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sábado, 12 de março de 2022

cap. 07/09 - fichamento - livro - HISTÓRIA DA AMÉRICA LATINA - autor: historiador francês PIERRE CHAUNU - edição 1971

capítulo 07/09

          Getúlio Vargas sufocou os integralistas.    Ao contrário do Brasil, os demais países da A. Latina após a independência alternaram movimentos de anarquia e outros de ditadura.

         A Argentina após a independência ficou por cinquenta anos sem estabilidade política.    Uma das razões foi que o Vice Reino do Prata teve divisão para quatro países independentes: Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.   Atritos de fronteira surgiram em várias ocasiões.

         Na Segunda Guerra Mundial a Argentina tinha simpatia pelas potências do Eixo, os que perderam a guerra.   (Alemanha, Italia, Japão)

         Uruguai e o conflito entre os blancos e os colorados (índios).

         A Bolívia como uma das repúblicas mais agitadas, no período de 1820 a 1898  ...”registraram-se nada menos que sessenta levantes militares; foram promulgadas dez constituições e assassinados seis presidentes”.

         O Equador, desde 1830 teve 12 constituições em oitenta anos.    A Venezuela em oitenta anos teve onze constituições.   A Colômbia, sete constituições desde 1830, por outro lado, até 1903 teve setenta revoluções.

         O México, mesmo perdendo bastante território para os USA (praticamente a metade dos seus 4 milhões de km2) é um país extenso.  No México há uma aristocracia forte e por outro lado, os índios das diversas etnias sempre pressionando por ter seus direitos na proporção de suas populações.    Os campos petrolíferos do México são explorados por companhias americanas e inglesas.    Concentraram renda no México, o que causou revolução que durou anos.   Eclodiu em 1912 e durou vinte e cinco anos.    Luta pela emancipação da população índia e para cessar a espoliação por agentes estrangeiros.    No México em 1938 são expropriadas 19 empresas estrangeiras.      

         “Liberar o país da hipoteca estrangeira, promover um socialismo nacional, síntese mexicana de dados mexicanos, tal é o sentido da Revolução do México, o esforço mais interessante até hoje empreendido na América Latina para resolver de forma original o problema político e social”.

         O autor cita de passagem a Guerra do Paraguai, da qual o Brasil foi parte oponente.  Fala do tanto de gente, inclusive civil, que morreu nessa guerra   (1865 a 1870).

         Capítulo II – A Influência Europeia

         A grande revolução técnica dos anos 1850-1860 com foco na Europa gerou excedente de capital e produção competitiva em escala para disputar mercados fora da Europa inclusive.

         A imigração europeia e sua influência na América Latina.

         Os imigrantes europeus vieram mais para a zona temperada (clima mais frio) da América do Sul.   Sul do Brasil, Argentina  e Uruguai.  Clima mais assemelhado ao da Europa.

         O impacto da revolução industrial na Europa

         Entre 1650 (antes da Revolução Industrial) e 1960, a população da Península europeia cresceu 620%.     Já a população de origem não europeia de 1650 a 1950 cresceu 320%.   Grosso modo, a metade do crescimento da península europeia.

         O maior fluxo de europeus foi para os USA. Entre 1820 e 1930 26.180.000 europeus migraram para os USA.    No mesmo período, migraram para a América Latina 6.000.000 europeus.

         Dois fatores foram apontados como causa disso.    A explosão de população na Europa e a adoção de navios a vapor (e casco metálico) que tornavam as viagens mais rápidas e seguras.

         Outro fator que atraiu europeus para o continente americano foi a abertura de muitas ferrovias no continente, o que facilitava a ocupação das áreas e o intercâmbio comercial.     Nesse período de incremento de ferrovias, muitas foram feitas com capital abundante da Europa, resultante da Revolução Industrial e mão de obra europeia que tinha conhecimento em implantar ferrovias.

         Essas ferrovias valorizaram as terras no Novo Mundo, o continente americano e foi um atrativo grande para as migrações.

         No caso da indústria de carne no pampa argentino, uruguaio, gaúcho, um novo fator ajudou a alavancar a economia.   A partir do ano 1890 a indústria de congelamento permitiu estocagem da carne e impulsionou esse mercado inclusive para exportação.

         Antes da Primeira Guerra Mundial era enorme o contingente de italianos migrando para a Argentina e isso se estancou com a guerra.  Não fosse isso,  a Argentina teria um contingente tão grande de italianos que iria dar outra feição cultural ao país, deixando-o mais italiano do que espanhol.

         Brasil -   Os imigrantes europeus que chegaram à região cafeeira estranharam o clima mais quente e a relação com patrões que ainda tinham um ranço muito forte do período escravocrata que tinha acabado relativamente recente.

         Continua no capítulo 08/09 

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