CAP 03/20 novembro de 2020
“O
fascista é aquele que banaliza o mal”.
Usa uma expressão citada pela autora deste livro: “O fascismo é a máscara mortuária do
conhecimento”. Em seguida Jean Wyllys
fala de analfabetos políticos e cita como exemplo os jovens do MBL Movimento
Brasil Livre. (aqueles que se diziam
apartidários e que depois viraram vereadores de SP...)
O
analfabeto político do tempo do criador do termo, Brecht, era aquele que “não
ouve, não fala, não participa...” Hoje
com a tecnologia, transformações sociais, o analfabeto político mudou de forma
pois está plugado e interage com o sistema mas sem senso crítico do que ocorre
à sua volta. Consome e repassa fake
News etc. O analfabeto político de
hoje repete como um papagaio o que é repassado por fontes que servem interesses
escusos. Nesse sentido, os analfabetos
políticos são também vítimas do sistema, agindo alienados.
O que
Brecht definia como “o pior dos bandidos”: o político vigarista, desonesto
intelectualmente, corrupto e lacaio das grandes corporações.
Portanto
é preciso ter alguma compaixão pelo analfabeto político. Daí o desafio da autora deste livro pelo
diálogo.
Página
23 – A Autora com a palavra.
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Questões preliminares: experiência política e experiência de linguagem, ou o
diálogo como desafio.
“O
diálogo é uma pratica de não violência”.
A violência acontece quando o diálogo não entra em cena. O diálogo se torna impossível quando se perde
a dimensão do outro. O outro negado
sustenta o fascista em suas certezas. O
círculo é vicioso.
“Fascista
é aquela pessoa que luta contra laços sociais reais enquanto sustenta relações
autoritárias, relações de dominação”.
Como
personalidade autoritária, ele luta contra o amor e as formas de prazer em
geral. Um fascista não abraça. Ele não recebe.
25 –
“Aquilo que está nos acontecendo... as instituições, a sociedade, a cultura, o
âmbito espiritual e simbólico em que nos formamos quem somos, sem que estejamos
jamais prontos e acabados”.
Importante
pergunta: O que estamos fazendo uns com
os outros?
O
autoritarismo... ele é essencialmente um regime de pensamento. Uma operação mental que, em sentido amplo, se
torna paradigmática agindo sobre a ciência, a cultura e o senso comum.
26 – A
operação do pensamento autoritário é infértil e rígida, ela se basta em repetir
o que está dado, pronto ou resolvido (mesmo que aparentemente).
“O
sujeito autoritário tem orgulho de seus pensamentos como se fossem verdades
teológicas que somente ele detém”.
“Toda
pessoa autoritária se sente meio sacerdote de alguma coisa”.
“A
operação propriamente dita do conhecimento que se entrega à novidade do objeto
é, no entanto, desnecessária. Em outra
palavras, podemos dizer que o sujeito autoritário `pergunta´ e `reponde´ a si
mesmo a partir de um ponto de vista permanentemente organizado no qual, a cada
momento, o outro precisa ser descartado”.
Como se
não existisse outro ponto de vista, outro desejo, outro modo de ver o mundo...
...” o
paranoico que detém todas as verdades antes de chegar a pesquisar o que as
sustenta”. “É claro que não dialoga
com ninguém porque a operação linguística que implica o outro é impossível para
ele”.
Continua
no capítulo 04/20
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