capítulo 21/22
Em
maio de 2017 Bolsonaro estava em terceira colocação nas pesquisas para
presidente. Em dezembro, ocupava a
segunda posição isolado, atrás de Lula.
...”a Lava-Jato acelerou os processos e prendeu Lula.”
No
dia que o STF ia votar o caso Lula, o General Villas Bôas tuitou algo que pesou
na decisão do STF contra Lula.
Depois
da eleição sem Lula, já preso, o general em entrevista à Folha de São Paulo de
11-11-2018 cita: (página 274) “Eu reconheço que houve um episódio em que
nós estivemos realmente no limite, que foi aquele tuite da véspera da votação
do STF da questão do Lula. Ali, nós
conscientemente trabalhamos sabendo que estávamos no limite”.
Justo
o general que dizia que defenderia a legalidade e ao mesmo tempo deixou as
portas abertas dos quarteis para a campanha política do Bolsonaro.
Na
página 275 do livro em pauta, um fax símile de um twitter do General Villas
Bôas agradecendo o desembargador do TRF-4 (RS), datado de 06-06-2018: “Em nome do Exército, agradeço ao
Desembargador Thompson Flores, Presidente do TRF-4 a acolhida do general
Geraldo Miotto, comandante do Comando Militar Sul, em visita àquele órgão do
poder judiciário. A sinergia de nossas
instituições fortalecerá o Brasil”.
(O
TRF-4 que julgou e tirou o Lula da candidatura e resultou na prisão do Lula)
Antes,
em abril de 2017, o Exército condecorou Moro na Semana do Exército .
... há menos de dois meses da eleição,
tomou posse no STF Dias Tófolli e, por indicação do general Villas Bôas,
Tófolli recebe como assessor especial o general Fernando Azevedo da Silva. (página 277).
Antes
das eleições de 2018 o governo do RJ agonizava.
Criaram a intervenção na Segurança Pública do Rio e isso mascarou os
problemas locais permitindo a continuidade do governador.
Nessa intervenção foi gasto 1 bilhão de reais
do governo federal em onze meses de ação dos militares que comandaram a
segurança pública do RJ. Fizeram isso
olhando o lado da política e não do povo em si.
Ao
fim da intervenção o Gal. Villas Bôas fez um balanço favorável do que teria
realizado a intervenção. Saudou
Bolsonaro eleito, os feitos de Sergio Moro “protagonista da cruzada contra a
corrupção em curso...”.
Página
280. B – As Eleições -
“Fundamentalmente, gostaria de expor alguns dos elementos que associam o
Exército ao jogo eleitoral”.
O
poderoso General Villas Bôas falando uma coisa e fazendo outra... “afirmou o tempo todo ao longo de 2018, que
nada tinha a ver com o processo eleitoral.
E como também vimos, foi o próprio Exército que produziu uma
galvanização de suas fileiras em direção a Bolsonaro”.
...”não
economizou no constante bombardeio semiótico o fogo contra Lula e o PT”.
Eleição
em outubro. “Lula foi preso em
07-04-2018, mas mesmo assim liderava nas pesquisas para presidente. Lula 31% e Bolsonaro 19%.
...”trata-se
de um só fio que uso aqui para exemplificar como uma sequência de fatos durante
as eleições transcorreu dentro de um processo de dissonância cognitiva...
provocada”.
A
campanha do Bolsonaro seguiu a estratégia das Operações Psicológicas muito
usadas pelas Forças Armadas norte-americanas em guerras do Iraque e do
Afeganistão. O manual do Human Terrain
Systems que envolve psicologia, linguística e antropologia.
Usaram
forte as redes sociais espalhando absurdos, mas que fizeram a cabeça das
pessoas. Diz o autor deste livro em
carta de alerta aos candidatos anti Bolsonaro:
“As teorias da guerra híbrida usam as redes sociais de comunicação
descentralizadas para desestabilizar nações e desestabilizar uma campanha
eleitoral de adversário é fichinha”.
Continua
no capítulo final 22/22
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