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domingo, 13 de março de 2022

CAP. 08/09 - fichamento - livro - HISTÓRIA DA AMÉRICA LATINA - autor historiador francês - PIERRE CHAUNU - edição 1971

 capítulo 08/09

         Uma economia complementar da Europa

         Antes da ONU havia a Liga das Nações.   Dados desta:   No exercício fiscal 1929/1930 – exportação de produtos em bruto por:

         Bolívia -   98,8%

         Brasil -  98,0 %

         Argentina – 90%.

         América Latina – campo de exploração do capitalismo da Europa.

         Em 1913, em termos de toneladas de cargas de navios da América do Sul para a Europa e para os USA.

         Para a Europa – seguiam 22,5 milhões de toneladas por ano.

         Para os USA – 4,4 milhões de toneladas por ano.

         No advento da segunda guerra mundial esse perfil mudou.   A América do Sul passa a exportar mais para os USA e menos para a Europa desgastada pela guerra.    Aí é um ponto em que os USA crescem como potencia.

         “América Latina, campo de exploração do capitalismo da Europa”.   Nesta época, 1913, a Inglaterra era uma potência imperial e também uma potência financeira.  (com respaldo de uma forte frota naval)

         A Inglaterra investiu pelo mundo em infraestrutura como o caso de estradas de ferro para agilizar o escoamento de matérias primas e para ela distribuir produtos manufaturados com agregação de valor.    Nessa época (1913)  a Inglaterra tinha investido na Argentina em estrada de ferro e frigoríficos ao ponto do autor dizer que ela se tornou na prática “uma colônia financeira da Inglaterra”.

         “Entre 1907 e 1914, por ocasião da saída em massa do capital britânico para fora de suas fronteiras, quase 250 milhões de libras esterlinas foram para a Argentina e para o Brasil.   O acumulado de investimentos ingleses na Argentina até 1913 era de 320 milhões de libras esterlinas.   Montante aproximado ao aplicado nas colônias inglesas – Índia e Ceilão para a mesma época.   Nestas duas, no período os ingleses investiram 379 milhões de libras esterlinas.

         Na época a França tinha menos acúmulo de capital disponível e optava por aplica-los na Europa.

         “Com 30 bilhões de francos-ouro investidos, as grandes potências da Europa Ocidental tinham conseguido deitar a mão à economia do continente americano.    Estes investimentos não deixaram de fazer perigar a independência das jovens repúblicas das Américas.”

         Em 1862 Napoleão III tentou um plano de comandar o México para reduzir a ascensão americana no continente.   Foi rechaçado pelos mexicanos e pelos USA.

         Em 1902 a Alemanha, Inglaterra e Itália queriam, mediante um bloqueio combinado à Venezuela, impor suas reivindicações, motivadas pela má gestão financeira do governo venezuelano.     Foram dissuadidos pelos USA e seus interesses no caso.  

         Capítulo III  -   “O Terceiro Ladrão – o Tio Sam”.   (primeiro – Portugal/Espanha, segundo, Inglaterra e terceiro, USA)

         “As condições no ponto de partida”.

         USA de colonização inglesa e protestante, diferente da A. Latina de colonização espanhola e portuguesa, católicas.     Os USA por muito tempo ignoraram os latino-americanos.    “...existe todo um complexo de superioridade, ignorância e de desprezo” dos USA pelos latinos.

         Mais adiante o autor cita...    A chamada Doutrina Monroe, de 1823  “que afirmava em termos inequívocos a solidariedade interamericana”.

         Por volta do ano 1800 a frota de veleiros dos USA era a segunda maior do mundo.   Ajudou-os a tomar frente em reforçar as trocas comerciais com a A. Latina.

         A Inglaterra tinha capital para aplicar nos territórios dos seus parceiros e isso os USA não tinham porque os dispêndios foram grandes para eles estruturarem seu vasto território   (a marcha para o Oeste).

         A Inglaterra deu mais um salto com os barcos a vapor e casco metálico.   Maiores, mais seguros e mais rápidos.

         As intervenções Armadas

         Os USA compram a Loisiana de Napoleão I e depois a Flórida, da Espanha, tempo em que esta estava à beira da falência.

         Guerra USA x México.

         México perde a guerra e com isso perde a metade do seu território ficando com ao redor de 2 milhões de km2.  (1848).   Assinam o tratado de Guadalupe Hidalgo.    A guerra foi consequência da expansão dos americanos para o Oeste avançando pelos territórios mexicanos.

         Continua no capítulo final 9/9

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