Continua no capítulo 4
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sexta-feira, 12 de abril de 2024
fichamento do livro - cap. 3 - (RE) APROPRIANDO-SE DE SEUS CORPOS - TEMA DO ABORTO - Autora Advogada e Professora - EMMANUELLA DENORA
quarta-feira, 10 de abril de 2024
FICHAMENTO DO LIVRO – (RE) APROPRIANDO-SE DOS SEUS CORPOS - Cap 2 - Autora Advogada e Professora Universitária -EMMANUELLA DENORA
capítulo 2 abril de 2024
“Numa democracia é importante que exista a possibilidade de
discussão de pautas consideradas polêmicas.”
...restrição de direitos fundamentais ...”evitar-se que uma maioria abafe ou anule
direitos fundamentais de minorias”.
...”quando se fala sobre o aborto indubitavelmente se está pisando
em local sensível, revestido de dogmas de fé e tabus morais, mas que também
possui tutela jurídico-legal, e que portanto, passa a ser assunto de Estado”.
“O corpo social brasileiro tem uma resistência ao tema
aborto previsivelmente pela falta de debate e discussão”. “As vozes que ganham eco e que possuem
espaço significativo tendem a utilizar-se de argumentos de ordem do religioso e
da moral, sobretudo pela representatividade política que tais grupos ocupam nos
espaços de poder – Executivo, Legislativo e Judiciário.”
...”implica em responsabilização da mulher... se trata de uma decisão solitária das mulheres,
por vezes abandonadas por seus companheiros e familiares...”.
O que se constata cotidianamente... “pouca proteção trabalhista à mulher que se
torna mãe; ausência de creches e escolas em período integral; oportunidades diluídas
na carreira profissional da mulher...
faltam políticas públicas nesses casos”.
Na época da elaboração da nova Constituição (de 1988) a
questão do aborto não foi encarada de frente. ...”aborto e consequentemente o corpo da
mulher, passa a ter valor de escambo político e tendo finalidade de disputas de
poder em outras pautas por homens brancos, ricos, “autodeclarados heterossexuais”.
No nosso legislativo federal a presença da mulher é das mais
baixas em termos internacionais. Na
Câmara Federal entre 1991 e 2014, elas eram apenas 8%.
Na página 22 a
autora cita a PEC Projeto de Emenda à Constituição número 181/2015 que foi
apelidada de PEC Cavalo de Troia. Na
proposta original “busca aumentar a licença maternidade em caso de partos
prematuros, o que seria um avanço, mas inseriram no caput do artigo 5 da
Constituição a expressão “A inviolabilidade do direito à vida desde a concepção...”. Essa inserção na Constituição restringiu
mais o quesito do aborto. Foi um
retrocesso.
Nas eleições o conservadorismo sabendo
que defender certas pautas de costumes traz votos dos religiosos em grande
escala, usam o mote do aborto (ser contra) para ganhar votos.
Nos embates eleitorais, sabedores que a
tal pauta dos costumes define votos, até a grande imprensa tem feito sua parte
no jogo de colocar a pauta de costumes em primeiro plano, deixando outros
relevantes temas de lado.
...”enquadrando o aborto como questão
moral e não possibilitando o debate como questão de direito...”
A imprensa seguidamente dando amplo
destaque às falas dos líderes religiosos, distorcendo a questão. (Como leitor, lembrando que há donos de
emissoras de TV aberta que são pastores inclusive).
...”a seletividade midiática
estabeleceu uma agenda política conservadora...”
Estudos sobre o número de
pronunciamentos na Câmara Federal sobre o aborto vem tendo uma crescente onda
de discursos contra o aborto. Em 1991
ocorreram 39% dos discursos a favor do aborto legal, mas foi caindo esse
percentual de forma significativa. O
percentual de discursos favoráveis caiu a zero em 2013 e 2014.
1.1 Mas o que é, afinal, o aborto?
“Aborto,
tecnicamente, seria o resultado do abortamento sendo este o ato em si – de interrupção
natural ou não – da gestação antes do desenvolvimento embrionário e/ou fetal
completo”...
Continua
no capítulo 3
segunda-feira, 8 de abril de 2024
FICHAMENTO DO LIVRO – (RE) APROPRIANDO-SE DOS SEUS CORPOS - Cap 1 - Autora Advogada EMMANUELLA DENORA
CAP 1
Sub título: Direito das Mulheres ao aborto seguro e à
dignidade reprodutiva.
Autora: Emmanuella
Denora - Advogada Criminalista,
doutoranda na área dela no Direito.
Editora: Lumen Juris – Rio de Janeiro – 2018 - 220 páginas
O livro tem na introdução as palavras do Professor Dr
Fernando de Brito Alves integrante da UENP
Universidade Estadual do Norte do Paraná, campus de Jacarezinho-PR
Trechos da fala do professor: ...”Outra frente de batalha do direito das
mulheres foi o socialismo feminista que acreditava na revolução socialista como
meio de libertação da mulher”.
...”O que importa é que o capitalismo passou a ser
identificado como a principal causa da opressão. As socialistas alemãs defendiam o direito de
voto desde 1895 e foram apoiadas pela Internacional Socialista das Mulheres em
1910 que além disso defendia a isonomia
salarial, o seguro maternidade, e proclamou o dia 8 de março como Dia
Internacional da Mulher.”
...”Em ato de coragem, Emmanuella Denora avança na discussão
da pauta do aborto muito além da discussão mainstream de que se trata de um
problema de saúde pública, para lançar luzes na questão a partir da perspectiva
da liberdade. E liberdade sobre o
próprio corpo que sempre sobrou para os homens, às mulheres ainda hoje é negada”.
Segue a Apresentação da Professora Fernanda Martins,
Doutoranda em Ciências Criminais da PUC Rio Grande do Sul.
...”uma potente pesquisa, arriscando-se sem medo a discutir
as políticas de criminalização do aborto no Brasil, Emmanuella se compromete a
pensar a liberdade reprodutiva, tema central das agendas feministas e das lutas
por direitos das mulheres, como estratégia radical de reapropriação de corpos, de emancipação e de
reafirmação de cidadania.”
Introdução da autora deste livro
...”Este texto propõe uma discussão técnica que deve ser
tratada de modo igualmente técnico...”
...”sua descriminalização diante de uma percepção
fática: as mulheres abortam independentemente
de haver uma legislação proibitiva penal; e tais abortos realizados à margem da legislação
acarretam sequelas (físicas, psicológicas, jurídicas, familiares, sociais... na
vida dessas mulheres.”
“Desde essa premissa social constatada, busca-se uma
resposta judicial adequada através de uma visão inclusiva e democrática de
intervenção mínima estatal nas liberdades individuais, sobretudo pelo uso do
Direito Penal como meio...”
Obstáculos. Vivemos
numa sociedade cuja normatividade é patriarcal.
Há a agravante da falta de consenso sobre “quando (e como) deve-se
iniciar a tutela jurídica da vida...”
...”No segundo capítulo, situou-se a localização histórica
da mulher na sociedade ocidental, primeiro como sujeito negado, posteriormente
esquecido e mais recentemente secundarizado...”
“Objetiva-se, portanto, através desse, contribuir para uma
discussão racional e comprometida com a democracia e a inclusão de temas tão
caros às mulheres na pauta de discussão política e jurídica”.
1 – Precisamos falar sobre aborto
“Os lugares mais quentes do inferno são destinados aos que,
em tempo de grandes crises, mantem-se neutros”. Dante Alighieri (por volta do ano 1300 dC)
“Numa democracia é importante que exista a possibilidade de
discussão de pautas consideradas polêmicas.”
Continua no capítulo 2 abril
de 2024
sexta-feira, 5 de abril de 2024
Fichamento 22/22 - do livro - O BRASIL NO ESPECTRO DE UMA GUERRA HÍBRIDA - autor Professor Dr Antropólogo - PIERO C. LEIRNER (UFSCar)
capítulo final 22/22
P.
284 -
Na estratégia de propaganda dessa direita... “Estes são etéreos: toda essa tática é fundamentada na ideia
de que eles visam um bem maior, moral, Deus, família etc. Por isso mesmo esse pessoal vai bater muito
na tecla do identitarismo, trata-se de jogar o adversário para a ideia de que
ele só quer representar grupos pequenos”.
“O
que fazer para minar essa tática é realmente um problemão.” O autor cita que depois que enviou essa
carta à campanha do Haddad, este o contratou para a equipe de campanha. O autor percebeu nos contatos com pessoal da
campanha do Haddad que estes tinham uma leitura quase primária
do agir do juiz Moro sobre as ligações dele com americanos, com a imprensa etc.
...
“É
preciso ter em mente aqui que a guerra híbrida opera, em um de seus pilares,
com a estratégia de abordagem indireta.
Não precisamos, e não devemos, procurar ver os militares no front”.
c) Dominação de Espectro Total (página 293)
O
INPE Instituto de Pesquisas Espaciais e o monitoramento das queimadas na Amazonia. O respeitado cientista que comandava o INPE
foi demitido por Bolsonaro porque este não gostou dos números de queimadas e
devastação da Amazonia. Retirou o cientista
Ricardo Galvão e substituiu ele por um militar.
Causou protestos no Brasil e no exterior.
Bolsonaro
e os generais do seu entorno no governo sabem que essa liberalidade dele com a
devastação da Amazonia é uma questão sensível nas relações internacionais.
“Bolsonaro
nem negou as queimadas, só se prontificou a produzir uma ´falsa flag´ culpando
ONGs por elas.”
Na
mesma semana, o escândalo de Alcântara no Maranhão promovido pelo governo
federal. O governo cedeu aos USA a
operação da nossa Base de Lançamento de Foguetes lá existente.
O
governo deixa as queimadas correrem solto na Amazonia e num jogo de cena cria
uma operação militar para mostrar que está agindo e que o Exército está agindo
do lado do bem.
Ocorre
o aumento das queimadas na Amazonia.
Demissão do presidente do INPE.
Cessão da base de Alcântara para os USA. Na semana seguinte, Bolsonaro ofende o
presidente da França Emmanuel Macron.
... alerta sobre novo decreto no governo Temer
que recriou o GSI e que passou meio despercebido do público. “Quando Temer recriou o GSI Gabinete de
Segurança Institucional, toda a área de inteligência e segurança do Estado
passou a ser centralizada pelo militar”.
Decreto
9.527 de 15-10-2018. Do
decreto... resultou no SIFRON Sistema de Controle de Fronteiras.
“Basicamente
agora cabe ao General Heleno o poder de analisar informações e tomar as
decisões sobre todos os aspectos que articulam o binômio segurança/ defesa do
Brasil”.
“O
decreto 9830/2019 que protege toda a burocracia militar contra possíveis atos
dolosos em ações de segurança...”
(livro
com Copyright de 2020)
Final
da leitura em si dia 20-03-2024
Blog
resenhaorlando blogspot.com.br
quinta-feira, 4 de abril de 2024
Fichamento 21/22 - do livro - O BRASIL NO ESPECTRO DE UMA GUERRA HÍBRIDA - autor Professor Dr Antropólogo - PIERO C. LEIRNER (UFSCar)
capítulo 21/22
Em
maio de 2017 Bolsonaro estava em terceira colocação nas pesquisas para
presidente. Em dezembro, ocupava a
segunda posição isolado, atrás de Lula.
...”a Lava-Jato acelerou os processos e prendeu Lula.”
No
dia que o STF ia votar o caso Lula, o General Villas Bôas tuitou algo que pesou
na decisão do STF contra Lula.
Depois
da eleição sem Lula, já preso, o general em entrevista à Folha de São Paulo de
11-11-2018 cita: (página 274) “Eu reconheço que houve um episódio em que
nós estivemos realmente no limite, que foi aquele tuite da véspera da votação
do STF da questão do Lula. Ali, nós
conscientemente trabalhamos sabendo que estávamos no limite”.
Justo
o general que dizia que defenderia a legalidade e ao mesmo tempo deixou as
portas abertas dos quarteis para a campanha política do Bolsonaro.
Na
página 275 do livro em pauta, um fax símile de um twitter do General Villas
Bôas agradecendo o desembargador do TRF-4 (RS), datado de 06-06-2018: “Em nome do Exército, agradeço ao
Desembargador Thompson Flores, Presidente do TRF-4 a acolhida do general
Geraldo Miotto, comandante do Comando Militar Sul, em visita àquele órgão do
poder judiciário. A sinergia de nossas
instituições fortalecerá o Brasil”.
(O
TRF-4 que julgou e tirou o Lula da candidatura e resultou na prisão do Lula)
Antes,
em abril de 2017, o Exército condecorou Moro na Semana do Exército .
... há menos de dois meses da eleição,
tomou posse no STF Dias Tófolli e, por indicação do general Villas Bôas,
Tófolli recebe como assessor especial o general Fernando Azevedo da Silva. (página 277).
Antes
das eleições de 2018 o governo do RJ agonizava.
Criaram a intervenção na Segurança Pública do Rio e isso mascarou os
problemas locais permitindo a continuidade do governador.
Nessa intervenção foi gasto 1 bilhão de reais
do governo federal em onze meses de ação dos militares que comandaram a
segurança pública do RJ. Fizeram isso
olhando o lado da política e não do povo em si.
Ao
fim da intervenção o Gal. Villas Bôas fez um balanço favorável do que teria
realizado a intervenção. Saudou
Bolsonaro eleito, os feitos de Sergio Moro “protagonista da cruzada contra a
corrupção em curso...”.
Página
280. B – As Eleições -
“Fundamentalmente, gostaria de expor alguns dos elementos que associam o
Exército ao jogo eleitoral”.
O
poderoso General Villas Bôas falando uma coisa e fazendo outra... “afirmou o tempo todo ao longo de 2018, que
nada tinha a ver com o processo eleitoral.
E como também vimos, foi o próprio Exército que produziu uma
galvanização de suas fileiras em direção a Bolsonaro”.
...”não
economizou no constante bombardeio semiótico o fogo contra Lula e o PT”.
Eleição
em outubro. “Lula foi preso em
07-04-2018, mas mesmo assim liderava nas pesquisas para presidente. Lula 31% e Bolsonaro 19%.
...”trata-se
de um só fio que uso aqui para exemplificar como uma sequência de fatos durante
as eleições transcorreu dentro de um processo de dissonância cognitiva...
provocada”.
A
campanha do Bolsonaro seguiu a estratégia das Operações Psicológicas muito
usadas pelas Forças Armadas norte-americanas em guerras do Iraque e do
Afeganistão. O manual do Human Terrain
Systems que envolve psicologia, linguística e antropologia.
Usaram
forte as redes sociais espalhando absurdos, mas que fizeram a cabeça das
pessoas. Diz o autor deste livro em
carta de alerta aos candidatos anti Bolsonaro:
“As teorias da guerra híbrida usam as redes sociais de comunicação
descentralizadas para desestabilizar nações e desestabilizar uma campanha
eleitoral de adversário é fichinha”.
Continua
no capítulo final 22/22
quarta-feira, 3 de abril de 2024
Fichamento 20/22 - do livro - O BRASIL NO ESPECTRO DE UMA GUERRA HÍBRIDA - autor Professor Dr Antropólogo - PIERO C. LEIRNER (UFSCar)
capítulo 20/22
O
general especialista em Operações Psicológicas, Álvaro de Souza Pinheiro,
atualmente serve no batalhão de Operações Psicológicas em Goiânia (perto do centro do poder político...) . Uma das frases dele: “A empatia transformou-se numa poderosa
arma. ...soldados ... treino para
obtenção do apoio da população...”
“Já
no começo da década de 2010 o Terreno Humano passa a ganhar peso nos currículos
do Exército brasileiro”. ... cita
inclusive a possibilidade de combates cibernéticos... “conquistar a opinião pública passa a ser o
objetivo em todos os níveis de planejamento”.
(pág. 266)
“Segundo o artigo citado acima, foi
estabelecida uma instrução do Estado-Maior do Exército, de 2012, que indica que
o Terreno Humano ganhou importância”.
Parte
dos artigos do guru do ramo, General Álvaro de Souza Pinheiro e outros de alta
patente podem ser lidos na internet no site defesanet.com.br
... o portal citado deu volume
ao tema da Guerra Híbrida e possui uma coluna dedicada à Guerra Híbrida.
O
site tem um gaúcho que consta como detentor do mesmo e o foco é no ramo militar. Tem até juristas e advogados que postam
artigos no mesmo.
...”tudo
aponta para o fato de que este site serve de porta-voz para os bombardeios
semióticos de um grupo de generais que ora estamos identificando como um consórcio
que está no centro da G.H - Guerra Híbrida, tanto em termos teóricos como
práticos”.
O
Gal. Villas Bôas já no tempo do governo Dilma, tinha discurso legalista mas na
prática agia de forma a fomentar a G.H., solapando o governo.
Em
2017, governo Dilma, perto do impeachment e a revista Veja entrevista Villas
Bôas. A pergunta: “O surgimento de um
líder populista neste momento é um risco?”.
Villas Bôas responde: - “Nitidamente
há um cansaço em relação ao politicamente correto. O perigo é surgir um líder falando determinadas
coisas politicamente incorretas, mas que correspondem ao inconformismo das
pessoas. Tivemos Trump nos USA e temos
aqui alguns no nosso país”.
O
General nega o apoio do Exército ao candidatável Bolsonaro só na fala. No mundo real se sabia que as portas dos
quarteis eram abertas para ele.
O
QG Quartel General do Exército fica em Brasília e tem o apelido popular de
Forte Apache.
O
governo Dilma tinha retirado força, via normas, das Forças Armadas, acabando
inclusive com o GSI Gabinete de Segurança Institucional. Claro que descontentou em muito os
militares.
Já
na fase do ocaso do governo dela, restituiu os poderes dos ministros militares
e recriou o GSI, mas já era tarde demais.
Página
271 - No governo Temer já
enfraquecido em 2017 inclusive por negociações dele com dirigente do Frigorífico
JBS (Joesley Batista) vazadas para a imprensa. (notar que espionaram um presidente e
vazaram à imprensa...)
...”todo
o grupo que articulou diretamente o impeachment acabou neutralizado
(descartado...): Eduardo Cunha que presidia a Câmara Federal, preso. Temer em ruinas. O PSDB pulverizado...”
Nesse
tempo a esquerda já está colocada na parede pela Lava-Jato... que a opção
anti-sistema começa se alavancar”.
Em
maio de 2017 Bolsonaro estava em terceira colocação nas pesquisas para
presidente. Em dezembro, ocupava a
segunda posição isolado, atrás de Lula.
...”a Lava-Jato acelerou os processos e prendeu Lula.”
No
dia que o STF ia votar o caso Lula, o General Villas Bôas tuitou algo que pesou
na decisão do STF contra Lula.
Continua
no capítulo 21/22
terça-feira, 2 de abril de 2024
Fichamento 19/22 - do livro - O BRASIL NO ESPECTRO DE UMA GUERRA HÍBRIDA - autor Professor Dr Antropólogo - PIERO C. LEIRNER (UFSCar)
capítulo 19/22
Sobre
o artigo de 2017 de Haddad: “...Bem
mais tarde eu soube que o Putin e Erdogan haviam telefonado para Dilma e Lula
com o propósito de alerta-los sobre essa
possibilidade (da revolução colorida no
Brasil nos moldes do que fizeram na Turquia etc) ...Tenho para mim que o impeachment de Dilma não ocorreria não
fossem as jornadas de junho”
Há vários estudos acadêmicos sobre as
passeatas de 2013 no Brasil inclusive citados no blog Duplo Expresso de Romulus
Maya e no blog cinegnose de Wilson Ferreira.
O autor cita livros também sobre o tema.
Página
257 do livro.
“A
pesquisadora Isabela Kalil identificou pelo menos 16 grupos diferentes que
atuavam nos protestos. ...ӎ um
processo de dissonância cognitiva e viés de informação”. Já sabemos que é disso
que trata uma Opsi (Operação Psicológica), afinal ninguém aqui está falando que
não houve rua. Nem que não houve
manifestação...”
Na
campanha Bolsonaro versus Haddad a direita lançou aquela do código binário
amigo-inimigo e o inimigo era Haddad e o PT, arrastando junto o tal comunismo,
militância etc.
...”O
aspecto simétrico da relação amigo-inimigo é central pois como se verá, parte
da eficácia do mecanismo populista advém da canibalização...” ...
bolsonaristas... quanto mais
percebemos absurdos que foram e estão sendo feitos, mais a base convertida
intensifica sua ligação com o consórcio bolsonarista”.
O
governo Bolsonaro ... “a coisa é feita
para ser assim. O governo da Guerra
Híbrida é o da contradição fabricada, da dissonância cognitiva e do viés de
confirmação, da guerra psicológica”.
(daí
o clima de ódio que eu percebia o tempo todo daquele governo que dava um motivo
atrás do outro para isso, infelizmente)
...”a
Operação Militar realizada envolveu três elementos conectados:
a – a camuflagem. “Ninguém
percebeu que havia militares agindo no sentido de provocar um conjunto de
dissonâncias”. Primeiramente esta ação
ocorreu no interior das próprias Forças Armadas, depois sincronizada com outros
poderes, especificamente o judiciário, finalmente adentrou a população,
camuflada no interior da campanha eleitoral.”
(página 261)
b
– Abordagem indireta ... os militares usando movimentos populares ou mesmo a
justiça...
c
– a criptografia ...
...
a preparação para as eleições. “Desde
2014 o Alto Comando dos militares franqueia o acesso de Bolsonaro aos
quarteis”. O Exército assume para
dentro que está em campanha política”.
Sai o General Enzo Peri e entra o General Villas Bôas para o Comando do
Exército.
...”abre
a brecha também para o Bolsonaro fazer campanha na Polícia Militar por todo o
Brasil”. O General Mourão vai para a
reserva no começo de 2018 e no discurso acena com a possibilidade de
intervenção militar no Brasil. Ele era
dos Paraquedistas no Rio de Janeiro.
“Do lado de fora dos quarteis foi evidente o acionamento de familiares
militares para fomentar grupos adeptos de intervenção militar, que atuavam como
célula avançada nas ruas”.
O
Gal Villas Bôas e Mourão são oriundos do RS. O Gal Alvaro de Souza Pinheiro
realçando a importância de se conhecer o “terreno humano”: “O conhecimento cultural tornou-se
imperativo porque é atualmente um poderoso multiplicador de forças. Significa muito mais que o mero conhecimento
de línguas. Consubstancia-se no
conhecimento histórico, costumes sociais e religiosos, valores e tradições.
Não raro, esse conhecimento se torna mais importante que o conhecimento
fisiográfico do terreno”. (para manobrar
o povo e dominar)
“A
empatia transformou-se numa poderosa arma.
...soldados ... treino para obtenção do apoio da população...”
Continua
no capítulo 20/22