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sábado, 11 de fevereiro de 2023

CAP. 12/20 - fichamento do livro - COMO AS DEMOCRACIAS MORREM - autores Profs.de Harvard - STEVEN & DANIEL - edição 2018 e no BR 2021

capítulo 12/20

         Capítulo 6 do livro – As Regras Não Escritas da Política dos USA

         Ano de 1933, um dos anos da Grande Depressão.  Ano da posse do presidente Roosevelt.   Ele assumiu pedindo regime de enfrentamento de guerras para ter mais poder para enfrentar a crise doméstica.

         Os juízes da Suprema Corte tiveram que agir para frear os exageros dele.     Ele lançou o New Deal, um plano para recuperar a economia do país, mas a Suprema Corte considerou inconstitucionais muitos dos dispositivos.

         A Constituição não definia o número de juízes.  Roosevelt em início do segundo mandato mudou a composição da Suprema Corte, aumentando os integrantes com pessoas por ele indicadas.

         Criou uma regra no caso.   Para cada juiz de mais de 70 anos, se autorizou a colocação de mais um juiz “até um tamanho máximo de quinze membros”.   Isto permitiu a ele nomear seis novos juízes.

         A consequência desse gesto heterodoxo, a reação foi a politização da Suprema Corte, o que não é adequado.

         ...”um presidente não deve minar outro poder coigual”.

         Muitos setores da sociedade se levantaram e até os integrantes do partido dele, o Democrata, agiram e derrubaram essas mudanças.     Assim funcionou o sistema de freios e contrapesos contra excessos do Executivo.

         No início da democracia norte americana, um partido queria liquidar o adversário como partido.    Depois de anos de embates, as coisas foram mudando para melhor.

         “A política de oposição total tinha se tornado a política de tolerância mútua”.   Mudança radical para melhor.

         Mais adiante, os USA se veem diante do desafio de acabar com a escravidão e novos embates políticos surgem.

         A década dos anos 1850 foi de intensos embates.    “Para os agricultores brancos do sul e seus aliados Democratas, o abolicionismo – uma causa associada ao novo Partido Republicano – significava uma ameaça existencial.”

         “A polarização sobre a escravidão despedaçou a ainda frágil tolerância mútua”.

         Permeou até no Congresso o embate e a violência.   “...foram 125 episódios de violência – incluindo facadas, surras e pistolas sacadas – no plenário da Câmara e do Senado entre 1830 e 1860.

         “A Guerra Civil despedaçou a democracia nos USA”.   Em 1864, um terço do país não praticou eleições.  Das 50 cadeiras no Senado, 32  ficaram vagas.    “Nessa guerra foram mortos mais de 600.000 norte americanos.”

         Foi lento o processo dos partidos voltarem a se aceitarem.

         “Só com muita relutância democratas e republicanos se aceitaram como rivais legítimos”.

         Em 1866, quando um democrata assumiu a presidência, o Congresso republicano reduziu o número de juízes da Suprema Corte de dez para sete membros, de modo a tirar poder do democrata.

         Após a Guerra Civil, precisou passar uma geração para os grupos políticos e o povo voltassem a se entender de forma razoável.

         Partidos se aceitando, seguiu a agenda econômica.   Em 1913 os USA conseguiram  aprovar a cobrança do Imposto de Renda Federal.  Em 1919 eles instituíram o direito de voto às mulheres.

         Participar em guerras fez crescer nos USA do pós guerra o poder da presidência.

         “Os presidentes dos USA do pós guerra controlavam a maior força militar do mundo”.   O país na atualidade tem meios do Executivo emitir vários tipos de normas com força de lei sem passar pelo Congresso.

         No passado o então presidente Washington com zelo, respeito aos demais poderes. Em oito anos de mandato, só vetou dois  projetos de lei do Congresso.   Ele também usou a prerrogativa de emitir decretos poucas vezes, sendo só oito vezes em oito anos.

         “Ao longo de sua vida, Washington observou que ganhou poder em função de sua prontidão a abrir mão dele”.

 

                   Continua no       cap  13/20 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

CAP. 11/20 - fichamento - livro - COMO AS DEMOCRACIAS MORREM - autores Professores de Harvard - STEVEN & DANIEL - Edição no BR em 2021

11/20

 

         “...as constituições escritas são fortalecidas por suas próprias regras não escritas...”    “E essas regras ou normas servem como grades flexíveis de proteção da democracia, impedindo que o dia-a-dia da competição política se transforme em luta livre”.

         “Os políticos que não respeitam as normas pagam o preço”.

         Uma norma nos USA: tolerância mútua:   “Enquanto nossos rivais jogarem pelas regras institucionais, nós aceitaremos que eles tenham direito igual de existir, competir pelo poder e governar”.

         “Podemos divergir, mas os aceitamos como legítimos”.

         “Tampouco os tratamos como traidores, subversivos ou desqualificados”.

         Outra forma de definir tolerância mútua:   “Disposição dos políticos de concordarem em discordar”.     ...”ser rivais em vez de inimigos”

         “Se encararmos nossos rivais como uma ameaça perigosa, temos muito a temer se eles forem eleitos”.

         Outra ferramenta para proteger a democracia:   “Reserva institucional”.     Comedimento no uso de ir buscar tudo nos tribunais.

         ...”pois tal ação pode pôr em risco o sistema existente.”

         Citou algo lá do passado medieval.  Reis tinham poder divino, praticamente sem limite.  Porém se exorbitassem, poderia até ser “legal”, mas seria visto como tirano e o povo repele isso.

         Os reis da Inglaterra legalmente (até a atualidade) podem escolher o primeiro ministro sem consultar ninguém.  Por outro lado, se formou uma tradição do Parlamento indicar um político escolhido e submeter à homologação do rei.

         Os americanos por muito tempo tinham presidentes que no máximo exerciam dois mandatos.  Isso virou norma não escrita e respeitada.    Só muito tempo depois isso mudou e se tornou algo da lei.

         “Em 1940, Roosevelt rompeu essa regra e em decorrência, os USA colocaram a trava de só dois mandatos consecutivos na constituição.”

         Exemplo de executivo não comedido.    Na Argentina, era raro o uso de decretos pelos presidentes.   De 1853 até 1989 ao todo foram 25 decretos.

         Já o presidente Carlos Menen não teve nada de comedido.   Num mandato emitiu 336 decretos do Executivo.

         Página 114 -   Nos anos 60, o chileno Salvador Allende, de tendência marxista é eleito e causou reação da direita, inclusive do Partido Nacional financiado pela CIA americana.

         “Durante a presidência de Allende houve uma erosão continuada  das normas democráticas”.    Desprovido de maioria legislativa, seu governo foi incapaz de implementar plenamente um programa socialista”.

         “A polarização pode destruir as normas democráticas.   Quando diferenças socioeconômicas, raciais e religiosas dão lugar ao sectarismo extremo, situação em que as sociedades se dividem em campos políticos cujas visões de mundo são não apenas diferentes, mas mutuamente excludentes, torna-se difícil sustentar a tolerância”.

         ...”as rivalidades partidárias estáveis dão lugar a percepções de ameaça mútua”.     Na intolerância...   “tentar vencer a qualquer custo”.

         “Isto pode estimular a ascensão de grupos antissistema com rejeição total às regras democráticas”.

         Voltando ao caso de Allende.   Neste, operários fizeram greves e ocuparam fábricas.   O governo decretou a desapropriação de quarenta fábricas e isso foi a gota d´água.   Um mês depois, foi deposto num golpe militar com ajuda dissimulada dos USA.

         Continua no capítulo 12/20 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

CAP. 10/20 - fichamento - livro - COMO AS DEMOCRACIAS MORREM - autores professores de Harvard - STEVEN & DANIEL - Editado em 2018 e no BR em 2021

 capítulo 10/20

 

         “Guerras e ataques terroristas produzem um efeito de reagrupamento em torno da bandeira no qual o apoio público ao governo aumenta...”

         Bush e o ataque de 11 de setembro que derrubou as torres gêmeas.   A aprovação dele saltou de 53% para 90%.  

         Comumente as constituições dos países toleram que o presidente aumente seu poder em casos como guerras.   Isto se torna uma ameaça às democracias.

         Página 96    ...”autoritários em potencial estão sempre prontos a explorar crises para justificar a tomada do poder”.     “Uma crise de segurança facilitou a virada autocrata de Vladimir Putin.   Em setembro de 1999, pouco depois dele assumir como novo primeiro-ministro, uma série de atentados a bomba em Moscou e outras cidades – presumivelmente de autoria de terroristas chechenos – matou quase trezentas pessoas.  Putin respondeu fazendo guerra contra a Chechênia e seu poder e prestígio aumentou.   Há controvérsia se os atentados foram mesmo por chechenos ou pelo próprio regime de Putin...”

         Ano de 2015 -  Erdogan na Turquia ameaçada pelo EI Estado Islâmico, endureceu o regime.  Repressão maciça.    ...”incluiu o expurgo de cem mil mandatários e funcionários públicos, o fechamento de vários jornais e houve mais de cinquenta mil prisões”...

         ...”prisões inclusive de centenas de juízes e promotores públicos, 144 jornalistas e até mesmo dois membros da Corte Constitucional”.

         “As crises permitem aos autocratas expandir seu espaço de manobra e se proteger de inimigos aparentes”.

         Página 99 – Capítulo 5 – As grades de proteção da Democracia

         Os USA e seu povo acreditavam na Constituição...    “...e que eram uma nação escolhida, providencialmente guiada – um farol de esperança e possibilidade para o mundo”.      Essa de farol eles já não estão mais na certeza, mas continuam cultuando a Constituição.   Esta que ajudou o país a se ver defendido contra aspirantes de autocratas no governo.

         Richard Nixon e o caso Watergate em 1972.   Ele fez gravações ilegais e foi descoberto.  O caso foi pra justiça e ele viu que perderia o mandato e resolveu renunciar e assim o fez.

         Em 1919 a Alemanha tinha uma excelente constituição, mas esta não resistiu à investida de Hitler em 1933.   Os países da América Latina ao conquistarem a independência, montaram uma estrutura de governo inspirada na dos USA.   Presidencialismo, sistema de Senado e Câmara Federal (sistema bicameral).

         O sistema na América Latina não ajudou muito.  Houve golpes de estado, governos ditatoriais.   As Filipinas (na Ásia) tinham uma constituição muito semelhante à dos USA.   Previa no máximo dois mandatos consecutivos ao presidente.  Ferdinand Marcos peitou isso e foi adiante com mais mandatos.

         No Brasil, Getúlio Vargas passou por cima da constituição.

         “Regras constitucionais também estão sempre sujeitas a interpretações conflitantes”.      O autor destaca que tudo que for levado ao pé da letra trava o processo, não funciona.   Cita como exemplo na área do trabalho, quando operários resolvem fazer uma operação padrão.   Nela, eles seguem com rigor o que  está escrito como atribuição e nada além disso.    O sistema trava.

         Algo semelhante vale para a Constituição e sua intepretação.

         Nos USA a constituição original tinha apenas quatro páginas.   Foi sendo alterada ao longo dos anos.

         Salvaguardas dos USA  ...”grande parte da resposta está também no desenvolvimento de normas democráticas fortes”.

         Todas as democracias tem também normas informais que são respeitadas por todos e ajudam a nação em termos de governo.     Ele até faz uma comparação com uma modalidade amadora de futebol de rua.   Praticamente não tem norma escrita, mas tem seus regulamentos informais aceitos por todos.   Assim a coisa flui sem problemas.

        

         Continua no capítulo 11/20

domingo, 5 de fevereiro de 2023

CAP. 09/20 - fichamento do livro - COMO AS DEMOCRACIAS MORREM - autores professores de Harvard - STEVEN & DANIEL - edição 2018 e no BR 2021

capítulo 9/20

 

 

         Página 80 – Juan D. Peron assumiu pela primeira vez a presidência da Argentina em 1946.

         ...”A democracia é um trabalho árduo”.      ...”esquadrões de exércitos podem ser governados por ordens, democracias exigem negociações, compromissos e concessões”.

         Para os autocratas: “Para eles, freios e contrapesos são vistos como uma camisa de força”.

         Autocratas ao destruir a democracia.   Uns usam golpe, numa só cajadada.   “Com maior frequência, porém, a investida contra a democracia começa lentamente”.

         As instituições   ... “Se elas permanecem independentes, tem a capacidade de denunciar e punir abusos governamentais.”

         Em regime autocrata... “Agências de inteligência podem ser usadas para espionar críticos e descobrir material para chantagens”.   

         Na Hungria em 2010 Viktor Orbán aparelhou as instituições com seus partidários para agir com impunidade.

         Peru – O conselheiro de inteligência de Fujimori espionou, gravou atos e falas dos oponentes, inclusive juízes, usando suborno inclusive.

         Coletou materiais para cooptar ou chantagear adversários.

         Fujimori comprou juízes às escondidas.

         “Juizes incorruptíveis podem ser visados para impeachment”

         Fujimori tentou conseguir na Suprema Corte um terceiro mandato, contra a Constituição.

         Na Hungria, Orbán aumentou o número de juízes para poder indicar vários que fossem seus aliados e assim ter a Justiça sob seu controle.

         Na Venezuela Chavez mudou a Constituição através de uma Assembleia Constituinte, alterou a Suprema Corte, ampliou o número de juízes e aparelhou a nova corte.

         Assim governou sem ser incomodado.   Fez isso em 2004 e governou os nove anos seguintes sem resistência.    “A maneira mais fácil de lidar com oponentes potenciais é compra-los”.

         Fujimori, via Montesinos, “comprou” (subornou) emissoras de TV para estas fazerem o jogo dele.   Este livro cita emissoras e valores pagos.

         Página 86 -  O jornal equatoriano El Universo foi em 2011 processado pelo presidente Rafael Correa.  O jornal, antes da punição, em editorial tinha chamado Correa de ditador.

         Em julho de 2000, Putin com menos de três meses como presidente russo, convocou 21 empresários mais ricos do país e demonstrou que não iria incomodá-los, na condição de que eles ficassem longe da política.    Um bilionário russo não seguiu essa determinação e apoiou políticos opositores de Putin.   Esse empresário ganhou destaque e tendência de concorrer contra Putin nas eleições.   Putin colocou o fisco contra o empresário e este ficou preso quase uma década.

         “Por fim, autocratas eleitos com frequência tentam silenciar figuras culturais – artistas, intelectuais, estrelas pop, atletas – cuja popularidade ou postura moral faça deles uma ameaça”.     (vimos esse filme no Brasil...)_

         Comumente autocratas usam a estratégia de tentar cooptar figuras culturais para ao menos não tê-las como opositores.

         Os autocratas tendem a fazer reformas na Constituição para flexibilizar o poder de ação deles.

         Página 91 -   No passado os americanos criaram muitos tipos de empecilhos para evitar que os negros votassem.   A Lei das Sete Urnas, de 1882, criou um sistema no qual se cobrava taxa para quem quisesse votar e se exigia alfabetização, também no sentido de barrar os negros.

         “ A participação negra que tinha alcançado na Carolina do Sul em 1876, 96% dos negros, caiu para 11% em 1898.”

         Naquele tempo os negros votavam majoritariamente no Partido Republicano.    Leis iam sendo criadas par barrar o voto do negro.

         “O comparecimento negro no Sul dos USA caiu de 60% em 1880 para apenas 2% em 1912.”

         Nas Filipinas, Ferdinand Marcos governou por dois mandatos e a Constituição barrava um terceiro mandato.  Ele ficou esperando uma oportunidade...   houve suspeitos ataques a bombas na capital Manila e ele aproveitou para implantar a Lei Marcial e suspendeu a Constituição.

         Culpou o risco do comunismo para virar ditador.   Assim governou mais quatorze anos.

 

         Continua no capítulo 10/20 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

CAP. 08/20 - fichamento do livro - COMO AS DEMOCRACIAS MORREM - autores professores de Harvard - Steven & Daniel - Edição original 2018

 CAP 08/20

 

         Na França em 2017 no risco da candidata radical de extrema direita, Marie Le Pen, o candidato conservador resolveu apoiar Macron que é de centro-esquerda, apesar da diferença ideológica entre ambos.   Tudo para evitar o risco à democracia.

         Nos USA vários eleitores do Partido Republicano votaram na Democrata Hillary Clinton contra Trump para fugir do risco do autocrata.

         Os políticos de peso do Partido Republicano se colocaram a favor de Trump e o povo acabou elegendo este.

         Notar que nos USA há dois partidos predominantes, ficando quase impossível fazer coalizão para enfrentar um candidato de tendência autocrática. 

         Nos USA aumentou a quantidade de eleitores que se alinharam da forma mais sólida ao seu partido e se radicalizou esse eleitorado.

         ...”eleitores... cada vez mais leais aos seus partidos – e hostis ao outro”.

         Nesse cenário tende a haver sucessivas eleições presidenciais polarizadas e apertadas, com ambos adversários próximos dados de tendência de votação.

         Página 76 -  Subvertendo a Democracia

         Em 1990 o peruano Alberto Fujimori era reitor de universidade no Peru.   Resolveu entrar na política partidária e não conseguiu partido.  Fundou um partido.

           Em 1990 o Peru estava em crise económica e política.   Havia a ação do grupo terrorista Sendero Luminoso, de tendência maoísta, iniciado em 1980.

         O povo cansado e desiludido com a classe política.   Vem um Fujimori com o slogan  “Um presidente que gosta de você”.

         Ele concorreu com o escritor Mario Vargas Llosa e ganhou.

         Fujimori tinha pouco apoio dos políticos.   O Congresso estava na oposição.   A mídia não apoiava Fujimori.   

         “Fujimori tinha sido inclemente em seus ataques contra a elite política, descrevendo-a como uma oligarquia corrupta que estava arruinando o país”.

         Eleito, percebeu que muitos políticos influentes ainda controlavam muitas instâncias de poder no país.    E Fujimori era resistente a negociações políticas para destravar o exercício do Executivo.   Não tinha paciência para tal e agia isolado, até se gabando disso.   Governo direto do meu computador, afirmava.

         Andou atacando legisladores e juízes.    Passou a contornar o Congresso, lançando decretos do executivo.

         No combate ao terrorismo, andou por decreto, soltando muitos presos por pequenos delitos para ter vagas nos presídios para os terroristas.

         Passou a ser visto como autoritário.   Como “um imperador japonês”.

         O confronto do presidente com o Congresso chegou a um ponto crítico.

         Um mandatário do governo chegou a dizer:  “ou o Congresso matar o presidente, ou o presidente matar o Congresso”.

         O presidente matou o Congresso.  Em abril de 1992 (com dois anos de mandato) Fujimori anunciou na TV que dissolveu o Congresso e a Constituição foi anulada.    Tudo naquela visão de ver os adversários como inimigos.

         “Fujimori ligava seus oponentes ao terrorismo e ao tráfico de drogas”.

         “Se o público passar a compartilhar a opinião de que oponentes são ligados ao terrorismo e de que a mídia está espalhando mentiras, torna-se mais fácil justificar ações empreendidas de forma autocrática”.

         ...”a ascensão inicial de um demagogo ao poder tende a polarizar a sociedade, criando uma atmosfera de pânico, hostilidade e desconfiança mútua”.    (livro publicado em 2018).   (como leitor, parece que vimos esse filme por aqui recentemente, infelizmente).

         ......................    continua no capítulo 9/20

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Visitas ao blog em SETE DIAS - 25-01 a 31-01-23 - FICHAMENTOS DE LIVROS - o livro atual: COMO AS DEMOCRACIAS MORREM - vide capítulos anteriores no blog. Autores do livro: STEVEN & DANIEL

 Meu hobby sempre foi a leitura e tenho minha biblioteca formada ao longo de décadas.   Desde 1994 passei a fazer um fichamento do meu modo para cada livro lido.   A meu critério, para evitar virus de computador, faço primeiro o fichamento em letra cursiva e em seguida passo para o Word e assim publico neste blog amador de um Engenheiro Agrônomo aposentado.

     O blog em si tem oito anos e está segundo o Contador de Acessos na página de rosto deste, com pouco acima de 103.000 acessos.     Considero essa marca bastante promissora para um amador que faz isto como forma de compartilhar informações com outros leitores.

     Tenho lido livros com foco em assuntos que no conjunto chamo de Geopolítica, envolvendo História, Economia, Política e similares.   

           Há autores como Laurentino Gomes e seus livros Escravidão (3 volumes), Noam Chomsky, Yuval N. Harari, Joshua Cooper Ramo  (livro A Era do Inconcebível), Ricardo Geromel (O Poder da China), Michiko Kakutani  - jornalista americana (livro A Morte da Verdade)  e outros mais.    Todos com resenha postadas no blog.


        No momento estou publicando em capítulos de duas laudas cada, o fichamento do livro editado nos USA em 2018 chamado COMO AS DEMOCRACIAS MORREM - da autoria de dois professores de Harvard, sendo STEVEN & DANIEL.    Livro publicado no Brasil em português em 2021.      Tem despertado interesse inclusive aqui no Brasil porque essa guinada para a direita com Trump tem sido meio que reprisada aqui no Brasil recente, inclusive no desfecho com o perdedor insuflando o povo contra as Instituições.


    Seguem os dados dos acessos ao blog nestes sete dias finais de janeiro de 2023 segundo ferramenta do próprio blog.      resenhaorlando.blogspot.com.br

        USA            400 acessos                               

        Irã                 44 acessos                                

        Alemanha      31 acessos                               

        Brasil             21 acessos         

 Noruega            20 acessos                       

   Suiça                   5 acessos                                                                           

 Luxemburgo       5 acessos

Rússia                5 acessos

    Holanda            3 acessos                                                                       Seichelles            3 acessos

     Reino Unido        2 acessos                                                                 Canadá                1 acesso

      Outros               4 acessos                                                                      

     Minha gratidão a todos os que tem acessado o blog e espero que tenha sido útil.    Costumo usar diariamente do Facebook onde inclusive posto também os mesmos capítulos que ficam misturados com outras postagens.     Caso queiram fazer algum comentário, pode ser aqui no blog ou no Facebook ou no Messenger (MSN).      Gratidão.                                                                        


        

CAP. 07/20 - fichamento - livro - COMO AS DEMOCRACIAS MORREM - Autores Professores de Harvard - STEVEN & DANIEL - ed. 2018 nos USA e 2021 no BR

 capítulo 07/20

 

         A explosão da quantidade de mídias alternativas ajudou a surgirem novos tipos de candidatos.   A internet em ação, TV a cabo etc.

         No passado era um longo tempo para ficar conhecido e nos tempos atuais, é da noite para o dia.

         Surgimento do canal de TV Fox News e seu perfil de entretenimento conservador.    Esta foi uma das que apoiou Trump

         Mesmo Trump sendo um azarão, a mídia conservadora começou a leva-lo a sério na corrida eleitoral.  Recebeu apoio do site mais influente de notícias, o Breitbart News. 

         Trump via campanha criava controvérsias para atrair mídia de graça e funcionou muito bem para ele.   As controvérsias dele atraíram todo canal de mídia e ele conquistou o equivalente a dois bilhões de dólares de mídia gratuita só na base das controvérsias que criava de caso pensado.

         Nesse contexto, Trump não precisou do apoio dos políticos para chegar ao poder.   Driblou essa barreira.

         Página 64 -   “Em março de 2016, o ex candidato republicano Mitt Romney fez um discurso ...”  descrevendo Trump como um perigo.   “Trump é uma fraude que não tem nem temperamento nem discernimento para ser presidente.”

         Os políticos experientes destacaram tanto os pontos negativos de Trump que podem ter causado até efeito contrário ao que desejavam, ajudando Trump a ser eleito.

         Até a eleição de Trump, as únicas exceções de pessoas sem carreira política que chegaram à presidência, foram alguns generais de destaque.   Nunca políticos inexperientes em administração pública chegaram ao cargo.

         Trump além do mais, “exaltava a liderança de Vladimir Putin e outros ditadores.”

         “Teriam os republicanos indicado um aspirante a ditador?”

         “Já antes da posse, Trump já testou positivo nos quatro parâmetros que medem a tendência a ser autocrata”.

         Frase de Trump:   “É melhor termos cuidado, porque essa eleição via ser fraudada...”

         “Desde 1860 nenhum candidato de peso tinha afirmado tendência de fraude no processo eleitoral dos USA”.

         Pesquisa da época da campanha de Trump constatou que 73% dos eleitores republicanos “acreditavam que a eleição pudesse ser roubada de Trump”.    Isto de tanto ouvir insinuações dele.

         Segundo quesito para diagnosticar candidato a autocrata.   Trump negava a legitimidade dos seus concorrentes.    “Políticos autoritários descrevem seus rivais como criminosos, subversivos, impatrióticos ou como ameaça à segurança nacional ou ao modo de vida existente”.

         Trump na campanha tratava Hillary Clinton como “criminosa” e que “ela teria que ir pra cadeia”.

         Terceiro quesito -   Apoiar a violência.    “No último século, nenhum candidato presidencial democrata ou republicano jamais endossou a violência...”

         “Trump rompeu com esse modelo”.   Endossava a violência.

         Outro fator para diagnosticar autocrata.   “Intolerância à crítica e querer dar o troco...”

         Trump ameaçou Jef Bezos e seu jornal Washington Post.   “Se eu for presidente, ah, eles vão mesmo ter problemas”.

         Mesmo Nixon que era mais displicente com a democracia até então não deu tantas mostras de tendência à autocracia como Trump.

         Nos anos 30 vários países na Europa passaram por regimes ditatoriais. Alemanha, Itália e outros.

         Na América do Sul foi nos anos 60/70 que ocorreram vários regimes ditatoriais.

         Abdicação Coletiva – a transferência da autoridade para um líder que ameaça a democracia.      ...”perder a democracia é pior do que perder uma eleição”.

         Na eleição de Trump, os adeptos do Partido Republicano sabiam dos riscos e optaram por eleger o candidato que tem perfil de autocrata.

 

         Continua no capítulo 08/20