Total de visualizações de página

domingo, 19 de fevereiro de 2023

CAP. 16/20 - fichamento do livro - COMO AS DEMOCRACIAS MORREM - autores professores de Harvard - STEVEN & DANIEL - Edição original 2018

capítulo 16/20

 

         Página 157 -  No governo Obama, republicanos formaram no parlamento o “Partido do Não”.  Tentar barrar iniciativas do governo para Obama não se reeleger.   Uma das técnicas seria a obstrução de projetos no legislativo. 

         Entre 2007 e 2012 foram 385 obstruções.   Um número absurdo e sem precedentes.    Anteriormente, se passaram sete décadas para se ter um número semelhante de obstruções no parlamento.

         Os republicanos também dificultaram a aprovação de cargos indicados pelo presidente e que precisavam do OK do Senado.  No passado, 90% dos indicados eram aprovados.   No governo Obama, caiu para apenas 50% dos indicados serem homologados pelo Senado.

         Para poder destravar as ações de governo, Obama usou com frequência “memorandos executivos” que não precisavam passar pelo legislativo.  Não violou a Constituição, mas feriu o princípio da norma não escrita chamada “reserva institucional”.

         A Suprema Corte dos USA por tradição é de nove juízes.   Democratas e Republicanos, respectivamente campo liberal e campo conservador predominam nas casas legislativas.

         De vinte e cinco anos para cá (até 2018) os eleitores dos dois partidos passaram a ficar divididos “por raça, religião, geografia e mesmo por modo de vida”.

         Pesquisa de 1960 mostrou que de 4 a 5% de eleitores democratas e republicanos ficariam descontentes se seus filhos se casassem com alguém do partido oposto.  Em 2010, 33% dos democratas e 49% dos republicanos ficariam “um pouco ou muito infelizes” no citado quesito.   Já em 2016, 46% dos republicanos e 55% dos democratas dizem que o partido adversário lhes traz “medo”.

         “Entre os norte-americanos politicamente engajados, os números são maiores.    70% dos democratas e 62% dos republicanos dizem que vivem com medo do outro partido”.   (página 162 do livro)

         Cores partidárias.   Vermelho nos republicanos e cor Azul nos democratas.

         Pós 1965 houve um alinhamento ideológico mais definido.  Republicanos sendo conservadores e democratas sendo liberais.

         Polarização...        “empurrando o Partido Republicano mais agudamente para a direita do que empurrou os democratas para a esquerda.”

         Em alguns países há posições ideológicas dividindo o eleitorado...   “mas em nenhum desses países observamos o ódio sectário que hoje vivemos nos USA”.     (página 164)

         Alguns fatores a considerar.  Dos anos 60 para cá houve muita entrada de imigrantes nos USA, primeiro da América Latina e depois, a maioria veio da Ásia.

         Em 1950 os não brancos eram 10% dos norte americanos.  Em 2014, são 38% e há estimativa de que em 2044 os não brancos sejam maioria da população dos USA.

         “Juntamente com a emancipação negra (anos 60), a imigração transformou os partidos políticos americanos”.    Estes dois grupos foram mais que proporcionalmente para o partido Democrata.

         “Já os eleitores republicanos, anos 2000, são quase 90% brancos.”

         Republicano – brancos e evangélicos brancos.

         Os evangélicos aderiram em massa ao republicano nos anos 70 contra a legalização do aborto.    Em 2016, 76% dos evangélicos brancos se identificaram como republicanos.

         Os dois partidos estão divididos em função de raça e religião.   Fatores importantes e de potencial de hostilidade ao oposto.

         Nos anos 2000, transformações na mídia inclusive com incremento na internet.

         Eleitores republicanos acompanham mais a TV favorável a eles.  Em 2010, 69% dos eleitores republicanos eram espectadores da Fox News que é um canal de TV conservador.    Locutores com discursos “incivis” são citados por nome de cada um no livro, sendo de diversas TVs e rádios.

         No governo Obama a mídia conservadora de rádio e TV adotaram a prática de “Sem Concessões” ao presidente e mesmo aos políticos conservadores quando estes adotavam postura de não dificultar o governo.

         Fala de um senador de direita.  “Se você se afasta minimamente da extrema direita, você é atacado pela mídia conservadora”.  (página 166)

         Grupos poderosos financiando campanhas políticas e por trás, a busca de pagarem menos impostos.  Um exemplo:   Família bilionária Kock participando do financiamento do partido republicano.  Só em 2012 no governo Obama, os Kock alocaram mais de 400 milhões de dólares na campanha dos republicanos.     O fato novo é que esse mecanismo faz o poder do dinheiro deixar para trás candidatos mais preparados para a política e abrir espaço para aventureiros com patrocínio, enfraquecendo a democracia e pondo a mesma em risco maior.

        

         Continua no capítulo 17/20 

Nenhum comentário:

Postar um comentário