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terça-feira, 24 de novembro de 2020

CAP 09 E 10/10 - fichamento - livro - RECADO DE PRIMAVERA - autor: RUBEM BRAGA

CAP. 9-10/10 (FINAL) - fichamento - livro - RECADO DE PRIMAVERA - cronista Rubem Braga (capixaba)
Crônica: “É um grande companheiro”.
... jantar de jornalistas – e confesso que isto me comoveu, me sentir no meio dessa nossa fauna tão desunida...”
No jantar alguém relembra de um amigo que morreu depois de uma doença grave e sofrer um bocado. Mexeu com o astral do cronista e com os colegas de mesa que participaram da conversa. O pensar durante a noite.
Chega em casa, se distrai com seu bicudo de gaiola, de estimação. Companheiro pra valer na sua solidão, e que não sabe que existe a morte.
149 – O Dr. Progresso. Cachoeiro do Itapemirim um dia convidou nada menos que Sergio Buarque de Holanda para tocar um jornal da cidade e ele topou. Era um intelectual e tanto. Era o Dr. Progresso.
155 – Em Portugal se diz assim. Nessa crônica o autor lista uma série robusta de termos que se usam em Portugal e que o brasileiro ao chegar lá fica sem entender. Só com a vivência vai aprendendo. É uma lista bem curiosa e que poderá ser útil a quem um dia vai visitar a “Terrinha”, forma carinhosa dos que são descendentes de Portugal.
Em outra crônica o ambiente é o Rio de Janeiro e os encontros de intelectuais como Vinícius de Morais, o engenheiro Juca Chaves, aquele músico satírico e muitos outros. Da minha parte, desconhecia o fato do Juca Chaves, que é do Piauí, ser engenheiro de formação.
161 – Com a Marinha de Guerra em Ouro Preto. O Ministro da Marinha visitou oficialmente Ouro Preto e levou uma equipe e também a Banda dos Fuzileiros Navais para a cidade. Houve cerimônia, jantar de gala e apresentação da Banda dos Fuzileiros. O cronista foi lá oficialmente fazer a cobertura jornalística do evento. O dono do jornal para quem trabalhava era de outra ala política em relação ao pessoal do poder na Capital, Rio de Janeiro, e articularam com o cerimonial para barrar o Rubem Braga, jovem jornalista no evento. Ele deu um jeitinho em tudo e participou de tudo e chegou a fazer duas perguntas ao Ministro. Causou ira geral o que ele retratou na reportagem e na volta de trem, vem no mesmo momento que os militares que estavam no evento. Reconhecido, a turma veio recrimina-lo pela reportagem. Ele deixou claro que lá só continha verdades e o que está escrito, está escrito e pronto. Ele disse que ficou ali tipo touro em tourada com duas chances: uma de ser massacrado ali mesmo ou na outra, de ser atirado janela afora. Mas conseguiu sair ileso.
168 – O cronista em escrito de 1979 se recorda dele e um amigo em São Paulo tomando Cerveja Original de Ponta Grossa – Paraná. Lamenta que a Antarctica comprou a fábrica regional da Original e destruiu a marca.
Uns traços da biografia do Rubem Braga. Nasceu em Cachoeiro do Itapemirim – ES em 1913. Em 1936 lançou seu primeiro livro – O Conde e o Passarinho. Mais adiante, tendo sido correspondente de guerra, escreveu o livro Com a FEB na Itália (FEB Força Expedicionária Brasileira).
Escreveu o livro de crônicas “O Morro do Isolamento”. Foi funcionário da embaixada brasileira no Chile e foi Embaixador do Brasil no Marrocos, norte da África, vizinho da Espanha, no Mediterrâneo.
Nos anos 80 Braga morava num apartamento de cobertura na Praia de Ipanema no Rio de Janeiro. Na sua cobertura havia arvores e lugar para seus pássaros de gaiola e era visitado por passarinhos que vinham fazer ninho nas árvores.
Escreveu seu livro de memórias chamado Alma do Tempo. (devo ler em breve)

Final de leitura dia 21-11-2020 

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