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terça-feira, 2 de abril de 2024

Fichamento 19/22 - do livro - O BRASIL NO ESPECTRO DE UMA GUERRA HÍBRIDA - autor Professor Dr Antropólogo - PIERO C. LEIRNER (UFSCar)

 capítulo 19/22

         Sobre o artigo de 2017 de Haddad:    “...Bem mais tarde eu soube que o Putin e Erdogan haviam telefonado para Dilma e Lula com  o propósito de alerta-los sobre essa possibilidade  (da revolução colorida no Brasil nos moldes do que fizeram na Turquia etc) ...Tenho para mim que  o impeachment de Dilma não ocorreria não fossem as jornadas de junho”

          Há vários estudos acadêmicos sobre as passeatas de 2013 no Brasil inclusive citados no blog Duplo Expresso de Romulus Maya e no blog cinegnose de Wilson Ferreira.   O autor cita livros também sobre o tema.

         Página 257 do livro.

         “A pesquisadora Isabela Kalil identificou pelo menos 16 grupos diferentes que atuavam nos protestos.    ...”é um processo de dissonância cognitiva e viés de informação”. Já sabemos que é disso que trata uma Opsi (Operação Psicológica), afinal ninguém aqui está falando que não houve rua.  Nem que não houve manifestação...”

         Na campanha Bolsonaro versus Haddad a direita lançou aquela do código binário amigo-inimigo e o inimigo era Haddad e o PT, arrastando junto o tal comunismo, militância etc.

         ...”O aspecto simétrico da relação amigo-inimigo é central pois como se verá, parte da eficácia do mecanismo populista advém da canibalização...” ... bolsonaristas...    quanto mais percebemos absurdos que foram e estão sendo feitos, mais a base convertida intensifica sua ligação com o consórcio bolsonarista”.

         O governo Bolsonaro ...  “a coisa é feita para ser assim.   O governo da Guerra Híbrida é o da contradição fabricada, da dissonância cognitiva e do viés de confirmação, da guerra psicológica”.

         (daí o clima de ódio que eu percebia o tempo todo daquele governo que dava um motivo atrás do outro para isso, infelizmente)

         ...”a Operação Militar realizada envolveu três elementos conectados:

  a – a camuflagem.  “Ninguém percebeu que havia militares agindo no sentido de provocar um conjunto de dissonâncias”.  Primeiramente esta ação ocorreu no interior das próprias Forças Armadas, depois sincronizada com outros poderes, especificamente o judiciário, finalmente adentrou a população, camuflada no interior da campanha eleitoral.”  (página 261)

         b – Abordagem indireta ... os militares usando movimentos populares ou mesmo a justiça...

         c – a criptografia ...

         ... a preparação para as eleições.   “Desde 2014 o Alto Comando dos militares franqueia o acesso de Bolsonaro aos quarteis”.   O Exército assume para dentro que está em campanha política”.   Sai o General Enzo Peri e entra o General Villas Bôas para o Comando do Exército.

         ...”abre a brecha também para o Bolsonaro fazer campanha na Polícia Militar por todo o Brasil”.    O General Mourão vai para a reserva no começo de 2018 e no discurso acena com a possibilidade de intervenção militar no Brasil.  Ele era dos Paraquedistas no Rio de Janeiro.    “Do lado de fora dos quarteis foi evidente o acionamento de familiares militares para fomentar grupos adeptos de intervenção militar, que atuavam como célula avançada nas ruas”.

         O Gal Villas Bôas e Mourão são oriundos do RS. O Gal Alvaro de Souza Pinheiro realçando a importância de se conhecer o “terreno humano”:    “O conhecimento cultural tornou-se imperativo porque é atualmente um poderoso multiplicador de forças.   Significa muito mais que o mero conhecimento de línguas.  Consubstancia-se no conhecimento histórico, costumes sociais e religiosos, valores e  tradições.   Não raro, esse conhecimento se torna mais importante que o conhecimento fisiográfico do terreno”.   (para manobrar o povo e dominar)

         “A empatia transformou-se numa poderosa arma.     ...soldados ... treino para obtenção do apoio da população...”

 

         Continua no capítulo 20/22

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