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quinta-feira, 10 de março de 2022

CAP. 06/09 - fichamento - livro - HISTÓRIA DA AMÉRICA LATINA - autor historiador francês - PIERRE CHAUNU - edição de 1971

capítulo 06/09

 

         Infraestrutura na América Latina -   O sistema de ser explorada pelas metrópoles, Portugal e Espanha, manteve a A. Latina com muitos pobres e poucos ricos que gastavam em produtos elaborados da Europa.   Não teve fôlego quando a Revolução Industrial para aproveitar a maré.   Os poucos de altas posses não tinham tantos recursos para infraestrutura na A. Latina.

         Exemplo: ferrovias.    Nos anos 1960 a A. Latina com mais de 21 milhões de km2 tinha só 90.000 km de linhas férreas de bitola larga.     Os USA neste mesmo período com seus 7,8 milhões de km2 tem 500 mil km de ferrovias de bitola larga.

         Para agravar, a A. Latina é pobre em carvão mineral que foi o padrão de energia por longo tempo e que só mais recentemente vem sendo substituído pelo petróleo e outras fontes de energia.   (O livro é de 1971)

         Fragilidade econômica da A.Latina geralmente interagia com fragilidade política e ensejou várias revoltas e quedas de governos.

         Os que mais conseguiram um sucesso relativo na era da industrialização foram o Brasil, a Argentina e o Chile.   Mais conflituosa foi a América Central.

         Houve entre 1918 e 1929 um período em geral de prosperidade no qual os conflitos se acalmaram na América Latina.

         A A. Latina na era da industrialização no século XX fica na condição de colônia financeira da Europa com destaque para a Inglaterra, França e Alemanha.   As duas guerras mundiais retiram fôlego da Europa e reforçam o poder dos USA.   Isto faz com que este passe a ter hegemonia na exploração da América Latina.

         Capítulo 1 – As Dificuldades Políticas Internas   -   A A. Latina fez suas Constituições com grande semelhança da dos USA e em menor grau, da França.   E nelas, como nos USA, com um poder executivo forte.

         “Mas todo esse aparelho mascara a verdade, porque o país da virtù , noção latina, os homens contam mais do que as instituições”.

         E o autor vai mais longe:

         “As garantias constitucionais não tem fundamento sólido nas estruturas sociais que continuam a ser as mesmas do passado colonial:  a revolução política não as modificou.   Tal como no passado, temos a aristocracia herdeira da conquista e a massa iletrada dos mestiços e dos índios; persiste o hiato de uma classe média”.

         O autor destaca que pode ter sido positivo para o Brasil a monarquia após a independência para manter o regime sem sobressaltos e conflitos.   Passamos de 1822 a 1889 com a monarquia e efetivamente fomos bem menos turbulentos que os países vizinhos.

         Sobre Dom Pedro II – “Culto, inteligente, atento aos seus deveres, desconfiado em face da Igreja Católica...”

         Sofreu pressões da elite que defendia manter a escravatura e Dom Pedro II era contra a escravatura.   Tanto que a escravatura foi extinta em termos legais no BR em 1888 e em 1889 a elite acabou com a monarquia e constituiu a República.

         Dom Pedro II estava em viagem à Europa em 1888 e coube à Princesa Isabel assinar a Lei Aurea que acabou com a escravidão em termos legais.    Nessa época havia 700.000 escravizados no Brasil e a elite ficou furiosa com essa lei.

         O Brasil teria sido beneficiado durante a primeira Guerra Mundial.  Vinha de um período de prosperidade de 1820 a 1929.  Mas em 1929 a crise externa atingiu nossa economia.

         Nos anos trinta no Brasil, crise econômica e o “medo do comunismo” (insuflado pelos USA).    Surgimento no Brasil, da Ação Integralista Brasileira de inspiração fascista.  (de direita).

         Getúlio Vargas sufocou os integralistas.    Ao contrário do Brasil, os demais países da A. Latina após a independência alternaram movimentos de anarquia e outros de ditadura. 

         Continua no capítulo 07/09 

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