Palestra
14ª - “Prática de reuso na
Indústria” – Estudo de caso -
Cetrel-Odebrecht
Ambiental. Palestrante – Eduardo Pedroza
O caso em pauta é do Pólo Petroquímico de
Camaçari-BA. O Pólo tem PIB de 15
bilhões de dólares/ano. 15.000
empregos diretos e 20.000 empregos indiretos.
Consumo de água de 1,6 milhões de m3/mês
de água superficial mais 2,5 milhões de m3/mês de água subterrânea. Fazem reuso de 250 mil m3/mês.
No Pólo de Camaçari há várias indústrias e
a questão da água é decidida como se fosse um sistema de condomínio. Discutem o problema e fazem a gestão conjunta.
Tratam também os efluentes industriais do Pólo. Destaca uma questão legal que não está
clara no BR: Tratar e reusar a água é trabalhar com um produto ou um serviço? E a tributação? De quem é a água?
CETREL Central de Tratamento de
Resíduos. Contratos de 20, 30 a 40 anos para poder
viabilizar os contratos e investimentos necessários. Projeto Água Viva. Conseguiram enquadrar no FINEP Financiadora
de Estudos e Projetos (federal) e obtiveram recursos subvencionados, dentro do
programa Inova Brasil.
Eles inclusive captam e reusam água de
chuva e estão numa região que chove bastante.
Acima de 2.000 mm
por ano. E o palestrante é no Nordeste
(RN), de uma região que chove apenas 400 mm por ano.
O reuso deles no Pólo de Camaçari equivale
ao consumo de água de uma população de 150 mil habitantes. Gastam em energia, 0,5 KWh/m3 de água
tratada para reuso.
No caso deles, se fossem captar água,
transportar, tratar e levar ao local de descarte, o gasto de energia seria de
1,5KWh/m3. Portanto, ganho de 1,00
KWh/m3.
Ganharam pela região NE o Prêmio de Inovação
da FINEP. Estão pleiteando redução de
impostos para quem processa, vende e distribui água de reuso. Pedem redução de 75% do Imposto de Renda
para empresa que atua em oferecer serviço de reuso. Proposta de PLS 12/2014 com apoio da CNI
Confederação Nacional da Indústria.
Proposta também de redução para Zero por cento o PIS/COFINS p/ tal.
Palestra
15ª - Projeto em País da América
Latina - Palestrante Bianca Jiménez – da
UNESCO.
Ele é membro do IPCC Painel
Intergovernamental para assunto de mudança de clima
Citou que há países da Ásia e África que
apresentam restrições de ordem religiosa ao reuso da água. Consideram a água “impura”.
França – citou caso de irrigação de milho
com água de reuso em 700 há da lavoura.
Lembrou que há no Mediterrâneo uma região
de pouca chuva que pega parte sul da Espanha, da França, da Grécia e
Israel. Chuva pode ser de 300 a 500 mm na região que por
outro lado é densamente povoada e recebe bastante turista do mundo todo.
Citou reuso de água em plantio de arroz em
Kamamoto no Japão.
Pede-se mais incentivos e menos normas
sobre o reuso de água pelo mundo afora até para que haja mais reuso e se poupe
mais os mananciais.
No debate foi lembrado por um pesquisador
brasileiro que nos USA no assunto de normas para reuso, adotam o seguinte: As leis são estado por estado, cada um tendo
o seu, mas geralmente deixam a Academia (a pesquisa) delinear as normas e
parâmetros. Depois estas são colocadas
por um tempo ao debate público e depois vão para o legislativo que as
transformam em
leis. Parece uma
conduta bastante razoável.
No BR não se escuta a Academia (a
pesquisa) e se copia norma de fora, muitas vezes inadequadas às nossas
demandas.
Lembrado que em SP tem a CETESB, órgão
ambiental. Tem até um arquiteto que
apita lá sobre normas de reuso de água, sem se louvar em dados e métodos
científicos.
Foi lembrado que São Paulo pelo
vigor da economia e pela densidade populacional é o carro chefe no setor e
teria a responsabilidade de puxar a questão de forma pioneira. Mas o que se tem notado é que as coisas lá
não andam bem na questão de normas e estamos patinando por isso. Foi destacado pela Coordenação deste
evento internacional que a CETESB foi convidada mas esta não aceitou
participar.
Palestra
16ª “Reuso da água na Agricultura” - Palestrante: Cícero Onofre de Andrade Neto – UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Esgoto com 400 de DBO – cada 1 litro desse esgoto
demanda 100 litros
de água do manancial para equilibrar o oxigênio com uma água de 4% de O2. Disse que o ser humano não é tão problema
pelo que consome de água, mas sim pelo que ele polui.
Lembrou que estamos poluindo em geral a
água e também salinizando a água. Se
tratarmos o esgoto para reduzir em 80% a DBO deste, precisaremos de 20 litros de água do
manancial para diluir 1
litro de esgoto nessa condição.
Cada l litro de água de reuso economiza de
20 a 100 litros de água.
Falou que no passado o BR tinha o
PROSAB Programa de Saneamento Ambiental
com recursos da CEF Caixa, FINEP, CNPq.
Programa de Pesquisa em Saneamento Básico. Teve vigência de 1997 a 2009 e depois
acabou. Disse que precisaria ser
reeditado. Ele foi pesquisador do
programa. Havia no BR uma rede de
universidades e pesquisadores atuando nesse Programa com troca de experiências
e sinergia.
Lembrou que a UFPR tem sido avaliada pelo
MEC como a melhor do NE. Mostrou
pesquisa local com canteiro de sorgo irrigado com água de reuso em comparação
ao sorgo sem irrigação. O irrigado tem
aproximadamente 4 vezes mais massa verde.
Curiosamente sobre o slide (foto) ele disse que o sorgo no caso não está
com sede, mas com fome. A água do
reuso ajudou, mas houve muita ajuda da Matéria Orgânica (MO) contida na água de
esgoto. No caso, o limão da DBO vira
limonada, pois a MO é nutriente para os vegetais.
Resultado de experimento na UFRN - Milho de sequeiro – produtividade 500 kg de grãos por
hectare. Milho com irrigação com
esgoto – reuso – produtiv. 5.000 kg/há. (continua) *
.............*......há anteriormente as partes I e II. Esta é a parte III e em breve teremos aqui a parte final.
.............*......há anteriormente as partes I e II. Esta é a parte III e em breve teremos aqui a parte final.
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