galápagos”.   Ilhas no oceano Pacífico na Costa Americana.    O autor que já tinha uma vivência longa em viagens por mar vai dando detalhes de astros e navegação.

         137 – Indo de navio para Galápagos.   Um dos tripulantes, italiano, explicando os astros à noite e as estrelas principalmente.   Uns ele já conhecia.    “Coisa que eu já sabia, mas fiquei quieto, pois é antipático mostrar que a gente sabe coisas demais”.

         Curiosidade que destaca:  hélice na Marinha é masculino e na Aeronáutica é feminina. E alerta:   “Não criar caso com os homens de farda; eles sempre tem razão de um lado e de outro e se você brincar, mandam-lhe em cima a Lei de Segurança Nacional”.

         Um dia foi interrogado pelos militares e não foi bem...

         “Meu espírito às vezes só se faz presente horas, dias depois da ocasião.”

         143 -   “Gaita de foles e Maringá (a música)”.

         No velho navio, indo para Portugal e muitas famílias de portugueses que moram no Brasil estavam indo a passeio rever os parentes e amigos.    Aparece um rapaz com uma gaita de fole e quebrou a monotonia da viagem.  Foi aplaudido e trazido para a primeira classe para alegrar a galera.   Passa um dia, dois dias ...  gaita de fole... gaita de fole...  o pessoal enjoou que não queria nem ver, muito menos ouvir aquilo.   Esconderam o instrumento e rebaixaram de volta o músico para a terceira classe.

         Nisso o autor lembrou de outro episódio regado a música típica na Escócia.   Pessoas com traje típico e a gaita de fole.  Brasileiros bebendo e celebrando a novidade.   Mais um pouco de tempo, já foram ficando enjoados da música e logo estavam batucando samba na mesa e cantando.   O cronista destaca.   Engraçado... brasileiros que quase nunca cantam,  viajam pra fora, bebem um pouco e soltam a voz.     Março de 1982.

               Continua no capítulo 09/10

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