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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

CAP. 08/20 - fichamento do livro - COMO AS DEMOCRACIAS MORREM - autores professores de Harvard - Steven & Daniel - Edição original 2018

 CAP 08/20

 

         Na França em 2017 no risco da candidata radical de extrema direita, Marie Le Pen, o candidato conservador resolveu apoiar Macron que é de centro-esquerda, apesar da diferença ideológica entre ambos.   Tudo para evitar o risco à democracia.

         Nos USA vários eleitores do Partido Republicano votaram na Democrata Hillary Clinton contra Trump para fugir do risco do autocrata.

         Os políticos de peso do Partido Republicano se colocaram a favor de Trump e o povo acabou elegendo este.

         Notar que nos USA há dois partidos predominantes, ficando quase impossível fazer coalizão para enfrentar um candidato de tendência autocrática. 

         Nos USA aumentou a quantidade de eleitores que se alinharam da forma mais sólida ao seu partido e se radicalizou esse eleitorado.

         ...”eleitores... cada vez mais leais aos seus partidos – e hostis ao outro”.

         Nesse cenário tende a haver sucessivas eleições presidenciais polarizadas e apertadas, com ambos adversários próximos dados de tendência de votação.

         Página 76 -  Subvertendo a Democracia

         Em 1990 o peruano Alberto Fujimori era reitor de universidade no Peru.   Resolveu entrar na política partidária e não conseguiu partido.  Fundou um partido.

           Em 1990 o Peru estava em crise económica e política.   Havia a ação do grupo terrorista Sendero Luminoso, de tendência maoísta, iniciado em 1980.

         O povo cansado e desiludido com a classe política.   Vem um Fujimori com o slogan  “Um presidente que gosta de você”.

         Ele concorreu com o escritor Mario Vargas Llosa e ganhou.

         Fujimori tinha pouco apoio dos políticos.   O Congresso estava na oposição.   A mídia não apoiava Fujimori.   

         “Fujimori tinha sido inclemente em seus ataques contra a elite política, descrevendo-a como uma oligarquia corrupta que estava arruinando o país”.

         Eleito, percebeu que muitos políticos influentes ainda controlavam muitas instâncias de poder no país.    E Fujimori era resistente a negociações políticas para destravar o exercício do Executivo.   Não tinha paciência para tal e agia isolado, até se gabando disso.   Governo direto do meu computador, afirmava.

         Andou atacando legisladores e juízes.    Passou a contornar o Congresso, lançando decretos do executivo.

         No combate ao terrorismo, andou por decreto, soltando muitos presos por pequenos delitos para ter vagas nos presídios para os terroristas.

         Passou a ser visto como autoritário.   Como “um imperador japonês”.

         O confronto do presidente com o Congresso chegou a um ponto crítico.

         Um mandatário do governo chegou a dizer:  “ou o Congresso matar o presidente, ou o presidente matar o Congresso”.

         O presidente matou o Congresso.  Em abril de 1992 (com dois anos de mandato) Fujimori anunciou na TV que dissolveu o Congresso e a Constituição foi anulada.    Tudo naquela visão de ver os adversários como inimigos.

         “Fujimori ligava seus oponentes ao terrorismo e ao tráfico de drogas”.

         “Se o público passar a compartilhar a opinião de que oponentes são ligados ao terrorismo e de que a mídia está espalhando mentiras, torna-se mais fácil justificar ações empreendidas de forma autocrática”.

         ...”a ascensão inicial de um demagogo ao poder tende a polarizar a sociedade, criando uma atmosfera de pânico, hostilidade e desconfiança mútua”.    (livro publicado em 2018).   (como leitor, parece que vimos esse filme por aqui recentemente, infelizmente).

         ......................    continua no capítulo 9/20

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