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sexta-feira, 25 de junho de 2021

CAP.02/05 - fichamento - livro - O CAÇADOR DE PIPAS - Autor: Khaled Hosseini - romance de ficção no Afeganistão dos anos 70

 CAP. 02/05 

         Ali, o criado do pai de Amir, tinha paralisia facial e não ria.   “Os olhos são a janela da alma”.   E ainda tinha paralisia nas pernas por causa da pólio.

         O povo da etnia pashtun perseguiu os hazaras no passado.   A família de Amir é da etnia pashtun.

         Uma das atitudes de desprezo:   chamar os hazaras de “comedores de camundongos”.

         Ali, quando Hassan era bebê, contratou a mesma ama de leite que amamentava Amir, filho do patrão.   Assim ambos foram criados juntos e mamando na mesma ama de leite.  Quase irmãos.

         O exagero no país é algo corriqueiro da vida nacional.  O pai de Amir era chamado de Senhor Furacão.  Forte e alto.

         Há o rio Cabul que passa na capital do mesmo nome.    Crianças atiram pedra no rio de forma que elas vão pulando antes de afundar.   (eu fazia isso também quando era criança e requeria uma certa prática e pedras achatadas).  As pedras que são atiradas com prática, quicam várias vezes na superfície antes de afundar.   Há que ter a pedra certa, força e jeito.

         Mulá, líder religioso do Islã.    Um mulá dá aulas do islã para Amir.  Baseado sempre no Corão, o livro sagrado deles.    Inclui não beber bebida alcoólica, não comer carne de porco etc.

         Era comum o povo adulto local comprar bebida alcoólica e beber escondido em casa.

         Lá no Afeganistão a língua mais comum é o farsi e o Alcorão é em árabe.

         O pai de Amir tem para si que só há um pecado:  roubar.   O avô de Amir era juiz e num assalto o ladrão o matou.   “Roubou” a vida dele.

         Poetas citados:  Hhayyam, Hafez e Rumi.

         O garoto Amir lia poesias.   “Um homem de verdade não lê poesias...”

         Ele caça, joga futebol etc.

         Copa do Mundo de 1970 e o pai de Amir foi para Teerã (no Irã) para ver os jogos da copa na TV.  Nesse tempo no Afeganistão não havia TV.

         O pai de Amir chegou a coloca-lo nos times da cidade mas ninguém passava a bola pra ele, que era ruim demais no futebol.

         O esporte nacional do Afeganistão, de alta tradição ancestral.  Se chama buzkashi.    Os atletas a cavalo num campo, um animal morto (um bode) antes do começo da partida e os dois times em prontidão.   Um cavaleiro segurando o animal pela pata sai em disparada rumo ao “gol” adversário e os adversários partem pra cima para tomar a “bola”.   É tudo de forma bruta de derrubar cavaleiros na corrida, quebrar braço e coisas do gênero.   No aperto, o que tem a “bola” tenta joga-la na corrida para um do time e assim segue o jogo com as torcidas presentes e vibrantes.

         Até o poderoso Henry Kissinger, da Chancelaria dos USA.   Ele foi Secretário de Estado e chegou em conjunto com outra pessoa, ganhar o Prêmio Nobel da Paz.     (em seu país sempre envolvido em guerras...)

         Um dia Amir foi com o pai ver um desses jogos.   Justo nesse dia os cavalos pisaram em cima de um competidor.  Amir chorou e o pai dele ficou frustrado.    O filho não tinha jeito para o futebol, não para o buzkashi.     O sócio do pai de Amir consolando o amigo:   “As crianças não são caderno de colorir.  Você não tem de preenche-lo com suas cores favoritas”.

         Nas tretas dos garotos nas ruas (e o pai de Amir sabia disso), Amir não revidava e Hassan o defendia de tudo.  Mesmo partindo pra porrada.

         O pai sobre Amir:   “Se não tivesse visto o médico tirá-lo de minha mulher, com meus próprios olhos, não acreditaria que é meu filho”.

         Numa dessas falas, Amir deve ter escutado o desabafo do pai.

         Os pais do criado Ali morreram atropelados.   O juiz adotou o órfão Ali e o criou em casa com o pai de Amir.    Então assim:  Amir, pashtun, sunita e Hassan, hazara e do ramo xiita do islamismo.   Nos primeiros doze anos de vida, os dois garotos juntos em tudo.

         Abril de 1978 – ocorre no Afeganistão o Golpe de estado comunista.  Em 1979, tanques russos pela cidade.    Antes, em 1973 acabou a Monarquia no Afeganistão e o rei fugiu para a Italia onde conseguiu asilo político.

         Cabul é região de muito calor, mas na estação fria cai neve em muitas regiões, mesmo na capital.

         O inverno com neve é a estação preferida da criançada que tem recursos e pode se proteger do frio.   E na época de neve as escolas entram em recesso e a criançada fica livre o dia todo para brincar.   Inclusive soltar pipas.    Todos os anos, nos bairros de Cabul, campeonatos de pipas.   Inclusive usam pipas com cerol (caquinhos de vidro finos com cola na linha da pipa para cortar a linha das outras).

                   Segue no capítulo 03/05

CAP.01 / 05 - التسجيل - كتاب - O PIPA HUNTER - المؤلف: خالد حسينCAP.01 / 05 - altasjil - kitab - O PIPA ي - رواية خيالية في أفغانستان في السبعينيات

 قبل إرسال هذه القائمة (الملخص) ، أعتذر عن القيام بترجمة Google. المدونة هواة وغير تجارية.



قرأت منه إصدار Editora Nova Fronteira ، الطبعة الأولى ، طبعة رقم 238 - عام 2005.
القراءة في مايو 2016. سجلي الأصلي المكتوب بخط اليد لشهر مايو / 16 موجود في دفتر ملاحظاتي رقم 13 من 30 الحالي.
أحذر من أنني أسجل كل كتاب أقرأه ، لكنني أميل إلى نشر المزيد من تسجيلات الكتب التي تحتوي على خلفية أكثر إفادة مع تفاصيل الأشخاص والعادات والأماكن والأحداث. نظرًا لأننا لا نعرف إلا القليل عن بلد مثل أفغانستان (التي لديها حضارة الألفية) ، فقد قررت أيضًا تغطية قائمة هذا الكتاب في خمسة فصول.
كنت قد حصلت على الكتاب منذ فترة طويلة وبدأت في القراءة وخصصت بعض الوقت جانبًا وبدأت في كتابة كتب أخرى ، وهو ما نادرًا ما أفعله. في وقت معين ، المشاركة في مجموعة القراءة في IEP Instituto de Engenharia do Paraná ، كان هذا الكتاب الذي اختارته المجموعة ، ثم أخذته وأكملت قراءته وحفظه. ما هو مطلوب هو جمع مجموعة شخصيًا ، بما في ذلك تبادل الأفكار حول كتاب قرأه الجميع.
دعنا نبدأ العمل: كان والد خالد دبلوماسيًا في أفغانستان. خدم في باريس أيضا. ثم جاء النظام الشيوعي في أفغانستان (البلد قريب من الاتحاد السوفيتي السابق). القوات السوفيتية والأمريكية العاملة في البلاد. عاش خالد في الولايات المتحدة كلاجئ سياسي وتخرج في الطب هناك.
بدأ الرواية بتاريخ ديسمبر 2001. كان بطل الرواية يبلغ من العمر اثني عشر عامًا في عام 1975.
اكتشفت أنه لا يمكنك دفن الماضي ...
في سان فرانسيسكو كاليفورنيا ، بالقرب من البوابة الذهبية. الطائرات الورقية الحمراء والزرقاء ، ألوان الولايات المتحدة الأمريكية.
منذ الطفولة صديقه حسن ، بشفة مشقوقة (مشقوقة في الشفة) ، كان يطارد في الماضي طائرة ورقية لا مثيل لها. شتاء 1975 الذي غير كل شيء. (الحرب).
صعدوا أطفالهم وأصدقائهم وهم يتأملون بالمرايا فوق الأشجار لإزعاج الجيران. هذا في كابول عاصمة أفغانستان.
كان بطل الرواية من طبقة أعلى من صديقه حسن. طلب من حسن إلقاء حجر على الأرض. "لم يحرمني حسن من أي شيء قط".
هناك والد حسن. تلقى الصبي حسن صافرة والده لكنه لم يتنازل عن صديقه الذي عادة ما يكون لديه فكرة عن الفنون التي كانوا يمارسونها.
عاش الطفل الغني في حي راقٍ في كابول. هناك خدم في منزل والد صديقه الثري.
الكبار: التدخين والنثر: السياسة والأعمال وكرة القدم.
لم يسمح الأب للأولاد بالدخول إلى غرفة التدخين والتحدث. جلس الصبي أمير عند باب غرفة التدخين ، في الخارج ، وكان ملتصقًا هناك وهو يستمع إلى ما يستطيع من محادثات الكبار.
عاش حسن ووالده في منزل صغير في الفناء الخلفي لمنزل رئيسهم. ماتت والدة الأمير الصبي أثناء الولادة.
فرت والدة حسن ، صنوبر ، بعد أسبوع من ولادة حسن. ذهب مع بعض الناس في السيرك. لفتة تسببت في خجل زوجها أكثر مما لو ماتت.
وذات يوم سمع حسن في الشارع من أحد الجنود أنه مارس الجنس مع والدته. ومعرفتها أنه ابنها ، فقد سخرت من الصبي الذي أصيب بخيبة أمل كبيرة. حسن هو من مجموعة الهزارة العرقية ، والتي تعاني من التمييز الشديد في بلدهم.

يستمر في الفصل 02/05







قبعة. 05/01
قرأت منه إصدار Editora Nova Fronteira ، الطبعة الأولى ، طبعة رقم 238 - عام 2005.
القراءة في مايو 2016. سجلي الأصلي المكتوب بخط اليد لشهر مايو / 16 موجود في دفتر ملاحظاتي رقم 13 من 30 الحالي.
أحذر من أنني أسجل كل كتاب أقرأه ، لكنني أميل إلى نشر المزيد من تسجيلات الكتب التي تحتوي على خلفية أكثر إفادة مع تفاصيل الأشخاص والعادات والأماكن والأحداث. نظرًا لأننا لا نعرف إلا القليل عن بلد مثل أفغانستان (التي لديها حضارة الألفية) ، فقد قررت أيضًا تغطية قائمة هذا الكتاب في خمسة فصول.
كنت قد حصلت على الكتاب منذ فترة طويلة وبدأت في القراءة وخصصت بعض الوقت جانبًا وبدأت في كتابة كتب أخرى ، وهو ما نادرًا ما أفعله. في وقت معين ، المشاركة في مجموعة القراءة في IEP Instituto de Engenharia do Paraná ، كان هذا الكتاب الذي اختارته المجموعة ، ثم أخذته وأكملت قراءته وحفظه. ما هو مطلوب هو جمع مجموعة شخصيًا ، بما في ذلك تبادل الأفكار حول كتاب قرأه الجميع.
دعنا نبدأ العمل: كان والد خالد دبلوماسيًا في أفغانستان. خدم في باريس أيضا. ثم جاء النظام الشيوعي في أفغانستان (البلد قريب من الاتحاد السوفيتي السابق). القوات السوفيتية والأمريكية العاملة في البلاد. عاش خالد في الولايات المتحدة كلاجئ سياسي وتخرج في الطب هناك.
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quinta-feira, 24 de junho de 2021

CAP.01/05 - fichamento - livro - O CAÇADOR DE PIPAS - Autor: Khaled Hosseini - romance de ficção no Afeganistão dos anos 70

CAP. 01/05

         Eu li dele a edição da Editora Nova Fronteira, primeira edição, 238ª reimpressão – ano 2005.

         Leitura em maio de 2016.    O fichamento manuscrito original meu de maio/16 está no meu caderno número 13 dos 30 atuais.

         Alerto que faço fichamento de todo livro que leio, porém costumo mais publicar o fichamento de livros que tem um fundo mais informativo com detalhes de povos, costumes, lugares e acontecimentos.   Como no geral conhecemos pouco de um país como o Afeganistão (que tem civilização milenar), resolvi também abordar em cinco capítulos o fichamento deste livro.

         Eu tinha adquirido o livro há tempos e começado a ler e tinha deixado um tempo de lado e começado outros livros, coisa que poucas vezes faço.   Em certo tempo, participando do grupo de leitura do IEP Instituto de Engenharia do Paraná, um livro escolhido pelo grupo foi este e então peguei e completei a leitura e fichamento.  Faz falta essa de reunir um grupo de forma presencial inclusive para trocar ideias sobre um livro lido por todos.

         Vamos à obra:   O pai de Khaled era diplomata no Afeganistão.  Serviu em Paris também.   Depois no Afeganistão veio o regime comunista (o país é próximo à antiga União Soviética).    Tropas soviéticas e americanas atuando no país.      Kaled morou nos USA como asilado político e lá se formou em medicina.

         O romance começa pela data de dezembro de 2001.   O protagonista estava com doze anos em 1975.

         Descobri que não se pode enterrar o passado...

         Em São Francisco na Califórnia, perto da Golden Gate.   Pipas  vermelhas e azuis, cores dos USA.

         Lá da infância, o amigo Hassan, de lábio fendido (lábio leporino), que no passado corria atrás de pipa como ninguém.    Inverno de 1975 que fez mudar tudo.  (a guerra).

         Eles, moleques, amigos, fazendo reflexos com espelhos trepados em cima das árvores para aporrinhar os vizinhos.   Isto em Cabul, capital do Afeganistão.

         O protagonista era de classe superior à de Hassan, seu amigo.   Pediu para Hassan atirar pedra no chão.  “Hassan nunca me negava nada”.

         Ali, o pai de Hassan.   O garoto Hassan levava pito do pai mas não entregava o amigo que geralmente tinha ideia das artes que faziam.

         O garoto rico, morava em bairro chique de Cabul.  Ali servia na casa do rico pai do amigo.

         Adultos:   fumar e a prosa:  política, negócios e futebol.

         O pai não deixava os garotos entrarem na sala de fumar e conversar.  O garoto Amir sentava na porta da sala de fumar, pelo lado de fora, e ficava colado ali escutando o que podia das conversas dos adultos.

         Hassan e o pai moravam numa casinha no quintal da mansão do patrão.  A mãe do garoto Amir morreu  no parto dele.

         Já a mãe de Hassan, chamada Sanaubar, fugiu uma semana após o parto de Hassan.   Se foi com um pessoal de circo.   Gesto que para o marido causou mais vergonha do que se ela tivesse morrido.

         Na rua um dia Hassan escutou de um soldado que ele fez sexo com a mãe dele.   E sabendo que ele era filho dela, ainda fez graça com o garoto que ficou super desapontado.   Hassan é da etnia hazara, que é muito discriminada no próprio país.

         Continua no capítulo 02/05 

quinta-feira, 17 de junho de 2021

CAP. 05/05 - fichamento - livro - "EU, MALIKA OUFKIR, PRISIONEIRA DO REI" - co autora - Malika (baseado em fatos no Marrocos - anos 60)

 CAP. 05/05

         Malika sempre na base da escolta.   Antes para protege-la e agora para vigia-la.     Há quatro idiomas no Marrocos.  Ela conhece a maioria deles.

         O estandarte verde, da cor do Islã.    Ele e família presos no antigo palácio Tamattaght.    Ela e a estratégia de dar aulas para os irmãos, inclusive para dar uma sensação de normalidade de vida para os irmãos menores.

         Ensaiar e apresentar peças de teatro em família tendo como plateia a mãe.   Cartas dos amigos falando de festas, passeios, banquetes...  falta de tato em relação a ela e família presos.

         Uma vistoria feita por um militar, quando ele pisa na foto do pai de Malika.   Danificou coisas do alojamento delas e colocou mais rigor ainda dali pra frente.   Ela diz que sofria mais pela mãe... sofria por minhas irmãs, que se tornavam mulheres sem ter podido ser crianças...

         Banho de balde na nova prisão perto de Casablanca.  Lavar a cabeça com sabão em pó.   Queda de cabelo e eczema na pele.   A prisão e a fome.

         Quem foi Sherazade?   Foi uma lendária rainha persa que faz a narração de Mil e Uma Noites.

         Malika inventando histórias para entretenimento das crianças.

         Talba – homens que eram pagos para velar defendendo quem tinha posses.    Eles velavam e liam o Corão (que contém os fundamentos do Islã)

         Malika que falava francês, nas copas, torcendo pra França, ouvindo pelo rádio na prisão.   Medo de gritar na hora dos gols da seleção.

         Cita fala de algumas feministas.  Uma delas, Régine Deforges e o filme A Bicicleta Azul.

         Sofria ouvindo falar das grandes invenções, que não podia curtir na prisão: TV a cores, videocassete, computador, o avião Concord etc.

         À noite.   ...”meu presente era nada e meu futuro não existia”.

         Anfar, bairro chique da badalada cidade de Casablanca.

         Os fugitivos da família de Malika pedindo ajuda em Casablanca.   Na casa onde pediram ajuda havia inclusive um cão.   O irmão caçula de Malika nunca tinha visto um cão.

         Fala um pouco da casa onde ela morou.   Antes foi saqueada pela criadagem e depois demolida por ordem do rei.

         Ao ser presa após a fuga, viu um quadro da Virgem Maria.  Confirmou emocionada que havia sido por ela protegida.   Quatro dias de fuga.    Na fuga a caçula viu pela primeira vez um trem e o mar.

         Livres da prisão mas vigiados e com os passaportes retidos.

                   (uma irmã dela conseguiu junto à França a condição de perseguida política para ela e família e por intervenção diplomática francesa, reconquistaram a liberdade).

Cena da liberdade no primeiro momento:

         Um casal de namorados de mãos dadas, uma mãe acompanhada da filha, um cachorro que andava solto, um passarinho que pousa num galho.

         Na prisão...  “Aprendi a refletir sobre o sentido da vida e da morte”.

                            Fim.               Leitura até 19-10-2015

CAP. 04/05 - fichamento - livro - "EU, MALIKA OUFKIR, PRISIONEIRA DO REI" - co autora - Malika (baseado em fatos no Marrocos - anos 60)

 CAP. 04/05

         A volta para casa.   Na volta dela para casa, a mãe em viagem e o pai em missão.   Em casa, irmãos e governantas.  Ela “reconhecendo” a casa... “as fotos em família em que eu não aparecia”.  (profundo para ela)

         A casa dela em Rabat, capital do Marrocos.   Quando ela volta para casa em 1969, o General Oufkir já era desde 1964 o Ministro do Interior do Rei Hassan II.    O General era influente, respeitado e temido.

         “Meus amigos o pintavam como o inimigo público número 1.   A simples menção ao seu nome os congelava”.

         Os pais dela não brigavam mas eram bem diferentes.   Ela teve treta com o pai quando viajaram para a Espanha.   Ela teimosa e insubmissa.  Blusa sem sutiã, minissaias.

         Se encontrar com um bando de amigos que o pai não aprovava.  Fumar escondida do pai e um dia foi pega.   Tinha tudo na mão.   Mimada.

         Vários generais foram executados após o golpe frustrado.

         Ela tinha o sonho de conhecer o ator Alan Delon.   Passear com o ator Steve Mac Queen.     O seu destino previsível se não fosse presa.

         No sofrimento, o amadurecimento e a identidade e razão de ser.   O golpe dia 10-07-1971.   Ocorreu no palácio de Skhirat onde o rei fazia três dias de festa no seu aniversário de 42 anos.

         Soldados matam no palácio centenas de convidados ilustres presentes na festa.   Mais de duzentos mortos.   Dez oficiais, entre os quais, quatro generais, foram depois executados por terem participado do golpe.

         O pai dela tentou junto ao rei um julgamento aos revoltosos mas nada conseguiu.

         Mais poder ao General Oukfir após a tentativa de golpe.   Cumulou cargo de Ministro da Defesa e do Estado Maior das Forças Armadas.   Controlava as Forças Armadas, a Polícia e o Interior.

         Pela primeira vez, o povo questionando o poder divino do rei.

         Costume no Marrocos de não se cozinhar quando alguém de casa morre.    O rei mandou comida e ela não aceitou.   O rei podia ter prendido elas por rebeldia.

         Na tentativa de novo golpe contra o rei, o pai dela estava envolvido e foi, após o golpe fracassar, executado.    Prenderam os familiares dele.  Prisão domiciliar.

         O rei teria acusado no rádio que a mãe de Malika era a eminência parta dos fatos do golpe.     A família dela foi levada para o deserto de Assa, perto da fronteira com a Argélia.   Casa de chão, três cômodos, colchões no chão.   Água só de baldes.

         Antes a vida era só com roupas de marca e agora, no exílio no deserto as roupas soavam ridículo.

         Base alimentar da família presa.  Pão, azeite e mel.  Carne de cabra.

         Ela ouve rádio de Paris e revive o passado em pensamento.

         A mãe viúva, exilada, aos 36 anos de idade.

         Continua no capítulo final 05/05

quarta-feira, 16 de junho de 2021

CAP. 03/05 - fichamento - livro - "EU, MALIKA OUFKIR, PRISIONEIRA DO REI" - co autora - Malika (baseado em fatos no Marrocos - anos 60)

 CAP. 03/05

 

         A milenar cidade de Fez tem termas famosas.   Águas sulfurosas.

         Cidade de Casablanca.  Super badalada.  Chique, mas lugar úmido e ruim para quem tem asma.

         Malika aos 15 de idade, notas ruins no boletim.  O rei aplica, ele mesmo, o castigo de trinta chibatadas com uma verga de touro.   Ela, sabendo do castigo, antes colocou um travesseiro na bunda por baixo das longas vestes árabes.

         Mas em outra ocasião não deu para escapar.    Veio uma surra nela semi pelada, só com uma túnica.

         A rigidez da governanta.    Para as mocinhas, nada de dar trela aos rapazes.    Era um homem o professor de educação sexual seguindo orientações do Corão.   Em resumo, a mulher ser sensual e dar prazer sexual ao homem.    Ela teve a primeira menstruação aos doze anos.

         Já mocinha, começa a despertar ciúmes nas concubinas do rei.

         Na clausura do castelo real, sonhava com a liberdade.   Isto a ajudou no tempo da prisão de fato.  

         No tempo de castelo, pensou duas vezes em se suicidar, uma vez aos dez anos e outra vez aos doze.

         Ela dividida entre o Oriente e o Ocidente.   (O Marrocos fica vizinho da Europa, separado pelo Mar Mediterrâneo).

         Falava francês em casa e o árabe era obrigatório no palácio real.

         Ela faz um resumo de como vê a cultura árabe:  “Eramos nada em relação aos mais velhos e menos que nada como mulheres”.

         Percebe que os encantos do palácio não a seduz.   Se sente uma prisioneira.    Na sua época o rei do Marrocos era um Monarca Absoluto, de direito divino.

         A saída do palácio.     A mãe dela já não aguentava as infidelidades do marido.     Um dia ela, mãe, se encantou por um jovem militar e se foi com ele e conseguiu a guarda dos dois filhos mais novos.   Na época do divórcio dos pais, Malika tinha onze anos e estava no palácio.

         O rei arrumou um novo casamento para o General (pai de Malika) e baniu a mãe dela da Corte.

         A nova esposa do general também se chama Fátema.     Malika ralhou com o pai sem compreender o ocorrido.    O novo amor da mãe dela, como militar, passou a ser perseguido e mandado para os piores lugares e tarefas arriscadas.

         Mais tarde os pais dela se reconciliaram e tiveram mais um filho.

         Acidentalmente ela, Malika, consegue do rei sua liberdade.

         A mãe do rei sendo operada, ela por perto vê gente da corte falando mal da mãe dela.   Nisso ela se descontrola e se põe a gritar.   O rei vê, acode e pede para ela se controlar.    Ela diz da ingratidão dos outros, da princesa...  Diz que tem uma família e quer ir embora pra casa.  O rei, constrangido, concorda.   No outro dia ela está na casa dos pais.

         O sonho dela: estudar, viajar, ser atriz ou diretora de cinema.

         Continua no capítulo 04/05

terça-feira, 15 de junho de 2021

CAP. 02/05 - fichamento - livro - "EU, MALIKA OUFKIR, PRISIONEIRA DO REI" - co autora - Malika. Baseado em fatos no Marrocos dos anos 60

 CAP. 02/05

 

         Malika é uma sobrevivente.   Mostra que a fé e a esperança removem montanha.   Os direitos humanos, quando feridos, os sofrimentos que causam às vítimas.

         O que ela passou...e que agora tenta viver.    A mãe dela tinha dezessete anos de idade quando ela nasceu.

         Lá havia a figura do Paxá, que era o governador de província do Marrocos.

         A mãe de Malika sonhava ter oito filhos.   Malika nasceu no dia dois de abril de 1953.   O pai dela queria ter três filhos.

         A família dela tinha livre acesso ao palácio do Rei Mohammed V.

         O pai dela era General e ocupava o cargo de Chefe dos ajudantes de ordem do rei.

         O rei tinha o harém com duas esposas e a mãe de Malika conhecia elas e tinha contato com elas.

         Malika criança na casa do rei e a troca de mordidas na princesinha da sua idade – cinco anos.

         Era levada a passear em palácios, mas sempre “trancada”, vendo o mundo lá fora só pelo vidro do carro.

         A governanta era uma senhora alemã durona.    A máxima da governanta era:   “Uma pessoa vale pela educação e não por sua cultura”.

         A distração do rei era jogar bocha.   O rei Mohammed V morreu aos 52 anos numa cirurgia banal.

         Assume o trono o filho Hassan II aos 32 anos.

         Vida das princesas aos oito anos.  Levantar as seis e trinta da manhã, arrumar a cama, engraxar o sapato...

         Línguas que aprendiam na escola:  francês e árabe e mais adiante, o inglês.    Malika era arteira que só ela.

         À noite, livre no quarto, podia olhar o céu pela janela.  Saudade da mãe.   Tinha tudo o que queria, mas sentia uma falta cruel da família dela.

         Ela teve irmãos mais novos com quem ela não conviveu quase nada.

         Palácios de Tanger, Marrakech e Fez.    Cidade de destaque:  Rabat.

         Nos palácios cheios de tapetes, andava-se descalço.

         As concubinas do novo rei eram menores de dezesseis anos.  Eram umas quarenta.  Não tinham o direito de procriar.  Só a esposa do rei podia.

         Concubinas – fora do palácio, na praia etc.  Usavam roupas europeias de alto padrão.    A rainha era Latefa, esposa do rei Hassan II.

         Quando o rei era solteiro, o chefe da principal família berbere do Marrocos mandou duas primas irmãs da família para possíveis futuras rainhas.   E era comum o monarca escolher uma berbere por questões políticas.

         Havia o risco de alguma concubina envenenar a comida da rainha por ciúme.

         Praticantes do islamismo, rotina de cinco orações por dia, voltados no rumo de Meca, a cidade sagrada do islamismo.

         Há mesquita no palácio também.

         A mulher aos doze anos, o rito de furar as orelhas.   Importante para eles como o batismo e o casamento.

         Ela, Malika, tocava piano.   Não gostava de cavalgar, diferente da princesa.

                   Continua no capítulo 03/05