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segunda-feira, 9 de novembro de 2020

CAP 04/20 - fichamento - livro - UM PACIENTE CHAMADO BRASIL - Autor: Luiz Henrique Mandetta - Médico e ex Ministro da Saúde

 CAP 04/20    -   novembro de 2020

         Página 29 – “Durante 2019, médicos bolsonaristas fizeram uma campanha cerrada para demitir o Gabbardo e o Erno, justamente porque queriam ocupar os seus cargos”.      Cargos que administram altos volumes de recursos públicos.    Chegavam a acusar ambos até de serem comunistas.

         Na cidade do Rio de Janeiro há seis hospitais federais e para acalmar os ânimos da turma do assédio, o Ministro teve que mexer com cargos em alguns desses hospitais.

         31 – Ao retornar de Davos na Suiça, soube que a China colocou a cidade de Wuhan, de 12 milhões de habitantes, em quarentena rigorosa.

         O mundo se assustou com as notícias.   Quarentena em epidemia o mundo tinha visto pela última vez só em 1918 em decorrência da gripe espanhola.

         31 – No Brasil,  dar a primeira entrevista sobre o caso no dia 23-01-2020.   Destacou dois da equipe para tal.    Criou o COE Centro de Operações de Emergência.

         32 – Diz que o historiador Marco Antonio Villa na Jovem Pan cobrou o ministro sobre onde andava, que não aparecia.   O Mandetta no livro deu razão a ele:   “Ele estava certo”.   E desde então, pela dinâmica da pandemia e pela cobrança da imprensa, ele e equipe passaram a dar boletins diários.

         “Durante 2019, me mantive muito recluso.  O governo Bolsonaro tinha uma agenda polêmica – infindáveis discussões sobre educação, cultura, Lei Rouanet, porte de armas e assim por diante”.    Com a pandemia, o Mandetta entrou em cena.

         “Uma comunicação ágil e transparente é a melhor arma contra o mundo desconhecido e as fake News”.

         33 – Fevereiro e carnaval e a dúvida sobre se a pandemia chegava e quando chegava...    Verão, turistas, a costa brasileira é enorme.   A ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária é a responsável por fiscalizar Portos e Aeroportos.

         é uma agência que não dialoga com o Ministério da Saúde”.

         33 – Poucos concursos públicos e a ANVISA tem poucos fiscais.  São fiscais dos anos 80 da antiga FUNASA Fundação Nacional da Saúde.

         “O que há é muito fiscal de renda, fiscal de mercadorias, fiscal policial”... mas para a área de saúde e biossegurança, quase nada.

         36 – Resolvemos comprar 1.000 respiradores pulmonares e EPI Equipamentos de Proteção Individual para o pessoal da área médica.

         36 – A SARS, doença que afetava o sistema respiratório das pessoas e era contagiosa, ocorreu em 2002 e era transmitida por um vírus “pesado” que só se transmitia em gotículas, em meio líquido.   Já o novo coronavirus é diferente e no respirar ele é liberado e tem mais potencial de contágio.

         A SARS afetou 8.000 pessoas no mundo e matou 800 pessoas.   Praticamente desapareceu em 2004.      O vírus da gripe comum é “leve” e facilmente atinge pessoas por perto do portador.   O da covid 19 não é muito diferente em termos de facilidade de contágio.

         37 – A OMS Organização Mundial da Saúde disse que a covid 19 se propagava por gotículas, via partículas líquidas.   Quando o infectado tosse, espirra ou fala...   Daí a máscara e a distância mínima de dois metros entre as pessoas como medidas de prevenção.

         38 – Covid 19  espalhando na China e USA manda avião para tirar seus cidadãos de Wuhan.   Alarmou ainda mais o mundo.     O Brasil tinha umas dezenas de pessoas em Wuhan e o plano, por segurança era mante-los lá.     Mas eles gravaram vídeo e caiu nas redes sociais  “um terreno que sensibiliza o Bolsonaro”.   Começou a pressão para o resgate dos brasileiros.

         “Sem consultar o Ministério da Saúde, Bolsonaro se encontrou com o Ministro da Defesa para decidir os próximos passos”  (do resgate)

         39 – O resgate foi comandado pelo Ministério da Defesa.   “Os militares viram uma oportunidade de transmitir à população uma imagem heroica da corporação”.

         Em caso de emergência o sistema de saúde pode impor o tratamento mesmo contra a vontade da pessoa”.

         41 – Feito o projeto de lei completo (elaborado pelo Wanderson Oliveira) com 84 artigos para contemplar uma gama de aspectos da pandemia.     O Mandetta achou o documento excelente, mas sabia que seria complicado no Congresso.    O Mandetta enxugou para 16 artigos e combinou a busca de aprovação urgente pelo Congresso e que um projeto de lei mais completo seria enviado passada a urgência do momento.

         41 – Conversou-se com o Congresso sobre suspender ou não o carnaval...  (até então não havia nenhum caso da doença no Brasil nem na América do Sul)

         Como a China amarrou um tanto para divulgar dados, o Mandetta acabou achando desnecessário cancelar o carnaval.

         42 – Nos oito anos em que foi deputado federal, o Mandetta sempre foi procurado pelos pares para troca de ideia em assuntos médicos.    Como ministro, sempre recebeu os congressistas.      “Até porque sabia que o Congresso pode parar meu trabalho”.  

                              Continua no capítulo 05/20

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