CAP.27/27
A Revista Veja no período
de 2014 a 2021 fez 88 reportagens referentes a Lula, sendo destas, 82
negativas, cinco neutras e apenas uma positiva. Esta última, quando Lula restabeleceu seus
direitos políticos. No período 2014/2021
foram 357 edições da Veja. Foram nesse
tempo colocadas Lula na capa em um quarto de todas as edições. Um massacre.
“Ou seja, a Veja demonizou
Lula em quase todas as suas publicações”.
Se forem colocadas em
sequência as reportagens da Veja massacrando Lula no período 2014/2021 daria o
equivalente a um ano de publicações seguidas.
Página 412 – Fato: “Os editores ocultaram que a agremiação
política com mais acusações na Lava Jato foi o PP Partido Progressista,
presidido pelo senador piauiense Ciro Nogueira”. Do PP, 33 políticos investigados, entre os
quais, os alagoanos, pai e filho, Benedito de Lira e Arthur Lira.
Gráfico da Manchetômetro
sobre a Veja e suas notícias com caricaturas e tudo o mais para prejudicar Lula
– página 412 e adjacentes.
Posfácio
Este livro e algumas cenas
do próximo livro.
Quando Lula se elegeu no
final de 2002 para presidente, seu secretário de imprensa era o jornalista
Ricardo Kotscho (atuante inclusive no
Facebook). Naquele ano de 2002 o
jornalista Fernando Morais, autor deste livro, já tinha plano de escrever um
livro pelos primeiros mil dias do mandato de Lula, mas havia uma “fila” de mais
de cem jornalista com propósito semelhante.
Morais que não é de ficar colado na autoridade esperou a oportunidade.
O projeto dos mil dias
ficou “atrasado” em mais de uma década, por outro lado foi enriquecido com
fatos novos. Até 2011 o autor teve só
três vezes contato pessoal com Lula. Em
2011 Lula foi diagnosticado e tratado de um câncer de laringe. Dizem que nesse período ele teve mais clara
sua noção de finitude. Decidiu procurar
Fernando Morais para tratar de sua trajetória.
A ideia era a trajetória
até Lula passar a faixa para Dilma, sendo que não era plano dele em 2011 um dia
voltar a ser candidato a presidente. Os
desdobramentos da política levaram ele a mudar de ideia. Vieram o golpe contra Dilma, a forma pela
qual a Lava Jato foi conduzida, a prisão de Lula e tudo o mais.
Fernando Morais combinou
com Lula que este não leria o livro antes da publicação e houve o de acordo e
assim foi feito.
Na fase de entrevistas
para o livro, o autor notou que os melhores momentos para entrevistar Lula eram
no avião em longas viagens de Lula para o Brasil e exterior. O ex presidente sempre foi muito solicitado
para visitas e palestras no exterior e o Fernando Morais foi junto em grande parte
destas e testemunhou as palestras ao ponto de ter elementos de prova até em
processo no qual queriam descaracterizar a autenticidade das palestras.
No tema das palestras, o
então juiz Moro foi a público com essa discussão e Fernando Morais se contrapôs
e deu um bom embate.
Os fatos após Lula deixar
a presidência levaram o autor a postergar a conclusão do livro e agregar mais
fatos com a concordância de Lula e da editora.
Por essa razão, o livro acabou sendo reprogramado para mais de um
volume. Este é o volume 1 e abrange o
período até 08-11-2019 quando o STF anulou os processos contra Lula e o
recolocou em liberdade.
No segundo volume que
virá, serão contadas as três derrotas do Lula na disputa para presidência. Duas contra Fernando Henrique Cardoso e uma
para Fernando Collor de Melo. Continuará com os ocorridos nos anos Dilma
com o golpe que a tirou do mandato, num movimento que começou em 2013.
Na ida a Cuba acompanhando
Lula, o autor contraiu covid-19 e foi tratado lá e agradece à equipe médica.
“... quando acompanhei
Lula e sua equipe para o início das filmagens do longa-metragem que o cineasta
americano Oliver Stone está produzindo sobre o ex presidente...”
Finaliza o livro
citando: Fernando Morais
Ilhabela,
Havana, São Paulo
Setembro
de 2021
(leitura e fichamento terminados dia 12-05-2022)