CAP. 06/08 – Conto – A Carta de Ronaldinho (leitura em abril/2021)
O rico e
o pobre. Uns aprendem a andar e outros
aprendem a cair.
“Filipão
Timóteo pesava ou era pesado pelo chão?”.
Vida dura.
“- Me
restam duas saídas – sorria ele -, ou perder ou sair vencido”
Um grito
de gol. “O pulo é o desajeito humano de
ensaiar um voo”.
Num jogo
de seleção no Mundial. ...”a distração
é a morte do goleiro”. (para eles o goleiro é guarda-redes)
O velho
pirado assistia por tempo indefinido seu campeonato mundial numa TV que ele
desenhou na parede de casa. E avisava
os vizinhos que o jogo ia começar.
Um dia
os filhos vieram leva-lo. Ele explicou
que não. Não abandonaria o campeonato
(imaginário). Era o técnico!
Sugeriram
aos filhos para não argumentarem com a realidade...
“A
realidade não é um sonho fabricado pelos mais ricos?”
E assim
ficou: Filipão no sonho do jogo, os
outros no jogo dos sonhos. O velho
tinha na cabeça uma carta a ele endereçada pelo Ronaldinho Gaucho. O filho desistiu de leva-lo dali. Na saída do filho, uma encomenda do
pai: Na sua nova visita, me traz um gis
novo para eu desenhar uma TV novinha.
Conto – O
dono do cão do homem
O
narrador não tem linhagem mas o cão tem pedegree. Meu cão com nome de humano: Bonifácio. “Nome de bicho? Vou ali e não venho”.
Recolhi
cocô do meu cão na rua. Prestei essa
deferência ao meu próprio filho?
Na rua,
só olhavam para meu cão e elogiavam. (o
dono era um nada).
Um dia
ao passear na rua, o Bonifácio mordeu um gato.
O dono do gato reclamou. “E no
focinho do Bonifácio morava um sorriso de imaculada inocência”.
Página
107 – Conto – Os machos lacrimosos
Homens
no bar e as mulheres no lar. “E assim
se produziam eles, se consumiam elas.”
Lá em
Moçambique também tem as carpideiras para chorar em velórios.
Um
provérbio dos amigos da bebida. – Quem
quer bebida, pede medida. Um da turma
sempre trazia novidades aos amigos do bar.
Piadas aos colegas de goles.
Um dia
alguém contou seu drama e todos choraram no bar. E nos outros dias, mais dramas e mais
choros. Ficaram mais próximos de suas
mulheres e passariam a trata-las melhor.
“Chorar
é um abrir o peito. O pranto é o
consumar de duas viagens: da lágrima para a luz e do homem para a maior
humanidade.”
Afinal,
a pessoa vem à luz logo em pranto? O
choro é nossa primeira voz.
Continua
no capítulo 07/08
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