CAP. 03/05
Citam o
prédio que pega quarteirão todo perto da Rodoferroviária de Curitiba, onde
funciona o 5º Batalhão de Suprimento do Exército para atender os estados do
Paraná e Santa Catarina. Instalado em
1934. E a logística do suprimento
contava com a ferrovia. Há ainda nas
cercanias, o prédio circular de paredes sólidas que era o Paiol de munições do
Exército e havia um pequeno ramal ferroviário que se ligava ao Paiol que hoje é
um espaço cultural.
Entre as
indústrias de Curitiba, havia a fábrica de Biscoitos Aymoré. Havia inclusive em épocas passagens embalagem
em lata com bolachas ou biscoitos.
Citam os
silos de concreto cilíndricos e elevados do moinho de trigo Anaconda perto do
Viaduto do Capanema. São enormes e
ficam estrategicamente ao lado da via férrea.
Datam do ano de 1961.
Na
década de 60 começa a se expandir a malha rodoviária e o transporte de cargas e
passageiros vai migrando rápido dos trens para as rodovias. O esvaziamento da demanda para as
ferrovias fez com que a região adjacente à estação de Curitiba fosse ficando
meio abandonada e até insegura.
No auge
da ferrovia no Paraná e SC havia 27 associações de ferroviários na região. Em geral elas se instalavam em edifícios da
rede ferroviária e tinham sede com churrasqueiras e campo de futebol.
No ano
de 1928 sob a administração da Brasil Railway, esta era a maior empresa do
Paraná e contava com 6.000 ferroviários.
A obra
cita o ferroviário Napoleão Lazzarotto, parente do artista plástico Poty
Lazzarotto que é destaque na arte paranaense.
Em 1955
a rede ferroviária inaugurou no Bairro Cajuru o Hospital dos ferroviários com
cem leitos, o que era algo de destaque para toda a região. Depois o hospital passou a ser administrado
pela PUC Pontifícia Universidade Católica e passou a ser um Hospital-Escola
para o Curso de Medicina.
Em 1930,
foi criado do CAF Clube Atlético Ferroviário.
Clube de futebol que era chamado carinhosamente de Boca Negra. O estádio do CAF foi inaugurado em
1947. O estádio recebeu o apelido de
Colosso do Capanema. Era o terceiro
maior estádio do Brasil de então, abaixo só do Pacaembu (SP) e o São Januário
(RJ). Houve alguns dos jogos da Copa do
Mundo de 1950 aqui no Colosso do Capanema.
Hoje campo do Paraná Clube.
No
passar dos anos, foi decaindo a ferrovia e o apoio aos clubes como o CAF. Este se associou a mais dois clubes da
capital, o Britânia e o Palestra Itália, dando origem ao Colorado. Passado longo tempo, o Colorado se juntou ao Pinheiros e formou o atual
Paraná Clube.
O livro
cita do começo do século XX em Curitiba a empresa britadeira de pedras da
família Greca.
Nos
fundos do Cartório Cajuru tem preservada uma casa de madeira com a forma de um
vagão, criada pelo artista plástico Poty Lazzarotto. A família teve um comércio no local e nos
fundos tinha espaço para os animais usados em transporte com tração animal. Havia um restaurante que foi instalado no
local e se transformou num ponto de encontro de pessoas de destaque inclusive
na área cultural da cidade. O Vagão
então era um restaurante com a forma de vagão ferroviário e decorado a caráter. Estaria ainda aberto à visitação e o nome é
Vagão do Armistício em referência ao fim da segunda Guerra Mundial.
No tempo
que o Vagão funcionava como restaurante era maior e reduziram bem o tamanho
para funcionar mais recentemente como um pequeno museu.
Item –
Paisagem. Conjunto Central da Rede
Ferroviária.
Num trechinho
de uma crônica de 1952, consta que os trens aqui eram movidos a vapor ainda
nessa época. Cita a chamada Ponte
Preta ao lado do Shopping Estação. Uma
ponte ferroviária feita de ferro e que atualmente é tombada pelo Patrimônio
Histórico do Paraná em 1976. A Ponte
Preta feita originalmente por volta de 1885 foi substituída por uma mais
moderna em 1944, também de ferro.
O Rio
Ivo que hoje em dia é quase todo canalizado, passa por baixo da Praça Zacarias,
no centro de Curitiba. Desagua no Rio
Belém.
O grande
edifício Teixeira Soares fica logo após a Ponte Preta, sentido
centro-bairro. Hoje em dia está sendo
ocupado por alguns departamentos da UFPR Universidade Federal do Paraná.
Um
Arquiteto italiano projetou a estação ferroviária de Curitiba inspirada nos
prédios das estações da ferrovia Bolonha-Ancona-Roma.
02-02-1885
foi a inauguração solene da Estação Ferroviária de Curitiba.
Inauguração
festiva com povo, autoridades e foguetório.
Mas nem tudo foi festa. Bem
próximo dali, na praça da Câmara
(Eufrasio Correia), havia um protesto dos carroceiros que há décadas e
décadas atuavam no transporte de erva mate de Curitiba a Paranaguá pela Estrada
da Graciosa.
Continua no capítulo 04/05