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quinta-feira, 13 de abril de 2023
VISITA GUIADA AO ALLIANS PARQUE - CAMPO DO PALMEIRAS - EM SÃO PAULO - CAPITAL - ABRIL/23
quarta-feira, 12 de abril de 2023
SINGELA HOMENAGEM AOS POETAS
Há anos e anos, li do escritor Orígenes Lessa, o livro O Feijão e o Sonho.
Me lembrando aqui dos amigos poetas que fazem a arte por toda a parte deste País, segue um modesto versinho que fiz inspirado no mote do dilema do escritor em si e do escritor em poesia, em particular.
"A vida do poeta,
Sempre um embate medonho,
É um dilema entre o feijão e o sonho".
Autor: Orlando Lisboa de Almeida - 12-04-2023
domingo, 26 de março de 2023
PARTE DAS FOTOS QUE TIREI DO PALÁCIO IGUAÇU - CURITIBA - PR (BRASIL) - SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ fotos de 2019
Acima, imagem de Nossa Senhora do Rocio contida na Capela interna do Palácio Iguaçu PR
Acima, porta da Capela do Palácio Iguaçu PR que foi doada por Portugal ao povo paranaense
Interior da Capela do Palácio que tem um mobiliário básico e um ambiente aconchegante
Placa de bronze alusiva à inauguração do Palácio no primeiro Centenário do Paraná
Vista parcial da fachada do Palácio Iguaçu que é de 1953, ano do Centenário do estado do Paraná
VISITA GUIADA AO PALÁCIO IGUAÇU - CURITIBA - PR. SEDE DO GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ - BRASIL
Primeira parte de duas partes março de 2023
EM HOMENAGEM À CIDADE DE CURITIBA QUE FAZ 330 ANOS NESTA SEMANA
Antes da pandemia de covid 19 eu integrava o grupo de alunos
do curso de Patrimônio Histórico do Paraná que é oferecido pelo Solar do
Rosário aqui em Curitiba.
É uma das formas de integração com a comunidade e de
conhecer um pouco mais a história da cidade e do estado.
A visita foi agendada pelo Solar do Rosário e fomos num
grupo de alunos no dia marcado. Fomos
recepcionados pela guia Cibeli que integra o corpo funcional do Palácio Iguaçu,
sede do governo estadual do Paraná.
A visita foi no dia 17 de abril de 2019. Agora, nos dias que a cidade de Curitiba
está comemorando seus 330 anos, resolvi passar para o Word e postar aqui como
uma singela homenagem à cidade que nos acolheu e acolhe há dez anos onde viemos
para ficar mais pertinho das filhas e netinhos.
Começamos no térreo do palácio onde no canto direito tem uma
pequena capela. Esta foi feita por
pedido da dona Flora, esposa do governador de então, Bento Munhoz da
Rocha.
O Palácio Iguaçu foi construído para ser inaugurado no ano
do centenário da emancipação política do Paraná, esta que ocorreu no dia
19-12-1853. O Palácio seria inaugurado em 1953 no
centenário. A capela é de
aproximadamente 1954. Tem no altar uma
pequena imagem de Nossa Senhora do Rocio que também é a santa Padroeira do
Estado do Paraná.
A porta da capela foi doada por Portugal como uma homenagem
ao povo paranaense.
O prédio do palácio é moderno, amplo e bastante revestido de
vidro, com ampla visão para o entorno, no qual fica a Assembleia Legislativa, a
Prefeitura da cidade e vários outros prédios de instituições Públicas no
chamado Centro Cívico.
Nas paredes, quadros grandes de vários autores. Um dos quadros é de autoria de Euro Brandão e data de 1982. O tema da tela é a visita do Papa João Paulo
II ao Paraná. Vale relembrar que
neste estado é grande a colônia de poloneses e descendentes, sendo que João
Paulo II também era polonês.
À direita do quadro, roupas típicas polonesas, estas que
foram usadas pelos integrantes desta etnia quando o Papa nos visitou.
A cadeira na qual o Papa sentou está mostrada no palácio por
foto, já que foi incorporada como relíquia histórica e fica na Catedral de
Curitiba, esta dedicada a Nossa Senhora da Luz.
Voltando ao caso da capela dentro do Palácio, a guia informa
que toda quarta feira as 12 horas tem novena no local, aberto ao público. Os padres que rezam a novena (confirmar depois da pandemia se essa rotina
continua) são do Santuário da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
No pátio do fundo do Palácio há uma obra em concreto de
autoria do artista Miguel Rosa. No
piso, feito em concreto, um mapa do Paraná com seu relevo e os principais rios
e cidades demarcados no mapa. Os rios
teriam água corrente mas por questão de falta de manutenção, estavam sem água
corrente. Mas o leito deles é em cor
azul e fica demarcado no mapa.
Painel talhado na parede.
Autor: Humberto Cozzo e este seria o nome artístico do autor.
Escada em espiral ampla do palácio. Era o local clássico das fotos nos bailes
anuais de debutantes da alta sociedade regional nos aos 60-80. Realmente o ambiente é amplo e o teto é alto
e fica bem aconchegante.
Painel de madeira de tons marrons. Contém figuras de araucárias (o pinheiro nativo
paranaense) e a obra é do consagrado Poty Lazzarotto, curitibano que foi
renomado nas artes plásticas.
Tela com a imagem das Cataratas do Iguaçu. Obra do artista plástico Antonio Diogo da
Silva Parreira. Obra de 1920 executada
por ele em Paris e teria pintado as Cataratas como forma de matar a saudade da
região.
Quadro do cavaleiro e o público – representa a chegada a
Curitiba de Zacarias Gois de Vasconcellos, este que veio como emissário de Dom
Pedro II com a missão de escolher o local e instalar a sede do governo da nova
província do Paraná. Até 1853 o
Paraná era a chamada Quinta Comarca ligada à Província de São Paulo.
Zacarias Gois veio da capital Federal, Rio de Janeiro em
viagem de navio pois nesse tempo era o meio mais adequado ao transporte entre
esses dois pontos. Desembarcou em
Paranaguá e foi recebido com muita festa pois achavam que ele escolheria aquela
cidade para ser a capital do Paraná.
Zacarias Gois acabou escolhendo Curitiba, numa visão mais
estratégica, buscando interiorizar a capital para facilitar o desenvolvimento
da província como um todo.
Zacarias Gois era um jovem advogado baiano, negro, do alto
escalão e de confiança de Dom Pedro II e já tinha determinado o local da
capital do Piauí para a qual usou também a visão estratégica, colocando a
capital na margem do Rio Parnaiba, por assim dizer, no centro do estado.
O quadro que simboliza a chegada de Zacarias Gois e sua
comitiva para implantar aqui em Curitiba a sede da província estaria
inacabado. Teria sido dado prazo de
dois anos para o artista concluir a obra e o prazo venceu e o quadro ainda
estava na fase perto do final, mas não acabada. O governo requisitou a obra mesmo
inacabada e na disputa com o autor, este entregou a obra sem a assinatura de
praxe e assim ficou. O artista era
Arthur Nísio (1906-1974). O quadro foi
pintado entre 1950 e 1953.
Curitiba fica distante ao redor de 115 km de Paranaguá e no
trecho tem a íngreme Serra do Mar. Na
época, antes de 1850, ele e comitiva demoraram quinze dias para percorrer de
Paranaguá a Curitiba.
Parte final será publicada amanhã, segunda feira, 27-03-2023
quinta-feira, 23 de março de 2023
PARTE FINAL - VISITA GUIADA AO TEATRO GUAIRA - CURITIBA - PARANÁ - BRASIL (2/2)
Ney Braga, lapeano, teria regulamentado a profissão de ator.
A Escola de Dança ligada ao Teatro Guaira é de 1959.
O Paraná era celeiro de teatro na fase 1950-1970. O ator Ari Fontoura é um desses
destaques. Os atores Paulo Goulart e
Nicete Bruno atuaram por tempos aqui em Curitiba.
A primeira montagem nacional da pela A Megera Domada foi
feita em Curitiba, cidade que foi destaque de criação de peças teatrais e de
danças.
Relembrando, o Teatro Guaira, após o incêndio de 1969, foi
restaurado e reinaugurado em 1974.
A região da Praça Santos Andrade onde fica o Teatro Guaira
no passado remoto foi um lugar alagadiço.
Aterraram e sanearam o local.
Hoje por lá fica o prédio histórico da UFPr Universidade Federal do Paraná.
No entorno desta praça surgiram bons prédios a partir dos
anos 50, mas pelo costume da época, poucos automóveis, os apartamentos não tem
garagem.
Atualmente 90% da área do prédio histórico da UFPr é espaço
cultural.
Ao lado tem o prédio do Correio que é no estilo Art Decô.
Já o calçadão (Rua das Flores, Rua XV de Novembro) foi o
primeiro calçadão do Brasil. Criado
pela equipe do então jovem arquiteto Jaime Lerner. Este que foi indicado por via indireta para
prefeito de Curitiba nos anos 70.
Jaime Lerner, então prefeito, ao buscar revitalizar o centro
de Curitiba notou que na Rua XV de Novembro o comércio local encheu de placas
de propaganda nas fachadas de muitos prédios históricos. A prefeitura determinou que as placas
fossem retiradas dentro do contexto de formar o calçadão e a rua ficar
conhecida como Rua das Flores.
A atitude foi muito mal recebida pelos comerciantes que não
atenderam à determinação. Certa noite
uma equipe da prefeitura fez uma limpeza das fachadas, tirando todas as
placas. E assim ficou.
A proposta da prefeitura (Lerner era Arquiteto Urbanista)
era transformar um espaço decadente, reabilitando-o com arte e destacando a
arte das fachadas da Rua XV que no trecho passou a ser só para pedestres.
Após o incêndio (1969), o Teatro Guaira passou a ter cortina
à prova de fogo. Há em certos espaços
internos do grande auditório, revestimentos em madeira que ajuda na acústica.
O Sr Áldice disse que ele é fã do estilo barroco, mas gosta
da leveza do modernismo na arquitetura.
Consta que a grande cortina do T. Guaira tem desenhada obra
do Poty Lazzarotto e é acessível inclusive por busca no Google.
Disse o guia que há muita visita guiada, mediante
agendamento, ao Teatro Guaira, principalmente por alunos de Arquitetura e
afins.
Atualmente (2019) o T. Guaira não tem maestro fixo. Atua com maestro convidado quando das
apresentações da Orquestra Paranaense.
O Grande auditório do T. Guaira comporta 2.500 pessoas entre
plateia, mezzanino e galerias.
Em 1974, o lapeano Ney Braga foi secretário da cultura e
depois foi governador do estado por indicação do governo federal nos anos 70.
Nos anos 60-70 Curitiba tinha um renomado estilista de moda,
Ney Souza, natural da Lapa-PR. Nesse
tempo estavam em voga os desfiles da alta costura no Copacabana Palace no Rio
de Janeiro e o ícone dos estilistas de então era Clovis Bornai.
Consta que a cidade da Lapa-PR teria um projeto de construir
um museu para abrigar peças criadas pelo estilista Ney Souza.
Quanto àquele pinhão estilizado que tem desenhado inclusive
no calçadão da Rua XV (Rua das Flores) teria sido criado pelo artista plástico
escultor João Turin. Dele também são
umas esculturas em bronze espalhadas pela cidade. Uma perto do Palácio Iguaçu, outra no caminho
para Santa Felicidade.
Este é o resumo que anotei quando da visita e que agora
passei para o Word e estou compartilhando.
Depois virão fotos com legendas.
orlando_lisboa@terra.com.br
quarta-feira, 22 de março de 2023
VISITA GUIADA AO TEATRO GUAIRA - CURITIBA - PARANÁ - BRASIL - 2019
Data da visita:
12-09-06-2019 - Editado no blog dia 22-03-2023
Promoção do nosso curso (eu como aluno) de Patrimônio
Histórico do Paraná pelo Solar do
Rosário - Visita pré agendada.
Guia do Teatro que nos mostrou o Teatro e discorreu sobre o
mesmo: o Sr Aldice, integrante da equipe do próprio teatro.
Estou editando agora em março de 2023 e sempre me referindo
a dados de 2019 quando ocorreu a visita.
O Teatro Guaira tem três auditórios. Um prédio inovador para sua época, feito em
concreto armado.
Há Orquestra há 34 anos e são atualmente 128 músicos.
Há corpo de baile do Teatro Guaira há cinquenta anos.
Na ocasião, o corpo de baile estava se apresentando no
interior do Paraná.
Escola de dança.
Curso com duração de nove anos.
As crianças costumam iniciar na dança por volta dos dez anos de
idade. Bailarinos com idade ao redor dos
quarenta anos já estão meio “maduros” para a atividade que requer muito do
físico.
Quanto às bailarinas, quando estão acima dos trinta de
idade, já sentem alguma limitação para atuar em alta performance. Sempre há exceções tanto no caso de
bailarinos quanto de bailarinas no quesito idade.
O Teatro Guaira tem dois grupos de dança. O Ballet Guaira e o G2, este com os mais
experientes por assim dizer.
Ao todo o Teatro Guaira tem trezentos funcionários, aí
incluídos dançarinos, músicos, técnicos e pessoal administrativo.
No tempo que o advogado Renê A. Dotti foi Secretário de
governo, ele conseguiu um prédio no centro histórico de Curitiba onde se
instalou o Teatro Zé Maria.
Em 1884 Curitiba tinha outro teatro, que depois fechou. Na cidade foi reinaugurado um teatro em
1900. Era no local onde atualmente
temos a Biblioteca Pública do Paraná que fica no centro de Curitiba.
O teatro acima citado foi demolido em 1930. O prédio já estava em mau estado. Era o Teatro São Teodoro.
Curitiba ficou um tempo sem teatro. O governador Moises Lupion lançou o edital
para o novo teatro. Isto próximo ao
centenário do Paraná.
Foram apresentados três projetos com autores sob pseudônimo
por conta de norma de concorrência pública.
No decorrer do tempo, assume o governo do estado, Bento Munhoz da Rocha
e este decide rever os projetos.
Quer realizar obras inclusive para comemoração do centenário
do Paraná, que ocorreu em 1953.
Escolheu o projeto com estilo modernista, previsto para ser erguido em
concreto armado, algo raro para a época.
O projeto escolhido era de autoria de um jovem arquiteto de
23 anos de idade, paulista de Botucatu, Rubens Meister.
A obra alta e grandiosa requeria uso de guindastes e no
Paraná não havia e trouxeram da Alemanha.
O guindaste e também um operador treinado. Isto em 1950.
Nessa época era bem renomado o arquiteto paranaense Vilanova
Artigas, graduado na USP. Este que
dentre outras, projetou o prédio da FAU Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
USP. Também dele o projeto da
rodoviária “antiga” de Londrina, já que a atual, circular, é bem mais recente.
Chegou o ano de 1953, do centenário do Paraná, e o Teatro
Guaira estava semi pronto mas havia acabamentos a fazer. Mesmo assim montaram programação cultural e
realizaram no contexto do Centenário no prédio em fase de acabamento.
O Teatro Guaira ficou pronto em 1954. Em 1969 foi destruído por um incêndio ao
ponto de desmoronar. Em seguida veio a
árdua e demorada obra de reconstrução que ficou pronta em 1974. Tempo do Presidente Ernesto Geisel e do
governador Ney Braga.
Continua no capítulo final
(amanhã – quinta feira)
quinta-feira, 16 de março de 2023
Capítulo final 02/02 - fichamento do livro de poesias: CABEÇA DE MEDUSA - autor: Poeta LAU SIQUEIRA - 2022
Capitulo 02/02 (final) março de 2023
Poesia: “Segue o
Baile” (na íntegra)
“Quinhentas mil vidas
Não é nada. Multiplica
Por vinte parentes
E amigos cada.
No Brasil parece nada
Tudo parece nada.
Se não dói,
Não desagrada.
Devagar com o andor.
A vida sobe de escada
A morte, de elevador.”
Outra poesia: “O alto preço da fome”
(ao se referir aos do poder...):
“Não valem o prato que
falta
Na mesa de quem não tem.”
... “a fome é osso duro
Dos que não podem
Roer as sobras”...
“... onde a ostentação é
um roubo
E a miséria é a roupa
velha
De quem não sabe o quanto
Foi roubado”.
Poesia: “Sobre Viventes”
“Um ano velho passou
voando,...
“Estilhaços pretéritos
E cacos de futuro”. ...
Vivemos no tempo...
Da verdade seletiva”...
Poesia : “Emboscada”
... “Não perco de vista
O que me cortou
As asas
E me exige voar”.
Poesia: “Colheita”
...”fruto desajustado
Tristeza sem nome
Que minha sede
Mate sua fome.”
Página 74 – Uma bela poesia
em homenagem ao craque Ademir da Guia, um ícone dos jogadores do Palmeiras do
passado.
77 – cita na poesia o artista plástico paraibano Abelardo da
Hora.
Poesia:
“Certeza absoluta
Na mão do maestro
Começa na batuta”.
Poesia:
“Poeminha Zen Vergonha”
... “das coisas que não
digo
Sobre alguma verdade
Dialogando comigo”.
Poesia: “Sem beiras”
“Viver é um vento
Soprando cada vez
Mais forte...”
Poesia: “Trapiche”
(sobre incêndio na favela)
...”saudades
Do dia anterior
Até os cururus da maré
Coaxavam em chororô.
........
“sobrou nada
Sobre nada.”
Poesia : “Borralho”
...”acaricio
A tristeza
Aos murros”.
Poesia que encerra o
livro de 100 páginas:
“Silêncio Total
Apaguei a lua
Mano, foi mal”
Fim. Março de 2023