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sexta-feira, 9 de abril de 2021

CAP. 06/08 - fichamento - livro - O FIO E AS MISSANGAS - autor: Moçambicano - MIA COUTO

 CAP. 06/08 – Conto – A Carta de Ronaldinho        (leitura em abril/2021)

         O rico e o pobre.   Uns aprendem a andar e outros aprendem a cair.

         “Filipão Timóteo pesava ou era pesado pelo chão?”.  Vida dura.

         “- Me restam duas saídas – sorria ele -, ou perder ou sair vencido”

         Um grito de gol.   “O pulo é o desajeito humano de ensaiar um voo”.

         Num jogo de seleção no Mundial.    ...”a distração é a morte do goleiro”. (para eles o goleiro é guarda-redes)

         O velho pirado assistia por tempo indefinido seu campeonato mundial numa TV que ele desenhou na parede de casa.   E avisava os vizinhos que o jogo ia começar.  

         Um dia os filhos vieram leva-lo.   Ele explicou que não.   Não abandonaria o campeonato (imaginário).  Era o técnico!

         Sugeriram aos filhos para não argumentarem com a realidade...

         “A realidade não é um sonho fabricado pelos mais ricos?”

         E assim ficou:   Filipão no sonho do jogo, os outros no jogo dos sonhos.    O velho tinha na cabeça uma carta a ele endereçada pelo Ronaldinho Gaucho.   O filho desistiu de leva-lo dali.   Na saída do filho, uma encomenda do pai:  Na sua nova visita, me traz um gis novo para eu desenhar uma TV novinha.

        

         Conto – O dono do cão do homem

         O narrador não tem linhagem mas o cão tem pedegree.   Meu cão com nome de humano: Bonifácio.   “Nome de bicho? Vou ali e não venho”.

         Recolhi cocô do meu cão na rua.  Prestei essa deferência ao meu próprio filho?

         Na rua, só olhavam para meu cão e elogiavam.  (o dono era um nada).

         Um dia ao passear na rua, o Bonifácio mordeu um gato.  O dono do gato reclamou.   “E no focinho do Bonifácio morava um sorriso de imaculada inocência”.

         Página 107 – Conto – Os machos lacrimosos

         Homens no bar e as mulheres no lar.   “E assim se produziam eles, se consumiam elas.”

          Lá em Moçambique também tem as carpideiras para chorar em velórios.

         Um provérbio dos amigos da bebida.  – Quem quer bebida, pede medida.     Um da turma sempre trazia novidades aos amigos do bar.  Piadas aos colegas de goles.

         Um dia alguém contou seu drama e todos choraram no bar.   E nos outros dias, mais dramas e mais choros.   Ficaram mais próximos de suas mulheres e passariam a trata-las melhor.

         “Chorar é um abrir o peito.  O pranto é o consumar de duas viagens: da lágrima para a luz e do homem para a maior humanidade.”

         Afinal, a pessoa vem à luz logo em pranto?  O choro é nossa primeira voz.

                   Continua no capítulo 07/08

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