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sábado, 25 de novembro de 2023

CAP.01/04 - fichamento do livro - BIOGRAFIA DE CLARICE LISPECTOR - Autor: BENJAMIN MOSER (reedição aqui no blog)

 Editei neste blog entre 30-08-2014 e 29-09-2014 originalmente o fichamento desta biografia.   

 Como leitor franco atirador, um dia me chega às mãos  o livro biográfico "Clarice" de autoria de Benjamin Moser e tradução de José Geraldo Couto.  Obra da editora Cosacnaify, com 647 páginas.

     O livro é de uma riqueza de dados impressionante, não só da controversa Clarice, mas no retrato que o autor traça sobre a política brasileira, a Europa das primeiras décadas do século passado, a questão do povo judeu na Europa, as Guerras e muito mais.    

     Tendo o hábito de ler com papel e lápis do lado, anotando aquilo que mais me chama a atenção, percebi que no caso desta obra, dá para fazer até uma separata por assunto, como Política brasileira nos anos 20, aspectos da Geopolítica nos tempos das Guerras Mundiais,  aspectos da Diplomacia brasileira nos anos 20, aspectos do Jornalismo no Brasil e no front de batalha na Europa e por aí segue.

     Para esta primeira parte, já que a protagonista é a Clarice, resolvi destacar frases e citações que mostram um pouco do modo de pensar dela.      Ela no Cairo, esposa de diplomata, em frente à esfinge e o mito do "me decifra senão te devoro".     Ela teria dito após "encarar" a esfinge:  "Não a decifrei.. mas ela também não me decifrou".  (p12)

     Frase de Drummond sobre sua amiga Clarice:  "Veio de um mistério e partiu para outro"   (p.14)

     Ela por ela mesma:  "Sou tão misteriosa que não me entendo"   (p.15)

     Idem:   "Eu sou vós mesmos"   (p.17)

     Idem:   Dela que nasceu na Ucrânia e veio bem novinha para o Brasil:  "Eu pertenço ao Brasil"  (p.23)

     Consta que ela na juventude chegava a ler um livro por dia.   (p.126)    A literatura de Herman Hesse teria influenciado um pouco a pessoa e a obra de Clarice.    (p.127)

     Clarice, se referindo ao suicídio de Virginia Wolf:         "... não quero perdoar o fato de ela ter se suicidado.   O horrível dever é ir até o fim".   (p.205)

     Sobre viver longe do Brasil e das pessoas amigas na Europa, acompanhando o esposo diplomata.    "O que importa na vida é estar junto de quem se gosta". (210)

     Ela, morando numa pequena cidade do interior da Europa.   "É preciso ser feliz para morar em uma cidade pequena, pois ela alarga a felicidade como alarga também a infelicidade" (251)

     Para finalizar o capítulo de hoje, parte de uma frase dela numa carta enviada da Europa:    "... somente até um certo ponto que a gente pode desistir de si própria e se dar  aos outros e às circunstâncias...".       (259).    Ela leu muito os filósofos...


(pretendo a cada dia publicar os três capítulos restantes).    Grato pela leitura.

CLARICE LISPECTOR - UMA DEVORADORA DE LIVROS

 

Tenho como hobby a leitura, como a maioria já sabe. Sempre ouvi falar dos livros da Clarice e ainda não tinha lido dela, a não ser algumas frases ou pequenos trechos.
Um dia por indicação das filhas, encarei a leitura de uma extensa biografia dela escrita por Benjamin Moser, traduzida para o português. Livro de mais de 600 páginas. Valeu a pena pois é puro conteúdo.
Dias atrás comecei ler dela, Perto do Coração Selvagem e estou gostando bastante. Dá para perceber que ela também, como já consta da biografia, era uma devoradora de livros. Lia compulsivamente e tinha afinidade com a filosofia.
Já produzi um dos estimados dez capítulos do fichamento deste livro dela. Em breve, pintará por aqui e no blog.
Por hoje, porque hoje é sábado, resolvi reeditar aqui o fichamento que fiz em 2014 em apenas quatro capítulos, a biografia dela. Informo que no blog elas estão na sequência nos dias 30-08-2014, 09-09, 18-09 e 29-09-14.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Cap. 5/5 - final - Fichamento do Ensaio ESQUERDA & DIREITA: Perspectivas para a liberdade - Autor: MURRAY ROTHBARD

 capítulo 5/5  (final)                resenha de novembro de 2023

 

         ... “E a educação, sob um disfarce ‘democrático´, tem se tornado um adestramento das massas com técnicas de adaptação à tarefa de ser uma peça na engrenagem da grande máquina burocrática”.

         ...”Republicanos e democratas continuam dividindo a tarefa de formar e apoiar esse estado de coisas...”   No que chamam de Metooism:  política de democratas e republicanos adotarem as mesmas práticas políticas dos concorrentes.  (inclusive em relação às guerras).

         ...” a velha ordem do despotismo, do feudalismo, da teocracia e do militarismo dominou, de uma maneira ou de outra, todas as civilizações humanas até o Ocidente do século XVIII, devemos ter ainda mais otimismo com relação ao homem e ao que ele pode fazer”.

         ...” apesar das recaídas reacionárias para o estatismo, o mundo moderno se mantém num nível muito superior ao que foi no passado”.

         ...”o desejo ardente pela liberdade, por terra para os camponeses, pela paz entre as nações e talvez acima de tudo, pela mobilidade social e pelo aumento do padrão de vida, que só podem ser dados pela civilização industrial”.

         “Só a liberdade e o livre mercado podem organizar e manter um sistema industrial...”      (observação prática do leitor:   A China tem outra forma de ser e de proceder que contraria essa fala e vem crescendo a economia e praticamente erradicando a pobreza).

         Dos livros que tenho lido, o de Thomas Piketty, economista que se declara não socialista, em seu livro O Capital no Século XXI coloca o resultado de quinze anos de pesquisa sobre três séculos da geração e distribuição de riqueza pelo mundo.   Mostra que o capitalismo gerou bastante riqueza mas tem agravado o problema de distribuição de renda.   Esse é um gargalo do qual o capitalismo não tem conseguido solução.   O autor projeta possíveis rumos de economia livre mas que tenha mecanismo que faça com que a distribuição da renda seja mais adequada para reduzir a miséria.

         Voltando ao Ensaio...    “em caso de estatismo...   “grandes desvios causam crise e colapso econômico.   Esta crise do estatismo se torna particularmente dramática e aguda em uma sociedade totalmente socialista”.

(diz isso em 1965 -  A China tem provado que esse conceito é questionável.

Inclusive a antiga URSS sob o regime socialista saiu praticamente da era medieval para a potência econômica e militar do século XX ao ponto de criar a polarização contra os USA.   Deixou de ser socialista nos anos 90.

         Ludwig von Mises que inclusive inspirou a criação do Instituto Mises, era um austríaco dedicado à Economia.   Era de uma corrente influente de economistas da chamada Escola Austríaca.

         Voltando ao ensaio em si:    ...”É verdade que os USA estão fazendo de tudo para deter o processo revolucionário que um dia livrou o país e a Europa ocidental dos grilhões da velha ordem, mas fica cada vez mais claro que até a força armada mais avassaladora não consegue suprimir o desejo das massas de entrar no mundo moderno”.

         Nos USA...  “existe uma efervescência crescente  (base 1965) e inspiradora entre os jovens americanos contra os grilhões da burocracia centralizada, a educação uniformizante de massas e a brutalidade e opressão perpetrados pelos lacaios do Estado”.

         Pelo lado positivo, o autor destaca para os USA:   “a manutenção de nível substancial de liberdade de expressão e formas de democracia”.

         A busca pela liberdade na ótica liberal.     “A questão não é simples, porque os libertários não enfrentam apenas um problema de educação, mas também de poder, e é uma lei da história que a classe dominante nunca abriu mão do poder voluntariamente”.

         No caso dos USA o autor indica... “   Que as palavras inspiradoras de Randolph Bourne também sirvam para guiar o espírito de liberdade.    A juventude é a encarnação da razão em oposição à rigidez da tradição.   Ela seria parte do caminho para se conquistar a liberdade.”

         “Ela, a juventude, tira os esqueletos do armário e insiste em que se deve explica-los.   Não é à toa que a geração mais velha teme e desconfia dos mais jovens”.

         “Nossos velhos estão sempre otimistas com o presente, pessimistas com o futuro; os jovens são pessimistas com relação ao presente e tem uma esperança gloriosa com o futuro.   É essa esperança a alavanca para o progresso.”

         “O segredo da vida é então que nunca se deve perder esse belo espírito de jovem”.                          FIM.


OBS:   Os acessos ao blog amador aqui estão bastante animadores.   São ao redor de 1.500 acessos por mês nestes tempos.    O blog tem nove anos e está com ao redor de 160.000 acessos.   Ao longo do tempo, ao redor de 85% dos acessos tem ocorrido nos USA.    Agradecimento a todos os que tem prestigiado o blog que é amador e sem fins lucrativos.                      resenhaorlando@gmail.com.br      zap 41 999172552

Toda manifestação será bem-vinda sempre.    Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida - Curitiba - Paraná - Brasil

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

CAP. 4/5 - fichamento do Ensaio - ESQUERDA & DIREITA: Perspectivas para a liberdade - Autor MURRAY ROTHBARD

 capítulo 4/5                (amanhã, dia 21-11,  publico o capítulo final)

 

         No contexto do Programa New Deal, um planejamento centralizado da economia para fazer frente às demandas do esforço de guerra.

         O Estado (USA) centralizava a economia, reforçava grandes corporações, ditava diretrizes para o emprego e salários etc.

         “Este programa, que privilegiava o interesse de várias empresas no ápice da empreitada coletivista, não evocava de modo algum o socialismo ou o esquerdismo; não havia  nada nele que lembrasse o ideário igualitário ou proletário”.     “Não tinha parentesco com o socialismo-comunisto, mas com o fascismo...”

         “E Willian Howard Taff, Woodrow Wilson e Herbert Clark Hoover, certamente se assemelhavam mais a proto-fascistas do que a cripto-comunistas”.      (três presidentes americanos da época)

         ...      “Em 1934, o teórico leninista britânico R.Palme Dutt publicou uma breve, mas mordaz análise do Plano New Deal como social-fascismo – como o fascismo real coberto com uma fina camada de demagogia populista”.

         “O Plano de Roosevelt (N.Deal) era, escreveu Dutt, uma forma de ditadura baseada na guerra”.    ...”baixa faixa salarial...”

         ... “regulação e exploração do trabalho por meio de salários afixados pelo governo e arbitragem compulsória...”

         ...”um editor da respeitabilíssima revista Current History (1933):  “A nova América não será capitalista no velho sentido, nem será socialista.   Se a tendência do momento segue o rumo do fascismo, será um fascismo americano, incorporando a experiência, as tradições e a esperança de uma grande nação de classe média”.

         No período progressista (1900-1916), houve um fluxo de competitividade do setor indústria nos USA e   ....”as empresas recorreram, crescentemente, a partir da primeira década do século XX ao governo federal em busca de socorro e proteção.”

         Socorro que reforçou os monopólios privados.

         (neste livro editado em 1965...)

         “Tanto a direita quanto a esquerda tem sido sucessivamente enganadas pela noção de que a intervenção do governo é, ipso facto, esquerdista e contra a empresa”.   “Daí vem a mitologia do New Deal igualitário e vermelho, endêmica na direita”.     (página 60 desta edição do Ensaio)  Editora Vide Editorial

         ...”na segunda metade dos anos trinta, o governo Roosevelt reforçou sua aliança com os grandes empresários com uma economia baseada na defesa nacional e na indústria bélica, que começou nos anos quarenta.”

         “Essa economia e essa política vem imperando nos USA desde então, materializadas numa economia de guerra...”  ...”dos dias de hoje”.

         ...”As tendências até se intensificaram, e até na vida cotidiana, os homens tem se encaixado cada vez mais no modelo de homem organizacional, servindo ao estado e seu complexo industrial bélico”.

        

                   Próximo capítulo 5/5  (final)

sábado, 18 de novembro de 2023

CAP. 3/5- fichamento do Ensaio - ESQUERDA & DIREITA: Perspectivas para a liberdade - Autor: MURRAY ROTHBARD

 

capitulo 3/5                        leitura em novembro de 2023

 

         O autor cita o pensador Lorde Acton (1834-1902).  Segundo Acton, “o liberalismo deseja que deveria ser, sem considerar o que é”.

         Analisando o pensamento dele, “se chegou ao primeiro conceito de revolução permanente”.

         Um dos fatores de queda da teoria liberal.   “Ela via erroneamente a história e a sociedade pela lente cor de rosa, pacifista da lentíssima e gradual evolução social.   Ignorando o fato primordial de que uma casta dominante jamais abriu mão de seu poder voluntariamente...   e que portanto, o liberalismo se defronta com o “coletivismo crescente  de fins do século XIX”.

         Nessa época...   “renegou o direito de ignorar o Estado.”

         Na Inglaterra os liberais eram chamados de Whigs.    (acreditavam que o Congresso deveria ter mais poder que o presidente nos fins do século XIX)

         Nos USA não houve o regime feudal, a não ser no sul do país, mais agrário e escravocrata.

         ... ser contra a velha ordem...   “Um novo movimento preencheu esta lacuna, esse vácuo criado pelo esmorecimento do liberalismo radical:   o socialismo.”

         “Os libertários estão acostumados a pensar no socialismo como o polo oposto de sua doutrina.   Mas este é um erro grave responsável por uma séria desorientação ideológica para libertários no mundo atual”.   (1965)

         Fala do “imperialismo social” que Joseph Schumpeter   “definiu como um imperialismo em que os empresários e outros elementos seduzem os trabalhadores por meio de concessões ligadas ao bem estar social...

         (quem sabe seria algo como uma social democracia...digo como leitor)

         Nota do leitor:    difícil resumir Ensaio acadêmico que cita muitos conceitos complexos e que fazem parte do contexto.

         “O campo de Lênin estava mais à esquerda do que o de Marx e de Engels.”

         “Nos últimos anos (base 1965), os rachas no mundo leninista deram evidência a uma tendência ainda mais esquerdista:   a dos chineses.”

         “Tendo praticamente abandonado a ênfase clássica do marxismo na classe trabalhadora, os maoistas direcionaram os esforços leninistas para a derrubada dos bastiões da velha ordem do mundo moderno”.   Contra o sistema feudal ou semi-feudal da propriedade das terras e contra o imperialismo ocidental”.

         ...  “Pois o comunismo era um movimento revolucionário genuíno que destituiu e destruiu implacavelmente as velhas elites dominantes, enquanto, o fascismo, ao contrário, cristalizou as velhas classes dominantes no poder.”

         “Logo, o fascismo era um movimento contra-revolucionário”.

         “Foi por esta razão que o fascismo se tornou atraente (o que nunca aconteceu com o comunismo) para o interesse de grandes empresas no ocidente – de maneira aberta e desavergonhada nos anos 20 e 30.”

         O caso dos USA   (página 46 desta edição de 83 páginas)

         “Aqui encontramos um mito...  sendo propagado por conservadores e adotado pela maioria dos liberais americanos”.

         Nos tempos do governo Roosevelt, enxergam simpatia deste pelo comunismo....   “Assim nasce a  tentação do anticomunismo que persegue alguns libertários, pois, como eles acham que os USA caminham inexoravelmente para políticas de esquerda, rumo ao socialismo...”

         (o autor editou este texto em 1965)

         Mais um lembrete deste leitor:    Em 1965 os USA estavam a pleno vapor na guerra sangrenta contra o Vietnã, combatendo o comunismo... e perderam essa guerra.

        

         Continua no capítulo 4/5

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

CAP. 2/5 - fichamento do livro (Ensaio) - ESQUERDA & DIREITA: Perspectivas para a liberdade - Autor: MURRAY ROTHBARD

                             leitura de novembro de 2023

A pergunta que não gostamos de responder – e sequer formular – quando negamos esses “direitos” aos nossos semelhantes é:   Quem irá impor esses limites?

         Quem irá fazer cumprir a manutenção dos “bons costumes”?

         Cita a pensadora Camile Piglia como anárquica e libertária.

         “Ficou perdido?  Pois é.   Eis o que a ideologia faz com as nossas cabeças.”

         ...”o conservador é, antes de tudo, um pessimista!  E que esse pessimismo o leva a optar por aquilo que lhe é mais seguro, mais sólido.”

         ...”nossa existência, frágil por natureza...

         “A grande exortação desta publicação é apresentar a conservadores e liberais um modelo mais consistente de entendermos as mudanças.

         ...”desafio para se pensar... àqueles que se preocupam com o próximo”.

        

         Agora é a fala do autor do livro em si

         Há tempos o conservador tem se caracterizado pelo pessimismo com questões de longo prazo.    ... acha que os USA rumam  (em 1965) para a esquerda e os demais países, para o comunismo...

         ... leva o país a apelar para conflitos desesperados com o comunismo...  obcecado pela desesperança com o futuro, o conservador se recusa a pensar e planejar algo para além das próximas eleições.   (tempos inclusive da Guerra no Vietnã).

         “O conservadorismo é apenas um sobrevivente em estado agonizante do antigo regime da era pré-industrial, e por isso, de fato, não tem futuro”.

         Nos USA  (1965 – data da publicação original do livro)     ...”A recente renovação conservadora oferece os últimos espasmos de um país irreversivelmente moribundo, de uma América fundamentalista, rural, provinciana, ango-saxonica e branca”.

         “Este texto defenderá  .... que a postura correta do libertário deve ser de um otimismo inabalável com o futuro”.

         Há lastro na História.   Antes do século XVIII o Ocidente, antes da Revolução Industrial, estava na velha ordem sob o feudalismo ou do despotismo oriental com povo sem esperança e fome.

         Ocupar e subjugar povos e usar o “direito divino” de governar em regime duro .   Coisa do passado.    A velha ordem era inimiga da liberdade.  Antes da Revolução liberal praticamente todos os povos eram governados em regime duro e sem liberdade.

         ...”foi o crescimento pacífico da economia de mercado que derrubou reinados e governos severos com o povo”.

         Revolução Industrial na economia e as revoluções na política.   Caso dos ingleses, franceses e americanos.

         Melhorou a liberdade individual.     Separação da Igreja do Estado ajudou nessa liberdade.

         Vem a chance da pessoa subir na escala social e ter esperança de um progresso crescente.   (página 23 das 80).

        

         Continua no capitulo 3    (serão ao redor de 5)

terça-feira, 14 de novembro de 2023

CAP. 1/5- fichamento do livro (ensaio) ESQUERDA & DIREITA: Perspectivas para a liberdade - Autor: MURRAY ROTHBARD

             Fala do que faz o prefácio:

 

                O autor do livro nasceu em1926 e faleceu em 1995.  Era americano.

         Este livro foi editado em 1965 e esta edição brasileira é de 2016

         Veremos que o tema ainda é bastante atual.      (novembro – 2023)

         A apresentação da atual edição é de Dionisius Amendola:

         “... a noção de liberdade nasce no seio do Ocidente.      ... a ideia de liberdade não possui qualquer valor universal, por mais que queiram nos enganar os ideólogos”.

         Diferente de outras ideias que tem valor universal como a honra, a coragem, a caridade...

         Ocidentais e origens greco-romanas ou judaico-cristã e a  ...”ilusória ideia de que podemos controlar algo mais do que a simples superfície do nosso planeta”.      Tentar ordenar e controlar as forças da natureza.

         No Oriente, ao contrário, há mais “submissão” às forças naturais.  

...  Um dos exemplos citados é a diferença de liberdades individuais da mulher no Ocidente em comparação com o Oriente.

         O conceito de liberdade dos franceses, diferente dos conceitos dos ingleses, dos americanos.

         “Hoje vivemos no Brasil uma situação única.   Discussões sobre os limites da liberdade caminham lado a lado com o ressurgimento de um pensamento de disposição conservadora”.

         Divergências nisso tendem a conflitos.     Por outro lado, o interessante seria a busca de tentar entender o outro.

         O autor deste livro nasceu nos USA em 1926 e foi um Economista.  Suas ideias “tiveram papel fundamental no desenvolvimento do movimento libertário moderno”.   Idealizou o que hoje chamamos de Anarco Capitalismo.

         “Sendo um grande crítico de intervenções internacionais, sejam elas militares, políticas ou econômicas”.   (tudo o que os USA praticam...)

         “Em 1982 ele ajudou a fundar o Instituto Ludwig von Mises para promover suas ideias políticas e econômicas”.     Viveu a primeira e a segunda guerra mundial.   Algo profundamente marcante em sua época.

         Anos 20 e os americanos conseguiram que o governo proibisse as bebidas alcoólicas.   A proibição fez florescer o crime organizado nos USA com altas rendas do comércio ilegal de bebidas alcoólicas.

         O autor também destaca e questiona nos USA o aumento do poder dos conservadores sobre o governo do país, buscando obter privilégios para si.

         No nosso regime militar brasileiro de 1964, conservadores (entre eles, Mario Henrique Simonsen e Roberto Campos) induziram o Estado a interferir na Economia privada, no campo social e no campo cultural.

         Nesses tempos de ditadura, os artistas foram exemplo dos que reagiram contra o regime e com jeito foram contornando as travas impostas pelo regime.

         Hoje em dia no mundo já é mais difícil o Estado conseguir essas distorções.

         Cita Brendan O’Neill, editor da revista Spicked onde fala das “...origens dessa obsessão não estão no pensamento da esquerda, mas pelo contrário, advém da visão conservadora de que alguns tópicos ou assuntos precisam necessariamente de limites.   Casamento gay, aborto, pedofilia, manipulação genética etc.    Temas polêmicos...

         ...”atiçam a nossa tendência ao despotismo, ao controle do outro para agradar nosso ditador interior, que prefere moralismos a indivíduos”.

        

         .... continua no capítulo 2/5  

 (acima ainda é a fala do prefaciador desta obra)